Capítulo 13

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- Narrado por Pili –

​O resto do dia foi uma delícia. Estava encantada com isso tudo, depois de descansarmos fomos ao parque e brincamos em tudo que tínhamos direito, comemos churros, algodão doce, e agora já estava de noite. O parque estava lindo, as luzes todas acesas e uma lua cheia linda.

- Vamos na roda gigante? – Perguntei olhando pra ele.

- Vamos, amor. – Ele me deu um beijo no rosto e pegou na minha mão, sentamos e o brinquedo começou a funcionar. Confesso que fiquei com um pouco de frio na barriga por causa da altura, mas ter ele do meu lado me confortava. Eu tava encantada porque estava tudo muito lindo aqui de cima, ficar no topo da roda gigante deixava a lua pertinho da gente, e ela conseguia ficar ainda mais linda. Olhei para o Purre e ele estava com um semblante nervoso, como se tivesse preocupado com algo. Um pouco antes ele ficou uns minutos no telefone e parecia estar discutindo com alguém, perguntei e ele disse que não era nada...mas eu sabia que era. Saímos do brinquedo e já estava tarde.

- Vamos embora? – Perguntei.

- Não...eu reservei um quarto pra gente num hotel aqui perto. Sabia que iriamos sair daqui muito tarde. – Ele respondeu e eu sorri. Andamos até o estacionamento e entramos no carro.

- Amor, você ta estranho. Aconteceu algo? Com quem você estava discutindo no telefone? – Perguntei para o Purre enquanto ele dirigia olhando sério para frente.

- Não Pili, é só minha mãe enchendo meu saco. – Ele respondeu olhando pra mim tentando me tranquilizar, dei um sorriso de canto. Não estava convencida. Chegamos no hotel, fizemos o check in e subimos para o quarto. Ele estava com duas mochilas e eu percebi que ele tinha pego uma roupa extra pra mim. Fofo. Entramos no quarto e fui direto tomar um banho pra me preparar pra ficar com ele. Assim que fechei a porta do banheiro, escutei ele no telefone brigando com alguém de novo. Coloquei o ouvido na porta tentando ouvir algo.

- Me deixa em paz, por favor! Isso já....não se mete! – Respirei fundo, era óbvio que ele não estava falando com a Fernanda. Tentei ignorar isso e entrei para tomar um banho, fiquei uns 20 minutos lá e saí. Deitei do lado dele na cama e dei um beijo no seu pescoço.

- Ta tudo bem? – Ele fez "uhum", me deu um beijo no rosto e foi tomar banho. Senti um negócio estranho. Deitei na cama e fiquei mexendo no meu celular, e chamei as meninas pra conversar.

Pili Pascual: Oi meninas! Só pra dizer que eu tô viva, vamos passar a noite num hotel aqui e amanhã voltamos pra vocês.

Rena Toscano: Uooool, tava na hora de aparecer né! Como estão as coisas?

Pili Pascual: Estranhas. O dia inteiro foi ótimo, mas no final da tarde o Purre começou a ficar estranho. Se afastou de mim e começou a discutir com alguém no telefone, discutir feio, e quando questionei ele me disse que era sua mãe. Não falei nada, mas óbvio que não acreditei, daí fui entrar no banho e antes de ligar o chuveiro ouvi ele discutindo com alguém de novo.

Caro Domenech: Nossa, Pili. Tem coisa aí. Se eu fosse você eu tentava descobrir.

Rena Toscano: Verdade, amiga. Vamos tentar ver se os meninos aqui sabem de algo também e te falamos!

Pili Pascual: Tá bom, amigas! Amo vocês, beijos.

​Deixei o celular de lado e peguei o controle da TV na tentativa de achar algo para assistir. O celular do Purre começou a tocar. Ignorei. Depois de uns 5 minutos, tocou de novo, o mesmo número. Ignorei. E logo em seguida, tocou de novo. E eu fui atender, até porque, poderia ser algo importante. Era um número desconhecido.

- Purre, se você acha que você vai se livrar de mim fácil assim, você tá muito...

- Alô? Quem é que ta falando? – Respondi estranhando a voz feminina que ecoava do outro lado. Meu coração já começou a apertar.

- Pilar? – Uma risada alta e sarcástica saiu do outro lado. – É a Juana, Darling. Diz pro teu namoradinho que ele não irá se livrar de mim tão cedo. E que eu ainda vou acabar com a vida dele, com toda essa apostinha barata. – Aposta? De que caralhos ela tava falando?

- Juana, do que você está falando? – Minha voz já estava trêmula. Eu devia ter entendido errado, é óbvio.

- De nada, docinho. Só diz pra ele que a verdade sempre aparece. Beijos. – E desligou. ​

​Minhas mãos já estavam tremendo. Lembrei que o celular dele estava sem senha e olhei suas últimas ligações, não era meu tipo fazer isso, mas eu estava agoniada e precisava saber se ele estava ou não mentindo pra mim. Olhei seu histórico de ligações e eram todas do número desconhecido. Nenhuma ligação da Fernanda. Depois de uns 10 minutos ele saiu do banho. Eu estava na mesma posição e com o celular dele na mão.

- Pilar... – Ele veio em minha direção.

- Não encosta em mim. – Falei seca e o olhei com olhar de raiva e decepção. – Tava tocando muito, decidi atender porque pensei que fosse importante. Mas era só tua ex namorada, ou sua mãe, ou sei lá quem que você iria inventar dessa vez. – Falei jogando o celular na cama.

- Eu não queria que a gente brigasse, não queria estragar nosso dia. – Ele respondeu sentando na cama e tentando colocar a mão na minha perna, mas eu afastei.

- Você estragou a partir do momento que mentiu pra mim de novo, achando que eu não iria descobrir. É como a Juana me disse pra te dizer Purre, "a verdade sempre aparece". – Decidi não falar nada sobre a aposta que a Juana tinha falado na ligação. Ainda preferia acreditar que eu tinha escutado errado.

- Pilar, me desculpa, eu tô errado e não tenho pra onde correr! Tô aqui assumindo minha culpa pra você, eu sou humano. – Ele falou e eu ri.

- Eu estou FARTA das suas desculpas, Purre! Estou CANSADA, de ter que te desculpar. Pra mim já deu. Não vou virar a cara pra você, podemos ser amigos, e como o Santi já disse uma vez, o futuro é incerto. Mas agora já deu pra mim. – Deitei na cama debaixo das cobertas e peguei meu celular.

"Mensagem de número desconhecido" Ótimo. Era um vídeo. Senti uma sensação estranha antes de dar play mas assisti mesmo assim. Não dava pra ver direito, estava bem escuro e a música muito alta, tirei a conclusão de que era de uma festa. Uma menina estava gravando e era óbvio que era a Juana. No vídeo o Purre esta absurdamente bêbado.

Juana: Olha pra mim, Purre. – Ela ria e subia no colo dele, dando o celular para outra pessoa filmar. Era o Simon. Meu coração apertou. – Diz que não me quer mais por causa daquela sem graça da Pilar Pascual, diz.

Purre: Obvio que eu quero você, Juana. Meu negócio com a Pilar é outro. É carne nova, quero só experimentar. – Ele dizia rindo e tomando mais e mais doses de tequila.

Juana: Você não vai ter nada com ela, Purre.

- Quer apostar? – Ele dizia dando a mão pra ela.

- Apostado então, docinho. – Ela disse segurando a mão dele e dando um beijo em sua boca.

P.s. Eu te amo - #Pilurre Onde histórias criam vida. Descubra agora