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PV ANA

Cheguei muito cansada em casa, o meu dia foi cheio. São 2 da tarde, vou dormir um pouco e depois eu irei me arrumar pra ir pra inauguração do hospital.

Acordo com o despertador e me arrumo. Escolho um vestido branco colado que valoriza o meu corpo, vou pra sala e vejo Kate na cozinha tomando café.

Ela se vira e dá um sorriso.

KATE: Ana, meu deus. Vai deixar os caras do hospital babando. E essa bundona, vai remexer ela hoje a noite né?

Olho pra ela e dou risada.

ANA: Com certeza, não posso perder.


Pego a chave e me despeço dela.

Chego no Hospital e vou falar com a Gabi. Eu cuido dela, ela é uma fofa, amo todas as crianças daqui mas eu e a Gabi temos uma relação de irmãs. Ela tem 11 anos e é muito madura e meiga, o câncer dela já está em estado avançado e não tem mais cura.

Antes de ir resolvo pegar um café e depois vou direto pra sala dela.

Olho pro lado e vejo uma mulher de costa que não me é estranha, presto tanta tensão na mulher pra tentar reconhecê-la que acabo esbarrando em alguém.

Droga, derramou bastante café nele.

X: Porra, não olha pra onde anda?

Ouço uma voz grossa que que nunca esqueci e nunca esquecerei. Meu coração começa a bater forte, e começo a tremer. Olho pro chão por um tempo pra me recompor. Olho em seus olhos e vejo aqueles olhos cinzas intimidadores.

CHRISTIAN: Ana...

Ficamos um tempo só encarando um ao outro em silêncio

Seja forte Ana, você não é mais aquela garotinha inocente que ele magoou anos atrás.

ANA: Christian.

Ele está sorrindo. Parece estar feliz em me ver. Pena que eu não.

Na verdade estou, só não vou permitir me iludir.

CHRISTIAN: Eu... Caramba faz anos que não te vejo, você tá... diferente. - ele coça a própria cabeça, parece que está nervoso.

Claro que eu estou. Você partiu meu coração, não tinha como continuar ser a mesmo trouxa de sempre. Seu babaca.

ANA: É, mudei.

CHRISTIAN: Como você está? Está morando aqui agora?

ANA: Eu estou bem. E sim, estou aqui morando aqui. Me desculpe pelo café eu não te vi.

CHRISTIAN: Percebi. - ele dá um sorriso.

Filho da puta.

Eu achava impossível mas esse desgraçado ficou ainda mais lindo e encantador.

ANA: Eu preciso ir, da licença.

Quando me viro sinto ele segurar o meu braço e então viro. Ele chega mais perto do meu corpo e posso sentir sua respiração.

CHRISTIAN: A gente pode sair quando isso acabar, tem um restaurante muito bom aqui, quer ir comigo ?

ANA: Não posso, já tenho um compromisso com a Kate. Sinto muito.

Até daria pra a gente jantar, mas não vou facilitar nenhum pouco pra ele.

CHRISTIAN: Outro dia então, pode ser?

Te Quero de VoltaOnde histórias criam vida. Descubra agora