Capítulo Setenta e Sete

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DG

|Quarta|

Já era 19h e eu fui pra casa.

Quando cheguei em casa, a Helena não tava no sofá me esperando, ela sempre me esperava chegar da boca, não importa o horário.

DG- Helena?_disse indo pro quarto_Helena?

Quando cheguei no quarto, ela não estava, vi uma carta em cima da cama com o meu nome.

Já fiquei nervoso, abri a carta e comecei a ler.
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Não é justo eu sei, mas me entenda Douglas, eu não posso criar meu filho, 'nosso filho' nesse mundo do tráfico. Meu filho não merece sofrer desse jeito, isso não é vida pra ele.
Eu sabia que um dia teria que escolher entre você e a minha carreira, mas tudo mudou, eu provavelmente te escolheria por que eu te amo Douglas, mas agora não é só nós dois. Eu sou mãe agora e, meu filho sempre vai ser em primeiro lugar, por mais que eu te ame, Por mais que eu queira ficar com você e criar nosso bebê juntos, mas isso não é um conto de fadas ou uma história de amor que no final dá tudo certo. É a vida real Douglas, e tem riscos, não posso arriscar meu filho, não posso.
Eu te amo Douglas, você está marcado no meu coração, mas não podemos ficar juntos, entre o nosso amor bandido e o meu filho, eu escolho meu filho.
Eu sei que também é seu filho mas, não posso criar nosso filho nesse caos de vida. Mas também, não posso fazer você escolher entre o Morro e nós, você gosta dessa vida, desse Morro, não é justo com você também.
Nada disso é justo, mas é o certo a se fazer, é pelo bem do nosso filho.
Não tente me procurar, porque você não vai me achar.

Eu te amo Douglas.

Ass. Helena

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De repente me veio um ódio do tamanho do mundo, amassei a carta e comecei a quebrar tudo no quarto.

DG- DESGRAÇADA, tu não vai fugir de mim Helena, te caço até no inferno.

Peguei meu celular e liguei pra ela, caixa postal.

Dona Eva- Douglas?_disse entrando no quarto_o que aconteceu?

DG- Cadê ela?

Dona Eva- A Helena? Ela foi embora.

DG- Não, eu não aceito isso, vou atrás daquela vagabunda_disse saindo de casa.

Dona Eva- Douglas não_disse puxando o meu braço.

DG- O que é porra?

Dona Eva- Deixa ela, ela tem o direito de viver a vida dela longe daqui.

DG- E o meu direito? E o direito de eu ver minha cria? Fica como?

Dona Eva- Douglas não julgue ela, porque se eu tivesse a mesma coragem que a dela na época que eu engravidei de você, eu faria o mesmo. Eu nunca quis você nessa vida, mas eu fui tão covarde, achei que tudo ia dá certo, mas parece que não.

DG- Tá falando do que?

Dona Eva- Estou dizendo que se você quiser ter uma família com ela, você vai tem que desistir dessa vida.

DG- Por que eu não posso ter os dois?

Dona Eva- Porque Douglas, se você escolher esse Morro ao invés da mulher que você ama, você vai estar abrindo mão da sua felicidade, eu sei que vai. Você quer arriscar a vida do seu filho? Criar ele nessa merda de tráfico? Esse tráfico já tirou o amor da minha vida filho, e quase te tirou de mim também. Então pensa bem se isso tudo vale a pena.

DG- Então a senhora quer que eu deixe o tráfico?

Dona Eva- Sempre quis Douglas, ou você escolhe o Morro ou a sua família, os dois não pode.

DG- Não é fácil assim Dona Eva.

Dona Eva- Você sabe que é, só que você não quer.

DG- Eu vou achar a Helena, e vou matar aquela vagabunda.

Disse e sai de casa. Fui na antiga casa dela, e nada dela, nada das coisas dela.

Eu não acredito que ela teve a coragem de me deixar, pois isso não vai ficar assim. Vou caçar ela até no inferno.

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