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PV ANA

Mais um dia, cada dia que passa as coisas pioram. Eu não aguento mais, eu não sei o que eu fiz de errado, tudo tem sido uma tortura. Cada dia o Eduardo fica mais violento e obsessivo, será que ninguém vira me salvar.

Estou com frio, fome, meu corpo está dolorido cheio de machucado pois aquele infeliz me espancou de novo, ele queria que eu desse prazer a ele. Mas eu não consegui, então ele surtou.

Volto a chorar.

Eu quero morrer, quero me matar não importa mais nada só quero fugir dessa dor. Tudo em mim dói. Que mal eu fiz para merecer isso?

Ouço a porta abrir, mas continuo com os olhos fechados, abraço o meu corpo, quase não sinto mais o meu braço por causa dessas malditas correntes. Continuo chorando.

CHRISTIAN: Ana. — ouço a voz dele, e aí que eu choro mais ainda. — Ana, rápido vamos sair daqui, me deixe te tirar.

Balanço a cabeça e continuo com os olhos fechados.

É ilusão, é tudo ilusão minha, eu queria que ele estivesse aqui e viesse me salvar e que fosse o super-herói que eu fantasiei por anos. Mas é mentira, é só ilusão, ele não tá aqui. Sinto o toque dele por todo meu corpo, mas continuo imóvel.

CHRISTIAN: Meu Deus, o que ele fez com você? Eu vou matar esse desgraçado. — aperto os olho e coloco as mãos nos ouvidos na tentativa de não escutar mais nada. — Ana, não faz isso, sou eu. Christian, me deixa de tirar daqui, me deixa cuidar de você.

ANA: Vai embora, vai embora, vai embora, vai embora. — repito sussurrando.

CHRISTIAN: Ei, olha para mim eu vou cuidar de você. Lembra da promessa que eu te fiz que se tivesse que escolher entre mim e você eu escolheria você, sempre?  Eu te disse isso no lago, foi lá que a gente escreveu nossas iniciais naquela árvores, aonde seus avós escreveram as deles. Juramos um para o outro que o nosso amor seria eterno assim como o deles. Por favor, Ana, eu preciso te tirar daqui. Sou eu, não é ilusão.

Será que...

Ganho forças para abrir os olhos e vejo Christian ajoelhado na minha frente. Toque no rosto dele para ter certeza que eu não estou sonhando.

CHRISTIAN: Sou eu, sou eu. — sem nem pensar duas vezes eu abraço. — Ana, precisamos ir ele pode chegar a qualquer momento, eu preciso te tirar daqui. Não vou deixar você passar nem mais um dia sendo torturado por esse filho da puta. — solto ele e limpo meu rosto.

ANA: As correntes. — mostro o meu braço para ele.

Ele olha as correntes atentamente.

CHRISTIAN: Essa merda só abre com uma chave. — ele tenta puxar mas é em vão.

EDUARDO: Olha o que temos aqui. — olho para a porta e Eduardo está parado apontando uma arma em minha direção. — Os pombinhos estão juntos de novo. —  Christian se vira rapidamente ficando de pé e fica na minha frente. A arma agora está apontada para ele.

CHRISTIAN: Eu tô aqui, você não quer acabar comigo? Então, eu tô  bem aqui na sua frente. Pode me matar, me torturar, o que você decidir mas deixa ela ir.

EDUARDO: Ajoelha. Eu quero que você ajoelhe agora ou eu mato ela. — continuo imóvel, não tenho forças.

Christian se ajoelha.

EDUARDO: Peça perdão. — ele volta a apontar a arma para mim. — Anda.

CHRISTIAN: Eu peço perdão, eu peço perdão pela a dor que eu te causei. Por tudo que eu fiz a você, por ser o culpado de você ter se tornado essa pessoa que você é hoje. Agora só deixa ela ir, ela não tem nada haver.

EDUARDO: Sabe quem também não tinha nada a ver? O meu pai. — ele grita. — Ele era uma pessoa boa, ele era honesto, gentil, um homem bondoso que não fazia mal a ninguém. Mas mesmo assim você apareceu e destruiu a vida dele. Tudo que está acontecendo com a Ana é culpa sua Christian. Você é um monstro que destrói tudo ao seu redor, você só faz todas as pessoas que te amam se decepcionarem e sofrer por conta dos seus erros mas você sempre sai ileso.

CHRISTIAN: Então não me deixe sair dessa vez, deixe a Ana ir embora, eu te imploro. E se isso te faz se sentir melhor pode me matar, eu não me importo comigo.

EDUARDO: Eu sei disso, ela é seu ponto mais fraco. E eu vou fazer a mesma coisa que você fez comigo, eu vou tirar de você o que você mais ama. Bem na sua frente. — ele sorri como um pisicopata.

Ouço um som de um tiro e fecho os olhos já me preparando para sair desse inferno mas ouço um corpo cair no meus pés. Abro os olhos sem entender absolutamente nada mas meu mundo desmorona quando vejo Christian no chão sangrando.

ANA: NÃO.

EDUARDO: Desgraçado, entrou na sua frente.

Me levanto e me junto ao corpo dele, ele está colocando sangue pela boca. Levanto ele do chão e o coloco no meu colo.

ANA: Fica acordado, não me deixe, por favor. Eu te amo, não me deixo. — não consigo conter as lágrimas. Minha mão está coberta de sangue também.

Ele tenta falar mas eu não entendo.

Ouço um som de mais dois tiros e vejo corpo do Eduardo no chão, me deixando apavorada mais ainda. Vejo vários homens entrar mas volto minha atenção para Christian que se mexe no meu colo.

ANA: Fica calmo, amor. — aquele homem, o ex amante da minha mãe está aqui.

X: Eu tirar essa corrente de você, filha. — ele se aproxima de mim.

ANA: Não, ajuda ele primeiro. Ele está muito mal. — imploro.

Ele está sangrando muito, eu estou desesperada e não sei o que fazer me sinto inútil. Abraço o Christian forte.

CHRISTIAN: Ana.

ANA: Sim, não fecha os olhos.

CHRISTIAN: Eu te amo, me perdoa. — e então ele apaga.

ANA: Christian, não faz isso comigo. Acorda. Não, não.

Começo a chorar e soluçar.

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Só porquê eu sou boazinha. Infelizmente o Eduardo não mentiu, a Gabi morreu. 😭
V

cs querem q o Christian morra?

Te Quero de VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora