22º Capítulo

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Narrado por Raissa

Corro descendo depressa às escadas, abro a porta e saio, olho para o galpão e sigo andando.

-Cadê você? Pergunto baixo.

-Psiu, psiu. Ouço mais atrás do galpão. Vejo meu tio acenando pra mim, corro até ele. Abraço ele com força.

-Aiii tio, que bom que você tá bem. Digo enquanto o abraço.

-Tá, tá Raissa, me solta. Ele diz.

-Credo tio. Digo manhosa.

-Eu preciso da sua ajuda sobrinha. Ele diz sério.

-Ajuda com o quê? Pergunto.

-Eu fugi né Raissa, eu tô indo me abrigar na antiga casa dos pais do Miguel. Ele diz.

-Mas vão te achar lá. Digo.

-Não vão, lá tá fechado, eles já terminaram as investigações do assassinato e seques...é de um garoto.

-Tio não precisa mentir, eu sei que o Miguel foi sequestrado. Falo.

-Quem te contou? Ele pergunta sério.

-O Davi sem querer falou, mas esquece isso, você vai morar lá por quanto tempo, e o Raul? Pergunto.

-Vou ficar lá até conseguir matar esses imbecis, um por um, sobre o Raul, acho que a essas horas ele já deve ter notado minha fuga, foda-se ele, só torço para ele não me achar. Ele diz, porém só presto atenção na fala de "matar eles".

-Tio não faz isso, esquece essa rivalidade e vai viver longe...

-CHEGA RAISSA! Não tem ninguém que me impeça de querer ver esses três mortos. Ele diz, ele começa a caminhar.

-Tio vem pra cá, eles podem te ver. Digo.

-Eu não vou entrar, só quero olhar no que um dia foi meu, ahhh, mais ainda eu vou recuperar tudo, e cada um vai pagar pelo que passei naquele inferno, e principalmente você Lucas! Ele fala.

-Eu não te apoio a querer matar o Lucas. Digo receosa.

-Tá ficando louca sobrinha? Tá do lado deles agora é? Nem pense em me trair. Ele diz apertando meu queixo.

-Me solta. Digo e ele solta.

-Hoje a noite eu te quero lá na casa, aqui o endereço, e não ouse em contar a ninguém. Ele diz e me dá o papel. -Você não sabe do que eu sou capaz com quem me trai. Diz e sai.


Narrado por Lucas

Por que você fez isso comigo Miguel? Beijar aquele idiota. Penso olhando sua foto. Ouço baterem na porta.

-Não quero ver ninguém agora. Digo alto. Ouço abrirem, viro minha cadeira e me deparo com ele. Seus olhos vermelhos, seu cabelo bagunçado. -O que tá fazendo aqui, em? Volta lá pra ele...

-Chega Lucas! Ele grita.

-Não grita comigo. Aumento o tom da voz.

-Porque, em? Vai me bater? Ele pergunta.

-Você sabe que eu nunca faria isso. Digo.

-Eu quero conversar com você. Miguel diz se aproximando.

-Tá, mas eu não quero. Digo e viro minha cadeira para a janela.

-Para de ser infantil, eu sei que eu errei em ter deixado o Artur me beijar, mas eu vim aqui te pedir desculpa. Miguel diz. Viro minha cadeira.

MEU GAROTO! (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora