Capítulo 17

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{ Brunna Gonçalves Pøv }

Ludmilla ainda me olhava sem reação, ela tirou o outro fone e desligou a música que tocava em seu celular e voltou a me encarar.

- Vamos para o Brasil.- ela respondeu - Quer perguntar mais alguma coisa antes de voltar para o lado da sua querida amiga ?

- Qual lugar no Brasil ?

- Por enquanto vamos descer em Brasília de lá eu tenho um lugar para qual iremos, só não vou dizer ainda.- ela falou e voltou a colocar seus fones e ligou a música. Respirei fundo e voltei a me sentar ao lado de Patrícia, ajeitei o cinto de segurança e fechei meus olhos para tentar pensar um pouco, tentar digerir o que está acontecendo.

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Sentir toques em meu ombro quando abrir meus olhos vi que estava apoiada com minha cabeça no ombro de Patrícia, olhei para ela sem jeito.

- Desculpa.- pedi me ajeitando no banco.

- Tudo bem, só te acordei porque já estamos pousando.- ela comentou, e em minutos já estávamos em solo brasileiro. O calor familiar que percorria o meu corpo me deixava bastante confortável.

- Me esperem no táxi.- Ludmilla falou e voltou sua atenção para o piloto. Caminhei ao lado de Patrícia.

- Espero que você se acostume com o jeito dela.- Patrícia falou assim que nos aproximávamos do táxi.

- Ela não é o tipo de pessoa com quem eu teria uma amizade se isso não tivesse acontecendo.- digo e adentrei o táxi com Patrícia - Eu só estou fazendo isso por minha família, se não fosse eles nessa situação, eu não ligaria que me matassem Patty.

- O que ? Você não pode falar assim, você é jovem e ainda tem tanta coisa boa pra viver.

- Acho que tudo que tive pra viver eu já vivi.

- Aí que você se engana.- Patrícia falou e nesse momento Ludmilla entrou no táxi no banco do passageiro.

- Pra onde ?- o motorista perguntou.

- Rodoviária.- Ludmilla respondeu e mais nada falou, apenas olhou pela janela. Começou a chover do lado de fora. Quando chegamos a rodoviária Patrícia falou que iria comer alguma coisa, ela me convidou mais preferir não ir. Até ontem eu era uma garota normal e agora estou passando por essa situação desagradável.

- Você deveria comer alguma coisa.- Ludmila falou, ela estava sentada em um banco um pouco a mais do meu lado, estávamos separadas apenas por um banco.

- Tô sem fome.- falei em português, já que ela é agente, com certeza deve saber que eu sou brasileira.

- Eu também !- Ludmilla confessou, ela estava cabisbaixa brincando com a aliança que estava em seu dedo, vi ela tirar e olhar o objeto, parecia analisa-lo. - Está com medo ?

- Por que está me perguntando isso ?

- Porque eu sei que está !- ela me olhou e me encarou profundamente me fazendo arrepiar.

- Tenho medo de perder minha família.- confessei e vi ela respirar fundo sem quebrar o contato comigo.

- Não vai perdê-los. Eu manterei eles vivos e protegidos você e sua família, incluindo o Calleb.- ela diz e me deu um sorriso fraco, também sorri fraco para ela.

- Obrigada.- agradeci e nesse momento vi Patrícia voltar, e logo uma voz mecânica soou anunciando um ônibus para o Rio de Janeiro.- Estamos indo para o Rio ?

Agente F.B.I (Brumilla) - Parte l (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora