Whatever makes you happy, whatever you want...
Harry
Em um final de semana inteiro, Louis me contara tudo o que pudera sobre si mesmo, respondendo minhas diversas perguntas pacientemente e com seu jeito sereno e compreensível de ser.
Em uma de nossas conversas, o mesmo dissera-me que seu pai estava falindo e o obrigara a namorar com Eleanor, uma velha amiga. Lembro-me de sentir meu sangue gelar, achando tal ato repulsivo, mas logo Louis tratara de me acalmar, acariciando meu rosto com seu polegar e murmurando que ele não permitiria aquilo, que pegaria suas economias e sairia de casa. Ele tinha a própria mãe, que dissera que o ajudaria secretamente também.
Louis também contara-me que tinha uma adorável irmã e que estava louco para me apresentar à mesma e eu não podia estar mais ansioso.
Então, domingo à noite, enquanto The War do Syml ressoava pelo rádio velho de Liam e eu e Louis aproveitávamos as últimas horas juntos, uma pergunta me vem à mente.
- Será que quando morremos, nós vamos para o paraíso? Será que... O meu paraíso é o mesmo que o seu? Eu gostaria de saber. Gostaria de ir para lá por um dia. Sabe, deve ser tão bom e... O que será que tem nele? – Eu digo, praticamente divagando desde as primeiras palavras, enquanto observo o garoto me olhar fixamente por longos segundos. Não deixo de notar o quão maravilhoso era o poder que ele exalava com seus olhos que transmitiam algo como pura paixão e completa animação ao sorrir largo em minha direção, olhando-me como se tudo o que realmente importasse para ele naquele momento fosse apenas eu. Como se eu fosse o centro de seu mundo, algo raro.
Só ele tinha esse olhar.
- Acho que... Nós temos nosso próprio paraíso – ele murmura, passando a língua por seu lábio inferior distraidamente – Acho que em meu paraíso há coisas que eu amo.
Balanço a cabeça levemente, concordando com suas palavras, antes de piscar e observar cada traço de seu rosto detalhadamente, desde as pequenas estrelas que eram os sinais de seu rosto, até suas orbes fervorosas.
- E-eu tenho certeza de que em meu paraíso há você, Louis... – sussurro, sentindo-me corar no segundo seguinte e não tardo a arrastar minha atenção a qualquer ponto daquela sala, menos nele, envergonhado o bastante para sequer conseguir fitá-lo.
O moreno demora a responder e, por um momento, penso em me levantar, pedir desculpas e sair dali o mais rápido possível, mas isso não acontece. Isso não acontece porque Louis se aproxima de mim e eu sinto o sofá afundar e seu aroma se impregnar em minhas narinas, ao que ele deposita sua mão em meu queixo e o levanta carinhosamente, fazendo com que meus olhos se deparassem com os seus de forma intensa.
O que vejo ali, fora capaz de derreter meu cérebro como um picolé no sol escaldante em uma tarde de verão porque Louis Tomlinson parecia absorto em mim, sugando apenas com sua postura e aquilo que ele costumava exalar, minha capacidade de compreensão, embriagando-me, deixando meu corpo em uma inércia infinita e maçante.
- Você é uma das coisas, Harry. Você é uma das coisas que eu amo – ele encosta sua testa contra a minha antes mesmo de eu processar suas palavras, roçando nossos narizes e respirando fundo – Eu amo você.
Minha mente grita a resposta, grita alto e com êxtase, mas fracasso em formular a tal frase, decidindo de uma vez por todas, demonstrar que eu também o amava levando meus lábios até os seus, em um beijo quase desesperado e intenso demais. Louis rapidamente corresponde, inclinando-se e deitando-se por cima de mim, pressionando seu peito contra o meu e apertando seus cinco dedos em minha cintura, fazendo-me resmungar coisas sem sentido, totalmente alheio.
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Creep | L.S
FanfictionDaquela vez, ele não estava com seus amigos, e nem nada assim. Ele chegara calado, com as mãos enterradas no bolso da mesma jaqueta de couro e lábios rosados. Daquela vez, ele não parecia tão animado, porém, continuava radiante e sorridente enquanto...