Feyre
Atravessei o portal e já me deparei com uma visão privilegiada de Orynth. Tudo estava mais bonito que da última vez, talvez seja por que estava em reforma, e agora não mais, graças ao caldeirão! Terrassen não se envolveu em nenhuma guerra depois de Erawn, e finalmente esse povo encontrou a paz.
- Topa uma corrida? - perguntou Aelin.
- Mas e o portal? - perguntei preocupada com os outros.
- A Mare pode olhar ele por um instante. - virou para a eléctron - Não é Mare?
- Claro, se divirtam. Você está muito tensa Feyre. - Mare percebeu.
- Tudo bem então. Preparada para perder rainha? - disse com deboche.
- Jamais Grã-Senhora - antes que eu pudesse contar a largada, Aelin já estava correndo em direção ao castelo. Ela não mudou nem um pouco. Só me restou ir atrás dela e tentar recuperar o espaço perdido, o que se tornou quase impossível quando esta, depois de um sorriso vitorioso, virou uma pássaro de fogo. Como ela queria que eu competice com aquilo? Pelo visto não queria. Depois do baque inicial, Aelin foi diminuindo a velocidade, até que nós estivéssemos lado a lado, e compartilhassemos aquele lindo momento juntas. Com meus novos sentidos feéricos, essas terras estavam ainda mais bonitas, tudo parecia mais vivo.
Comecei a correr ainda mais rápido, em uma velocidade que nem sabia que podia chegar, claro que a rainha não demorou para acelerar o passo... ops, as asas. Vendo com mais atenção, percebi que por debaixo de todo aquele fogo, dava para ver Aelin, sorrindo como uma criança que ganhou doces, o que ela ainda faz, e minha única reação foi sorrir e aproveitar a tranquilidade que o lar de minha amiga transmitia. Depois de algum tempo, que eu considero pouco, mas que ela achou muito demorado, chegamos a cidade. Aelin voltou a forma feérica, e junto a mim, caminhou pelas ruas da cidade em direção a sua casa.
Nas calçadas, lojas e casas, as pessoas sussurravam e comentavam:- Quem é aquela acompanhando a Rainha?
- Ela é uma feérica?
- Ela me é familiar.
- Claro que é familiar, essa é a Feyre Archeron. A que foi para outro mundo.- outro dizia.
- O que a trouxe de volta?
- Vamos comprimenta-la! - Exclamou uma jovem, essa foi a primeira que chegou até mim.
- Boa Tarde Feyre Archeron!- fez uma reverência exagerada e continuou- Como vai? Espero que bem! Precisa de alguma coisa? Você parece aflita, e usa traje de guerra. Está tudo bem? Se você tiver...
- Ela está bem Mila. - disse Aelin - entendo sua animação, mas ela é os outros estão cansados com a travessia. Mas tarde tudo será explicado, pode ficar tranquila.
- Oh, claro majestade. - a garota sorriu - Perdão.
- Não, não, não! - praticamente gritou Aelin, atraindo olhares - Você não tem pelo o que se desculpar. Você está corretíssima em estar curiosa, só tente ter um pouco mais de... eehh... paciência - disse com incerteza e me olhou suplicante.
- Sim! - disse perdida. Por que ela está assim só por falar com a menina? - Aelin está certa, sobre você está certa. Eu adoraria responder às suas perguntas, mas isso levaria tempo, e preciso de uma cama no momento. - sorri sem jeito.
- Sem problemas. - se virou e foi embora. Só? Nada de se curvar, inclinar a cabeça ou até um adeus? Não que ela tenha alguma obrigação, mas para quem quase foi ao chão ao fazer a reverência, é, no mínimo, estranho.
Parece que Aelin viu a dúvida em mim e resolveu ajudar.
- Ela está doente. Sua mente não é mais a mesma desde a guerra, seus pais morreram. Ela mora no orfanato. Tentamos fazer de tudo para ela se sentir acolhida, mas os danos no cérebro são permanentes... - abaixou a cabeça em sinal de tristeza - Mila já progrediu de qualquer maneira, todos nós progredimos.
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A Equipe
FanfictionFeyre e seu mundo estão prestes a enfrentar uma batalha colossal, contra um rei maléfico e poderoso. O desespero à muito tomava todo o acampamento de guerra. A chama da esperança, quase apagada, precisava de luz, de uma faísca, de Aelin Galathynius...