Te Quero de Volta

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PV CHRISTIAN

     (༎ຶ ෴ ༎ຶ)5 anos depois(༎ຶ ෴ ༎ຶ)

Acordo com alguém me balançando, abro os olhos e vejo que é o Elliot.

Quem mais seria?

Ele fica em pé na cama me encarando e eu deito de novo sonolento.

CHRISTIAN: Tá muito cedo, não porquê você me acordar agora.

ELLIOT: Cedo? Já vai dar meio dia.

CHRISTIAN: Pra mim está cedo.

ELLIOT: A gente tem que visitar os nossos pais hoje. Esqueceu irmão?

Puta merda, é mesmo. Esqueci completamente.

CHRISTIAN: Merda.

Eu e o Elliot nos mudar pra Seattle semana passada. O Eduardo é o nosso vizinho, foi ele quem ajudou a encontrar esse apartamento maravilhoso,  chamado Escala.

Horas passam e eu resolvo minhas coisas da empresa. Sim, me tornei um empresário bilionário bem sucedido e mesmo que pareça fácil pois eu já nasci rico, não foi. Consegui construir minha empresa com o meu suor e com minha força de vontade.

O Elliot também se deu muito bem, se tornou um arquiteto e ganha muito dinheiro com isso e se orgulha muito do seu trabalho assim como eu me orgulho do meu.

Depois que eu perdi o grande e único amor da minha vida eu só foquei em consegui construir meu império, em bebidas, sexo e noitadas.

Todas morenas, me agarrava aos cabelos delas para pensar que ela era a Ana. Mas ela não tinha o cheiro dela, não eram delicada e corava enquanto eu xingava, não eram tão apertada e quente quanto ela, eu nunca senti em nenhum sexo o que eu sentia enquanto transava com a Ana. Era um sentimento tão puro e bom, algo que eu consegui estragar.

Sempre me torturo pensando se ela está com alguém ou se está sozinha. Só de pensar em alguém tocando no que é meu- no que era meu- eu fico louco.

Me perco em meus pensamentos e quando vejo já estou em frente a casa dos meus pais.

Desço do quarto e entro. A Mia viajou pra França mas voltou hoje, sinto tanta falta dela.

Assim que Elliot abre a porta ela vem e nos abraça. Ah, que saudade.

MIA: Aí que saudade de vocês dois. - ela nos solta e agarra a gente de novo.

Logo em seguida vem a minha mãe e me dá um beijo na buchecha e um abraço

Depois ela faz o mesmo com o Elliot.

Sentamos e almoçamos em silêncio.

GRACE: Filho, podemos conversar no quarto?

Balanço a cabeça confirmando.

Vamos pro quarto e ela me puxa pra sentar na cama

GRACE: Como você tem se sentido ?

Minha mãe sempre faz essas perguntas estranhas.

CHRISTIAN: Normal ué.

GRACE: Tem uma coisa que eu preciso te pedir.

CHRISTIAN: Fala então.

GRACE: Eu tô trabalhando de graça em um hospital daqui, eu cuido de muitas crianças. Eu queria que você fosse comigo pois vai ter uma festa pra inaugurar, porquê reformou e agora o hospital está novinho.

Crianças? Eu não me dou muito bem com crianças.

CHRISTIAN: Melhor não, você sabe que crianças não se dão bem comigo.

Ela balança a cabeça negando.

Quando a minha mãe quer alguma coisa mesmo que eu diga não, eu sempre acabo sedendo.

GRACE: Não aceito um não como resposta. E além do mais tem algo lá que você vai amar, quer dizer, já ama. - ela abre um sorriso misterioso.

Do que ela tá falando?

CHRISTIAN: O que é?

O sorriso dela se torna maior.

GRACE: Vá as 5:00 da tarde amanhã e você era descobrir.

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Estou dentro do carro tomando coragem pra descer e encarar essas crianças. Confesso que ainda estou intrigado com o que a minha mãe disse mas vou ter que descobrir.

Entro no hospital e já vejo muitas crianças, a maioria daqui sem cabelo. Me sinto um pouco mal por ver algumas crianças vendo outra crianças correndo e se divertindo e não poder fazer o mesmo.

Mas eu+crianças=0

Vou andando pelo hospital procurando a minha mãe. Ouço a voz dela que parece que está numa sala atrás de mim e quando me viro me bato com alguém. Sinto uma coisa quente molhar meu terno e fico tão curioso que nem olho direito na cara da pessoa que esbarrou em mim.

CHRISTIAN: Porra, não olha pra anda? - pergunto.

E quando vou encarar a pessoa mal posso acreditar no que estou vendo.

Aquela boca rosa que tanto beijei, aqueles olhos azuis, aquele rosto angelical e aquele corpo delicioso.

Vejo a mulher que amei e até hoje amo.

CHRISTIAN: Ana...

Não consigo conter o sorriso.