Hijo - 🔎Jung Hoseok🔍

🔎03🔍

     As horas passam rápido e olhei para a Milly, que já estava dormindo, cubro ela com um lençol e vou para a cozinha. Preparo um lamém e me lembro de Dong, esquento um pouco o leite e volto a comer. Milly acorda e vem até onde eu estava, a olho e começo a rir baixinho, subo para o quarto e vejo que o pequeno estava acordado, pego ele nos braços e o levo para sala, ponho a mamadeira em sua boca, o alimentando:

— Você se importa, se eu dormir aqui?

— Não. Mas, eu não limpei o quarto de hóspedes.

— Não importa.

— Então, sem problemas.

     Ela sorri e se aproxima do sofá, beijando minha bochecha, coro um pouco e sorrio fraco. Ouço seus passos subindo a escada e me reclino no sofá olhando para o bebê, ele observava tudo ao redor e sugava rápido o leite, rio e coloco a mamadeira na mesa da sala. Acaricio seus cabelos e o olho, Dong agarra meu dedo e aperta levemente, espirra de um jeito fofo, me fazendo rir.
     O ponho no meu ombro e o coloco para arrotar, depois subo para o quarto o colocando na cama, o cobrindo com uma mantinha, me deito ao seu lado e acabo dormindo por está cansado.

♦♦♦

     Na madrugada, Milly entra no quarto e se aproxima da cama, estava dormindo pesado e não a percebi ali, ela deita do lado do bebê e acaricia seu rosto:

~Você está em boas mãos. Dong...

     Milly beija sua testa e sai dali sem fazer barulho. Acordo com o raio de sol, batendo na janela, abro os olhos devagar e me espreguiço, me sento na cama e olho para o bebê, que dormia solene e sem preocupação. Saio da cama e troco de roupa, desço indo para a cozinha preparar o café, Mickey se aproxima latindo, me agacho e acaricio seus pelos e ponho sua ração, termino de fazer o desjejum e arrumo a mesa, começando a comer.
     Ouço passos na escada e Milly aparece na cozinha, senta ao meu lado e se serve. O silêncio toma o lugar por um tempo, fico olhando para a janela, ela pigarreia e põe a xícara na mesa:

— Você vai continuar, investigando?

— Sim. Esse bebê, precisa de uma ajuda e eu de uma resposta.

— Entendo. Bem, minha amiga vem hoje aqui... Eu vou ter que voltar para casa, tenho coisas para fazer. Qualquer novidade, me chame.

     Sorrio e Milly levanta da cadeira, ela pega sua bolsa e sai. Acabo me lembrando de perguntar coisas sobre a Yuna, mas sou interrompido pelo choro alarmante do Dong. Saio rápido e subo para o quarto, entro e o pego nos braços e tento acalentá-lo, desço e procuro o leite, ponho  na mamadeira e dou para ele, que rapidamente se cala e começa a sugar faminto, sorrio e beijo sua bochecha, me sentando no sofá.
      Mickey se aproxima e apoia em minha perna, o olho e sorrio, ouço a campainha e ele corre, começando a latir, me levanto e vou até a porta, abro e vejo uma garota que nunca vi na minha vida, ela me olha com cara de "esta é a casa de fulano?", a olho sorrindo e a convido para entrar.
      A moça entra e acabo fechando a porta com o pé, me aproximo, não tão perto e ajeito o Dong em meus braços:

— Você é o Hoseok?

— Sim, e você é?

— Sou Yuna. Achei que a Milly, tivesse falado de mim.

— Ah sim, ela falou. Bem, como você pode vê, este é o assunto.

— Muito fofo, por sinal. Então... Descobriu alguma coisa?

— Não. Só tenho um bilhete, que veio com ele e mais nada.

— Entendi... Então, temos trabalho a fazer.

    Ela sorri e se senta no sofá, sem nenhuma cerimônia, dou de ombros me sentando ao seu lado, Yuna tira o notebook da bolsa e começa a fuçar em alguns arquivos, ponho o Dong para arrotar e continuo a olha-la.
     Yuna me olha e nossos olhares se cruzam, ela rapidamente, vira o rosto e pigarra um pouco:

— Você... Procurou no registro de desaparecidos?

— Sim. Mas, não achei ninguém com o perfil que eu pensei.

— Qual o seu perfil?

— Uma mulher, provavelmente casada e que tem um filho recém nascido... Ninguém aparece nesse perfil.

— Hum... Mas, vou anotar todas as mães que tem aqui. É nosso primeiro passo.

— Está bem. Quer tomar café?

— Aceito.

     Levanto e vou até a cozinha, pego uma xícara e a coloco sobre a mesa, observo Dong no sofá, me certificando que estava seguro, sirvo o café e levo até ela, pego o bebê e o levo para o quarto, deixando a porta entreaberta, volto para a sala e me sento na poltrona ao lado:

— Você... Não sabe nada mesmo, sobre ele?

— Sei não. Se soubesse, com certeza ele estava com a família.

— Sei. Bem, eu vou sair pelo bairro e falar com essas famílias... Quem sabe, dê algum resultado.

— Vou com você

— Não precisa, posso ir sozinha.

— Mas eu vou. Afinal, ele veio parar na minha porta.

— Mas, você vai deixar ele só?

— Ele não está só. Tem o Mickey.

— Você é louco. Então, vamos porque tempo é precioso.

     Nos levantamos e saímos, Yuna lê algo no seu bloco de notas e olha para os dois lados da rua, fico atrás dela, com as mãos na cintura, ela continua andando e a sigo.

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