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PV ANA

ANA: Que horas são? — me remexo na cama. Christian estica o braço e pega seu celular.

CHRISTIAN: São cinco e meia. — arregalo os olhos.

C A R A M B A.

ANA: A gente ficou esse tempo todo na cama? — me levanto deitando de barriga para cima e me apoiando no meu cotovelo.

Passo a mão pelo peitoral de Christian e ele sorri.

CHRISTIAN: Não foi só na cama não, já que a gente inaugurou cada canto do quarto. — dou um tapa de leve no seu ombro e coro.

ANA: Você não presta, é um baita de um safado. — ele sorri maliciosamente.

CHRISTIAN: Você também. E eu não me lembro de você reclamando enquanto estava gemendo e revirando os olhos. — ele morde o lábio inferior me deixando mais corada ainda. — Pelo contrário, me implorava para não parar.

ANA: Ai, nem é pra tanto.

CHRISTIAN: Eu aposto que todos dessa casa ouviu nossos gemidos.  Principalmente o seu, falando o quanto o mini Christian aqui é gostoso. — dou uma gargalhada descontrolada. — O quê? Vai dizer que não falou?

De mini ele não tem nada.

ANA: Você é  idiota.

CHRISTIAN: Sou mesmo, como pude deixar você ir embora? — ele acaricia meu rosto. —  Eu me arrependo tanto por tudo que eu te fiz e nunca vou me cansar de te pedir perdão e agradeço a Deus por você está me dando uma segunda chance agora.

Segunda chance?

ANA: Bem, eu ainda não te dei uma segunda chance. — o sorriso dele se desfaz na mesma hora e ele fica sério. — Que na verdade seria a quarta chance que eu te dou.

CHRISTIAN: Como assim? Eu achei que...

ANA: Antes de eu te dar alguma chance ou da gente voltar nós precisamos esclarecer umas coisinhas e conversar.

CHRISTIAN: Ana, não tenha nenhuma dúvida que eu te amo, por favor.

ANA: Quieto, agora eu falo e você escuta. Entendeu? — ele assenti mantendo sua expressão. — Nesse tempo em que eu estive fora eu percebi que talvez uns dos maiores problemas no nosso relacionamento fui eu.

CHRISTIAN: Ana, não se culpe. Toda a merda que aconteceu entre a gente fui eu mesmo que causei. — coloco meu dedo em seus lábios para que ele pare de falar.

ANA: Você escuta e eu falo esqueceu? — ele assenti. — Eu não me amava Christian, eu não cuidava de mim mesma, eu não fazia o que eu tinha vontade e eu não estava bem comigo mesma. O quê eu tinha era dependência emocional, eu depositei todas as minhas expectativas em você, eu coloquei o peso da minha vida sobre você e você era a única coisa que importava. O meu amor por você me deixou cega e completamente dependente de você. Se passou anos e eu não quis admitir, achava que eu tinha amadurecido, achava que eu tinha mudado e que tinha me tornado uma nova mulher mas nada disso aconteceu. Eu nunca te deixei ir, eu nunca me liberei, eu nunca te superei.

CHRISTIAN: Ana... — ele enxuga as lágrimas que molham o meu rosto.

Infelizmente é a mais pura verdade.

ANA: Eu precisei desse tempo pois eu tenho guardado muita coisa, eu estava confusa e magoada e depois que eu perdi a Gabi eu ficou destruída mas sempre fui assim, me apegando demais a pouca coisa e colocando isso como centro da minha vida. Apesar de ter passado anos eu ainda estava insegura comigo mesma. Eu não quero me sentir assim de novo, nunca mais. Eu te amo, eu te amo muito mas dessa vez eu vou me colocar em primeiro lugar e vou me valorizar pro meu próprio bem.

CHRISTIAN: Pra falar a verdade nem sei o que te dizer. Eu realmente quero que você se ame, quero que se valorize e que fique bem. Você é bondosa demais para sofrer e infelizmente eu fui a pessoa que mais te machucou. E sobre você ter dependencia emocional talvez possa ser verdade mas você só me colocava em primeiro lugar porquê me amava demais e achava que eu te valorizava mais do que que você merecia, mas isso não era verdade e até talvez eu nunca valorize pois você sempre será boa demais para mim.

É eu vou ser trouxa, burra, tola por estar dando mais uma chance a ele, mas é o homem que eu amo e que me salvou. Eu realmente acredito que ele me ama.

ANA: Christian, eu vou te dar mais uma chance mas saiba que qualquer erro você pode me perder e dessa vez chega, não tem mais volta. — ele sorri e me beija.

CHRISTIAN: Obrigado, eu vou fazer de tudo pra você não se arrepender.

ANA: E outra, você vai ter que lutar para conquistar a minha confiança pois você sabe que não vamos dar certo sem um confiar no outro. Se você me trair, omitir algo de mim, mentir para mim ou tentar me manipular está tudo acabado. Não vou aturar que me diga o que fazer e muito menos o que vestir, eu pago as minhas contas e sou independente para que ninguém mande em mim. Quero que confie em mim acima de tudo e compartilhe tudo comigo pois se eu descobrir de outro jeito vai ser pior pra você.

Ele olha pro lado evitando contanto visual comigo.

ANA: O que foi?

CHRISTIAN: Ana, tem algo que eu estou te escondendo. — ele volta a olhar para mim.

Que merda, em.

ANA: Mas já? Então me conta eu quero saber de tudo agora mesmo.

CHRISTIAN: Eu não posso. — me levanto e sento cama me afastando dele, ele se senta na cama me olhando com cara de cachorro sem dono. — Isso não me envolve, é entre seu pai, sua mãe, outra pessoa e você.

Do que merda ele está falando? O que ele sabe? E que pessoa é essa?

ANA: E é entre meus pais, um desconhecido e eu como você descobriu?

CHRISTIAN: Não é desconhecido, eu descobri porquê essa outra pessoa me contou. Isso é algo que a sua mãe tem a obrigação de te contar, eu não sei como te contar e eu não quero me meter. Quer dizer, acho que seu pai também não tem consciência disso.

ANA: Me conte agora mesmo, não tô nem aí se você quer né meter.

CHRISTIAN: Quem pode te contar isso melhor de quê ninguém é a sua mãe. Pergunte a ela a quem você você puxou a ter essa marca de nascença que tem na costa.

O quê tem haver a mancha que eu tenho nas costas? Quer saber, se Christian não vai me dizer nada vou fazer a minha mãe falar.

ANA: Eu vou tirar essa história a limpo agora mesmo. — me levanto da cama procurando a minha roupa.




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Estamos perto de entender essa treta do Guilherme com a Carla. A Ana vai magoar o Raymond mas ele vai perdoar ela.

Te Quero de VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora