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PV ANA


Sábado,
9:36

Acordei mais calma e bem humorada hoje, pelo menos estou tentando ficar bem. Não quero ficar mais daquele jeito, não quero me machucar mais.

Estou no corredor do quarto da Gabi, quando me viro pra dar bom dia pro Benício me esbarro em alguém.

X: Me desculpa, caramba. Você está bem? — uma mulher dos olhos azuis, alta e loira me olha de cima a baixo. Ela até que se parece um pouco comigo.

ANA: Sim, estou. Me desculpa também, eu não te vi. — sorrio pra ela.

X: Nossa, como você tem olhos lindos. Parece de Safira.

ANA: Obrigada, os seus também são muito lindos. Anastácia. — estendo a mão pra ela.

X: Karoline. — ela aperta a minha e depois a solta.

ANA: Bom, foi um prazer te conhecer Karoline.

KAROLINE: O prazer foi todo meu, Anastácia. — ela sorri mostrando seus dentes perfeitos mas também de uma forma estranha, que me dá calafrios.

Ela vai embora e eu sigo pro quarto da Gabi. Sinto que estou sendo observada, me viro e vejo um homem de terno, chapéu e óculos parado no meio do corredor me encarando. Logo ele se vira e some da minha vista...

Aquela barba, aquele cabelo... Não pode ser.

Em uma tentativa burra corro atrás dele, o seguindo até fora do Hospital. Olho pros lados várias vezes e não o encontro.

Decido deixar pra lá, talvez eu esteja errada, talvez ele não seja... Melhor nem pensar.

Entro no Hospital e vou até o quarto da Gabi. Entro e ela está deitada conversando com a Grace, que está em pé sorrindo pra ela.

GABI: Ana. — ela abre um lindo sorriso.

ANA: Oi princesa. — dou um abraço nela e um beijo em sua testa. — Oi Grace. — falo seca.

GRACE: Oi Ana. — tento forçar um sorriso mas só olho pra ela com deboche.

ANA: Como você está, linda? — me viro pra Gabi.

GABI: Estou bem, o Christian vem? — Ela sorri mais ainda.

ANA: Eu não sei, ele disse que vinha? — falo com receio

GABI: Sim, mas ele ainda não veio. Espero que ele venha, estou com saudades. — ela sorri mais amplamente.

A Gabi se apegou a Christian, tomara que aquele embuste não a decepcione também.

GRACE: Calma querida, ele só deve ter se atrasado. — ela dá uns tapinhas leves no ombro dela.

PV CHRISTIAN

CHRISTIAN: Eu já disse que não vou fazer parte disso, qual a parte que você não entendeu? — levanto e bato na mesa.

GUILHERME: Garoto, eu estou tentando agir por bem. Não seja um idiota.

Me aproximo dele com ira nos olhos.

CHRISTIAN: Se você chegar perto dela, eu acabo com você.

GUILHERME: Você ainda não entendeu, garoto? Eu não quero machucá-la, eu quero que ela saiba a verdade. Que ela veja que passou esses anos com um bando de hipócritas, quero ser reconhecido por ela como eu deveria ser a todos esses anos.

CHRISTIAN: Pela milésima vez, eu não vou deixar você chegar perto dela. Você só vai magoar ela. — grito

GUILHERME: E então, você quer que ela continue vivendo uma mentira?

CHRISTIAN: Eu vou contar a verdade pra ela. — me sento e me acalmo. — Aliás, não, eu vou é tirar essa história a limpo com a Carla.

GUILHERME: Você não vai fazer porra nenhuma, muleque. Me escuta, se quiser contar a ela tudo bem mas não pense em dizer uma nenhuma palavra a Carla ou ao Raymond.

Não sei se a Ana está preparada emocionalmente pra uma notícia dessas. Melhor esperar o momento certo.

CHRISTIAN: Não sei se seria o ideal contar a ela, não agora. — ele passa a mão pela barba.

GUILHERME: O que você sugere?

CHRISTIAN: Já te disse e vou repetir, eu não quero fazer parte disso. E aliás, por que não quer que a Carla ou o Raymond saiba disso.

GUILHERME: Porquê eu sei que ela vai fazer de tudo pra afastar a minha FILHA de mim, e eu não vou deixar que tirem ela de mim de novo, o Raymond talvez não mas a Carla sim. Eu não ouvi as primeiras palavras dela, nunca ouvi ela me chamar de pai, nunca a abracei, nunca a aconselhei, não carreguei ela no colo quando era apenas uma linda bebê. Você não entende Christian, eles tiraram tudo de mim, eu poderia ter sido um pai maravilhoso. — ele sussura de uma forma estranha.

CHRISTIAN: Raymond cuidou bem dela.

GUILHERME: Não disse que ele não cuidou, ele a ama, eu sei disso mas eu queria ter os privilégios que ele teve com a Annie, eu poderia se a vadia da Carla não fosse uma filha da puta. Só peço que me ajude, a conquistar o amor da minha filha. Talvez ela nunca me ame ou me considere como ela faz com o Raymond mas pelo menos quero que ela me veja como um pai.

CHRISTIAN: Você está ajudando o babaca do Eduardo.

GUILHERME: Estava. — ele aponta pra mim e coloca sua perna direita em cima da esquerda.

CHRISTIAN: Não foi o que ele me disse. — me encosto na cadeira.

GUILHERME: O que ele te disse? — ele me dá um olhar desconfiado.

CHRISTIAN: Que você estava ajudando ele a acabar com a Ana.

GUILHERME: ISSO É MENTIRA! — ele se irrita. — Eu jamais machucaria a minha filha. Eu achei que ele não teria coragem de machucar ela, usei o ódio que ele sente por você para fazer com que ele se aproximasse da Annie para que ela confiasse nele e ele a aproximasse de mim. Mas jamais pensei em machucá-la, não se preocupe pois vou dar um jeito nisso.

CHRISTIAN: Pois você se enganou. Tudo que ele quer é me atingir, ela quer me ferir aonde mais doe da maneira mais baixa possível. Você nunca usou ele, ele quem te usou. — ele assenti.



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Êba, chegamos aos 40. Quero agradecer a todos que está lendo a história. Eu nunca escrevi uma história antes então me desculpem pelos erros. Obrigado e não desistam de mim, amo vocês.♥️♥️♥️♥️

Te Quero de VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora