CAPÍTULO 09

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Maratona 5/5

RENATO


Meus maiores medos se tornaram realidade. Não tinha como escapar. Não mais. E eu estava malditamente cansado. Deixe que venham. Eu os destrocarei com minhas mãos, a mulher tambem.

ㅡ Renato...

ㅡ Natasha.ㅡ Passei a mão na cabeça sem saber o que fazer para ajudar ela. ㅡ Merda!

ㅡ Eu preciso me sentar.

ㅡ Sentar. Sim.

A encosto numa árvore e ela se senta com dificuldade. Ela estava tremendo e francamente eu tambem.

A floresta não é o melhor lugar para dar a luz; junte isso com ser perseguida e não ter ideia do que esta acontecendo e você vai ter uma mulher husterica no seu ouvido.

Mas Natasha nao. Ela não estava histerica, ela não me culpava ou gritava cmigo.

Eu me senti um filho da puta. Me ajoelhei do lado dela.

ㅡ O que eu devo fazer? Natasha me diz o que eu devo fazer. ㅡ Pedi com o olhar preso ao dela.

Natasha sorriu entre a dor e acariciou minha buchecha com as cicatrizes.

Ela balançou a cabeça.

ㅡ Eu não faço a minima ideia, meu amor.

Mordeu os labios e pegou a minha mão respirando em pequenos periodos.

ㅡ Estou com você. ㅡ Eu disse com a voz crua. ㅡ Aguente, Natasha.

ㅡ Solte-a monstro!

Me viro lentamente, sem soltar a mão dela. Eu o reconheci agora. Era o verme que uma vez insultou Natasha no mercado.

O filho da puta ousou insinuar que ela era uma vagabunda e zombou perguntando onde o pai do bebê dela estava.

Eu apareci no momento que ele sorriu vendo sara se encolher. E agora ele pensa que é um cavaleiro de armadura dourada.

Deveria ter quebrado o pescoço desse inutil a meses atrás. Ele não estava sozinho, pelo menos três estavam com ele entre eles o maldito dono dos cachorros. Eles rosnaram mostrando os dentes enormes.

Natasha gemeu alto, com medo.

ㅡ Natasha...

ㅡ Coloque as maos para cima e deixe a moça em paz! ㅡ O verme mandou, em tom de ameaça.

Eles estavam nos rodiando fazendo um circulo humano mas a falta do resto do grupo fez com que um buraco na lateral esquerda não fosse preencido.

Como são estupidos...

A vontade que eu tinha era matar cada um deles com minhas proprias mãos, eu odiava o quanto eles estavam perto de Natasha, a assustando ainda mais.

Talvez não fosse uma má ideia refleti sombrio.

Natasha apertou minha mao com dor.

ㅡ Renato... o que esta acontecendo ? Por que estão fazendo isso? ㅡ Ela sussurou palida.

***

NATASHA

ㅡ Querem te tirar de mim. ㅡ Ele falou em voz alta enquanto se levantava ameaçadoramente. ㅡ Mas eles nao irão.

Eu vi tudo em camera lenta. Renato sorrindo amargamente com os olhos frios como o gelo, o silêncio que se sucedeu depois; até os animais sentiram o perigo daquela voz quase demoniaca.

A Prisioneira #2 • Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora