Capítulo 5

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Liz point of view

Espeto estava encolhido no chão chorando, tremendo. Eu estava a alguns centímetros dele com os braços cruzados, a arena estava em silêncio, todos ouviram minhas palavras e sabem o que fiz.

Entendem agora por que meu codinome é Medo? Creio que sim.

As portas de metal se abriram, eu dei meia volta e saí da arena saindo dos holofotes e deixando Espeto transtornado para trás.

Com esse desafio finalizado, eu já posso ir para o desafio final e então não serei mais uma recruta, vou poder ir em missões e ir matar meus queridos alvos.

Passei no refeitório, peguei meu almoço adiantado e segui para o quarto ter sossêgo, após comer, tomei  banho gelado, me deitei e comecei a ouvir música.

Horas se passaram e quando vi era hora do jantar, me levantei e segui para o refeitório, assim que coloquei o pé dentro o local ficou em silêncio e isso só acontecia quando a Realeza entrava. Ops, parece que ganhei o respeito das pessoas aqui ou quem sabe o medo? Peguei umas frutas junto com o suco e saí do lugar indo caminhar pelo jardim.

Fiquei um tempo massa no jardim, à noite está fria e o céu estrelado, gosto quando fica assim, é relaxante. Os pelos da minha nuca se arrepiam e sei exatamente o porquê.

— O que querem? —  Me viro e vejo o grupinho que o Espeto fazia parte — Seu amiguinho está bem? — Debocho.

Soube que Espeto foi levado para um hospital e deixado lá, coitadinho. O grupo é de exatos 6 pessoas, todos recrutas e nenhum gosta de mim, o que não é novidade.

— O que querem?! — Pergunto novamente já colocando as mãos em minhas armas.

Nenhum deles respondeu, vi três deles levantarem os braços, não dei tempo e atirei em dois deles, mas um me acertou no abdômen, na clavícula e outro de raspão no rosto.

— Filho da puta! — Atirei na cabeça dele e me defendi de facas que tentavam me acerta, impedi um golpe com a arma e atirei na perna do garoto, senti um corte na coxa e me virei desviando de mais um golpe e atirei em um dos olhos da garota, que grita estridente, mas um tiro dessa vez nas minhas costas e vi o último deles com uma arma, ele estava tremendo e solta a arma.

— P-por favor, eu... — Não o deixei termina e dei um tiro no meio da sua testa.

— Covardes — Resmungo e tento regular minha respiração descompassa.

Ouvi passos e me virei já atirando, mas meu pulso foi erguido na hora e o tiro foi pro alto, Rainha segurava meu pulso e me olhava com um brilho diferente nos olhos. Preocupação?

— Fique calma — Ela diz.

Sinto uma mão no meu rosto e me afasto por conta do machucado, eu tô jorrando sangue. Minha mente está mais concentrada em sobreviver e ignorar a dor.

— Vem, vamos cuidar de você — Me afasto dos toques de ambas.

— Não... Eu posso... Me vira sozinha — Balanço minha cabeça tentando focar em ficar acordada.

— Não vamos te moder, sua idiota — Diz Rainha com uma carranca.

— Como se não quisessem não é mesmo? — Rebato.

Caí de joelhos e praguejei, meu corpo inteiro doía, meus ferimentos latejam, mas eu aguento toda essa dor, eu treinei pra isso! Agora se eu desmaiar vai se por conta da quantidade de sangue que estou perdendo.

— Deixa de ser teimosa, vem! — Sinto elas me levantarem e nego.

— Não vou conseguir andar — Digo num fio de voz.

The royalty of fear(Poliamor)Onde histórias criam vida. Descubra agora