Morro da Babilônia

Capítulo Vinte e Sete

FP

FP- ALGUÉM AJUDA ELA AQUI_disse entrando com ela no hospital.

Já vieram logo com uma maca e eu coloquei ela ali, começaram a fazer os primeiros socorros.

Médica- Eu quero uma tomografia do cérebro, possível traumatismo_disse checando as pupilas da Helena_o que aconteceu com ela?_disse chegando perto de mim.

Eu não conseguia falar nada.

Dona Eva- Ela foi assaltada.

Médica- Okay, eu sou a doutora Diaz e eu vou cuidar do caso dela, preciso que vocês preencham uma ficha, me acompanhem por favor_disse andando até a recepção_vou avisar a polícia.

Dona Eva- Não precisa doutora só cuida dela por favor_disse pegando a ficha.

Doutora Diaz- Okay_disse saindo.

Dona Eva- Você precisa preeencher a ficha Felipe_disse me entregando a ficha.

Preenchi a ficha e sentei na sala de espera com a Dona Eva.

Dona Eva- Eu sinto muito meu filho_disse pegando na minha mão.

FP- Como o Diabão é meu pai?

Dona Eva- Eu conhecia a sua mãe, ela foi casada com o Thiago por dez anos meu filho, ela passou por tanta merda com ele, ele era um monstro com ela mas aí ele machucou você, te jogou da escada quando você tinha 3 anos, por isso tem essa cicatriz nas costas, o Thiago tava drogado e aí te empurrou sem querer da escada, foi o cúmulo pra Isis então ela queria fugir e eu ajudei ela, ela foi embora do Vidigal grávida da sua irmã, ela não merecia o que o Thiago fez com ela.

FP- Eu não me lembro disso.

Dona Eva- Claro que não, você era muito pequeno.

FP- Como ele descobriu que eu sou filho dele, como você descobriu?

Dona Eva- Eu soube quando vi a cicatriz na suas costas, já o Thiago por que achou a Helena parecida com a Isis e soube que você tem 22 anos e uma coisa levou a outra, era só assimilar tudo, por mim ele nunca saberia de vocês, eu sei que a Isis fez de tudo pra manter vocês longe do Thiago.

FP- Eu só quero que a Helena fique bem_disse com lágrimas nós olhos_isso é culpa minha, se eu não tivesse contado_disse sussurrando.

Dona Eva- Não é culpa sua, é culpa do Douglas aquele adotado.

Karina- Felipe_disse chegando perto de mim_eu soube o que aconteceu, cadê a Helena?

FP- Sendo atendida pela médica_disse passando as mãos pela cabeça em desespero.

Karina- Vai ficar tudo bem_disse sentando do meu lado e pegando na minha mão_ela é forte Felipe.

Ficamos ali por mais ou menos um hora e meia, até que a médica veio na nossa direção.

Doutora Diaz- Ela sofreu um  traumatismo cranioencefálico grave (TEC), isso quer dizer que ela está com uma hemorragia no cérebro, precisamos fazer uma cirurgia urgente pra aliviar a pressão no cérebro.

FP- Se for salvar a minha irmã faz a cirurgia.

Ela saiu e eu fiquei ali com a Dona Eva e a Karina por um longo tempo já tava ficando doido de tanto esperar. Já era de noite e nada de notícias, logo veio a doutora.

Doutora Diaz- Ocorreu tudo bem na cirurgia mas, ela precisa ficar na UTI em coma.

Karina- Mas ela vai acordar né?

Doutora Diaz- Geralmente os pacientes que sofrem um grave traumatismo como esse, demora um pouco pra acordar do coma.

FP- Eu posso ver ela?

Doutora Diaz- Pode, me acompanhe por favor_disse andando pelo corredor_antes de entrar você precisa saber de uma coisa, os pacientes que sofre TEC geralmente quando acordam do coma, sofre uma perda temporária ou permanente de perda de memória, afeta as habilidades cognitivas, o funcionamento emocional e comportamental.

FP- Como?

Doutora Diaz- Ela pode acordar com uma confusão mental temporária.

FP- Tá, posso entrar agora?

Doutora Diaz- Pode_disse abrindo a porta do quarto.

Entrei e olhei pra Helena, ela tava cheia de tubos e com um curativo na cabeça, peguei uma cadeira e sentei do lado dela.

FP- Me desculpa_disse chorando.

Peguei na mão dela, e fiquei um tempo ali com ela, sai do quarto e Karina já veio logo na minha direção.

Karina- Vai pra casa, comer alguma coisa, descansar.

FP- Não vou ficar aqui.

Karina- Vai logo pra casa comer alguma coisa, tomar um banho, depois você volta, eu fico aqui com a Lena.

Dona Eva- É meu filho, vamos_disse me puxando.

Saímos do hospital e entramos no carro, dirigi em direção ao Morro, cheguei na minha casa e desci do carro.

Dona Eva- Quer alguma coisa meu filho?_disse saindo do carro.

FP- Não eu tô bem_disse entrando em casa.

Fechei a porta e quando me virei o Diabão tava na sala, quando me viu levantou logo do sofá.

FP- O que você tá fazendo aqui?

Diabão- Como tá a Helena?

FP- Em coma, não sei se ela vai acordar.

Diabão- Olh....

FP- Vai embora daqui, eu não quero falar com você agora e nem depois, então faz o favor_disse abrindo a porta de casa.

Diabão- Tudo bem, eu vou te dar um tempo_disse saindo da minha casa, fechei a porta.

Fui tomar um banho e comer alguma coisa, quando sai de casa dei de cara com o Santo.

Santo- Como ela tá mano?

FP- Desde quando você se importa?

Santo- AÍ ela é minha amiga, mesmo a gente não se conhecendo direito, e você é meu parça sabe disso né?

FP- Ela tá em coma_disse montando na minha moto.

Santo- Ela vai sair dessa mano.

FP- Eu espero que sim_disse colocando o capacete e pilotando até o hospital.

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