Capítulo 2 ♡

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Ravi Duarte

A viajem  foi rápida,  e me encontro agora na sala da minha nova casa, enquanto os homens da mudança colocam alguns dos móveis que eu quis trazer.

Depois que tudo está em seu devido lugar,  vou para a cozinha e preparo algo para comer, depois que encho minha barriga com uma macarronada, vou até meu quarto, e arrumo toda minha roupa em meu closet, o que leva mais de duas horas. Ao terminar me encontro todo moído,  então apenas tomo um banho relaxante na grande banheira existente em meu banheiro particular. Visto uma calça de moletom e vou para a cama com o notebook em mãos,  passa das dez da noite de domingo, e amanhã já começo no novo hospital. Olho meu e-mail do hospital, e vejo as fichas dos pacientes que já tenho marcado para meu primeiro dia.

Depois de avaliar e estudar cada caso, eu desligo o notebook e deixo sobre minha mesinha de cabeceira, pego o controle do ar condicionado e coloco numa temperatura agradável,  desligo o abajur ao meu lado da cama, e deito, fechando meus olhos, deixando o sono me levar.
Esperando que amanhã meu dia seja mais leve do que nos últimos anos.

▪♡▪

Acordo com o despertador que coloquei para as cinco horas, pois tenho que chegar as seis no hospital, meus olhos tentam se situar com os poucos raios de sol que já aparecem pela fresta das cortinas na janela na parede ao lado da minha cama, E pela primeira vez no último ano, durmi sem ser acordado pelos pesadelos, me fazendo acreditar que essa cidade realmente está me fazendo bem.

Calço minhas sandálias e vou ao banheiro, tomando um banho gelado, apesar do friozinho da madrugada. Depois de vestir minha calça jeans e uma camisa social, e um sapato branco, saio do closet com uma mochila, com tudo que vou precisar e com algumas coisas que vou deixar em meu armário na minha sala, como algumas roupas para caso eu precise dormi por lá.

Vou para a cozinha e preparo meu café,  saboreio minha torrada com geleia de morango,  e um café morno com leite.

Mas já no meu carro e com a casa trancada, vou em direção ao hospital, o que leva menos de trinta minutos para mim tá pisando na porta do mesmo, depois de ter estacionado meu carro.

Na recepção,  pergunto pela sala do médico Enzo Barreto, responsável por tudo aqui,  já que Enzo é o diretor geral do hospital. A mulher baixa e de idade avançada me indica a sala, e diz que ele está a minha espera.

Bato na porta, e uma voz aveludada, responde me permitindo entrar. O que pode ser loucura,  mas me excitei como nunca antes com aquela voz. Mas logo deixo isso de lado ao ver o homem que não aparenta ter mais de vinte e seis anos me olhando através de um óculos de grau. E além disso ele é meu chefe. Então sufoco qualquer desejo que venha a nascer depois de anos. Mas que achou logo de aceder pelo meu chefe.

Como essa chama pode se ascender depois de anos? por alguém que nunca vi antes?

Mas também é uma coisa totalmente diferente do que já senti.

- Oi, sou o Enzo, muito prazer, você deve ser o Ravi. - Seus olhos entram em contato com o meu, e posso jurar que ouvi um suspiro deixando seus lábios.

- Sim, sou eu, prazer.

Ele me indica a cadeira a sua frente, e me sinto nervoso, mas acho que é por ser meu primeiro dia em um novo hospital depois de anos acostumado com o do Rio.

Nos próximos minutos ele me explica como tudo aqui funciona, e depois me chama para me mostrar todo o hospital, as alas de cirurgias, as UTis, as salas para etendimento, e no final minha sala, é espaçosa, tem um banheiro particular. Uma janela de vidro que dá vista para toda a movimentação do hospital em baixo.

- Bom, você pode se acomodar, seu armário para roupas está dentro do banheiro. Você sabe onde é minha sala, para o que precisar me procure, estarei lá,  se não, em uma das salas  de cirurgia.

- Obrigado, você é muito gentil. -Suas bochechas coram levemente, que se eu não estivesse o especionando atentamente não teria notado.

- É meu trabalho. - Ele pigarreia. - Pela sua agenda, seu primeiro atendimento marcado para uma consulta será, - Ele olha seu relógio no pulso.- Daqui a meia hora, você terá um tempo para se situar. A repcionista, irá te informar. A linha dela é a um no telefone de fio, e o da minha sala é a três, a dois é livre, você pode colocar da sua família. - Um sentimento de tristeza me aperta o coração. Eu não tenho família.

- Oh meu Deus, me desculpe, eu não sabia, sinto muito mesmo. - acho que pensei alto demais, e falei com muita dor para ele ter essa cara de espanto.

- Oh não, tudo bem, não se sinta culpado. Estou bem.

- Tem certeza? Eu não quis...- O interropo.

- Tenho sim, não se preocupe.

- Ok, o que precisar é só me chamar, vou deixar você trabalhar agora.

Olho em seus olhos, e meu coração se agita quando ele me dirige um sorriso reconfortante,  o que alcalma meu coração de um jeito estranho.

Como nunca antes algo foi capaz de o acalmar.

Acho que minha vida aqui será muito boa. Pois se minhas suspeitas estiverem certas, eu estou desejando um certo alguém,  que é proibido para mim, pois ele é meu chefe. Mas mesmo assim, não posso deixar de deseja-lo, de me sentir tranquilo em sua presença.

Então ele se retira, levando com ele minha calmaria, e deixando um mar de confusões em minha cabeça,  porque meu coração já tomou sua decisão.

Só não estou disposto a aceitar ela agora.

Meu Médico Perfeito - Spin-Off de "O Assistente Perfeito Para o CEO" (Mpreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora