I was like that - JENLISA

Capítulo 12 ♡

Esse momento pode entrar para um dos momentos mais especiais da minha vida, o dia em que eu dei meus primeiros passos depois de anos.

Não estava me aguentando de felicidade, fiquei mais feliz ainda quando ouvi aquela voz chorosa me chamando, A voz que eu mais amava ouvir. Minha pequena. Fiquei tão feliz em vê-lá.

Saímos em direção ao parque que não era tão longe do hospital onde fazia fisioterapia. Chegamos em menos de cinco minutos. No caminho, conversamos sobre assuntos aleatórios, esquecendo então aquele momento no sofá da minha casa. Ela não estava estranha comigo, o que me fez agradecer aos céus por isso. Acho que rosé tinha razão.

Chegando no parque ela colocou minha cadeira próximo ao banco, onde se sentou.

— Oi — ela fala sorrindo, como se tivéssemos acabado de nos ver

— Oi  — gargalho fraquinho.

— Então, é... — a interrompi.

— Me deixa falar primei...— interrompe

— Não. Me deixe falar, você já me disse o que tinha pra dizer, agora eu que te devo uma resposta.

— Ok. — suspirei.

— Bom, primeiro queria te pedir desculpas por ter saído da sala daquela forma. Eu sei que fui uma completa babaca com aquela atitude.

— Não preci....— me interrompe novamente.

— Deixa que só eu falo agora, tá ? Me deixa aproveitar que estou com coragem.— concordei com a cabeça.— É... Lisa, não vou negar que ao ouvir aquilo o ar dos meus pulmões acabaram. Deu pra perceber que fiquei sem reação, né?? Me desculpe por isso.— sussurrei um "tudo bem".— É... Lali, antes de te conhecer, eu já sonhava contigo, pode parecer clichê, mas eu já criava cenas comigo apaixonada por alguém e eu sendo retribuída com o mesmo amor. Antes mesmo de você chegar, eu já te aguardava. Antes mesmo de eu saber de você, eu já adivinhava como seria, sabe? — ela puxou minha cadeira pra mais perto.

— Nini...

— Calma, eu não acabei. Não pense que ao sair daquela sala eu te rejeitei. Não, eu jamais faria isso. Eu só não esperava por aquilo. Eu passei meses só imaginando, achei que nunca seria possível, sabe...

— Vo...você....

— Sim, lali. Eu amo você e não é só como minha melhor amiga. Eu quase enlouqueci quando surgiu a possibilidade de um dia você saber e me tratar estranha por sermos melhores amigas. E foi por isso que saí daquela sala sem mais nem menos.— me encara cheia de culpada.

— Você sente o mesmo? — não era possível.

— Sim.— sorriu sem jeito.— Eu sinto, eu sinto de verdade.

— Meu deus!! As meninas estavam certa!!! — digo a fazendo rir.— Desde quando, nini? O que você sente? — precisava escutar nitidamente.

— Eu não sei. Mas quando percebi, já estava enlouquecendo. Eu sinto uma imensa vontade de te proteger, cuidar de você, de te ter só pra mim...

Coloquei minhas mãos nas rodas da minha cadeira e cheguei mais perto.

— E agora? O que faremos com esse sentimento? — olho diretamente nos seus olhos de gatinho.

— Sentir... — vidrei naqueles lábios. Droga! quero tanto beija-la.

— Sentir. Acho que gosto da idéia.

Não sei como, mas quando percebi, seu rosto estava muito próximo do meu. Pude observar de pertinho seu rosto, tudo perfeitamente desenhado, pensado.  Conseguia sentir sua respiração em minha face. Meu deus! como esse mulher é linda.