7. O Cordeiro

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E aqui estou hoje às três e trinta e três da madrugada em uma encruzilhada de um lado apenas uma imensa plantação de soja e do outro lado outra plantação só que dessa vez de milho, o pó e o cascalho sujava minhas botas enquanto eu o esperava sobe a lua cheia do mês seis próximo ao dia seis. Estava com medo, mas sabia o que queria, sabia que muitos já haviam feito o mesmo e tiveram que pagar um preço muito alto e eu estava disposto a pagar. E foi aqui nessa encruzilhada que fudi com minha vida, uma vez alguém me dize "Nem sempre temos o que queríamos, mas nunca sabemos o que realmente precisamos" nunca entendi muito bem essa frase até hoje.

-Lúcifer! Lúcifer! Lúcifer! -Eu o chamei por seis vezes, gritava seu nome no meio do nada. Até que os perdidos começavam a me olhar apenas a luz dos faróis da caminhonete iluminava minhas costas, o vento frio arrepiavam meus pelos da nuca, minha boca estava seca. Então ele vinha lentamente em minha direção, o mesmo termo branco com os mesmos sapatos vermelhos.

-Diga bastardo indigno, o que quer comigo? -Ele me diz com arrogância, odeio arrogantes e os trato como eles merecem.

-Nunca fui seu filho e nunca serei, mas tenho um acordo com você ainda tenho que louvá-lo, então estou aqui para me curva diante de sua grandeza! -Me curvo diante dele, o deixando confuso. Estava conseguindo -Tenho algo para lhe dizer um dos seus irá trai-lo.

Não tinha certeza do que iria acontecer agora, mas sabia que ele estava muito afim de me usar para seus planos de acelerar o processo de sua caminhada na terra e tinha certeza que a tão esperada lua de sangue era conveniente para isso, estava realmente disposto a fazer um novo acordo.

-Quem? Diga-me -Ele me diz com curiosidade, coloco minhas mãos no cascalho e no pó para me levantar, sinto sua mão quente me empurrando para baixo -Continue curvado!

-Alguém de sua confiança! Mas não irei dizer até firmarmos um novo pacto! -Digo ao careta que me levanta pela gola da jaqueta, seus dentes estavam brancos como nuvens em dias ensolarados, tudo em nossa volta começa a mudar as plantas são sugadas para baixo e prédios começavam a brotar. Estava no tapete vermelho de Hollywood, seguranças de preto faziam uma corrente humana para segurar as fãs loucas para ter um pedaço de mim, um gigantesco cartaz me fazia meu coração bater mais forte, era o primeiro filme da minha saga de livros no letreiro estava escrito "O fenômeno mundial ganha vida A PRAGA DO SÉCULO sobreviva a praga" via o rosto dele a olhar para mim, então chegando muito próximo a mim, com as mulheres se jogando aos meus pés, com a fama em meus ombros e as riquezas que caiam do céu ele me diz:

-É isso que quer? Fama? Dinheiro? Mulheres? Riquezas? -Seu olhar queimava podia ouvir as almas gritando do inferno, era aquilo que queria, mas não era o que precisava então digo o que eu precisava.

-Não! -Digo com firmeza na voz para ele.

-O que quer então?

-Eu quero tempo! -Digo para ele que ri, rapidamente tudo em minha volta começa a se quebrar como vidro, realmente ele era bom em truques de ilusões, mas eu era ótimo em na arte de persuasão.

-Tempo? Para que quer isso? Você pode ter tudo.

-Então quero tempo! Não só para mim quero tempo para todos em minha volta.

Ele estava ciente do que eu queria, tinha colocado as cartas na mesa.
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-Para que? -Ele me pergunta curioso, podia ver o nervosismo em suas mãos que não paravam de se mexer.

-Isso não lhe interessa! -Ele se enfurece seus chifres começam a saltar pela testa, o cheiro de queimado exalava.

-Eu sei de tudo! Eu controlo tudo! Então garoto não preciso que me diga nada! Estava apenas jogando com você -Ele me dá as costas na espera de que eu abra a boca então eu abro e as palavras que saem dela não o agradam nem um pouco.

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