CAPÍTULO 08

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Maratona 4/5

RENATO

Filhos da puta! Urro para o céu. Correndo mais rapido que posso, me infiltro pela floresta. As árvores passam como um borrão ao meu lado enquanto dentro de mim uma raiva fervente ameaça explodir.

Tomando atalhos que apenas eu conhecia torço para que os malditos tenham se perdido ou eu não consigo nem pensar!

A Mulher só podia ser a mãe de Natasha; isso era fodidamente claro para mim agora.

A questão é como e porque ela está aqui.

Eu devia te-la matado quando tive a chance! Rosno profundamente irado.

O que ela pensa, que tomará Natasha de mim?Só por cima do meu cadaver fodido!

Apresso ainda mais sentindo a adrenalina possuir minha mente, todo meu corpo vibrando para uma coisa:

Chegar a tempo.

****

NATASHA

Ouch.

Inspiro o ar tremendo enquanto seguro a barriga com as duas mãos.

Aquela foi maior. Olho para o relógio preocupada. A pouco menos de 3 horas as dores começaram. A primeira foi como um pontapé e eu não pensei que fosse algo mais que o bebê chutando um pouco forte demais mas a realidade foi se intiltrando quando o processo se repetiu e as dores, oh, elas aumentaram.

Renato, onde você esta?

Isso não devia estar acontecendo, gemi.

Eu estou com 8 meses, as mulheres não tinham que esperar 9 meses para ter o bebê? Droga, um livro sobre parto seria de boa ajuda agora!

A porta se abre com um estrondo e eu gritei.

ㅡ Renato! O que..ㅡ Ele entra como um furacão e o odio refletidos nos seus olhos me fazem dar um passo para tras.

Eu me arrepiei diante aquele olhar.

ㅡ Venha, temos que ir agora.

ㅡ Aonde estamos indo!? ㅡ Engasgo com os olhos arregalados.

Ele quer sair agora ?! Eu preciso lhe dizer sobre o bebê...

ㅡ Para longe ㅡ Ele rosna,o peito subindo e descendo rapidamente.

Ele estava suado como se estivesse corrido uma maratona.

A mão prende meu pulso me dando um puxão, me conduzindo até a saída. Não doía, mas exercia força o bastante para que eu fosse arrastada como uma boneca de pano.

ㅡ Mas...

ㅡ Não discuta! Por favor... agora não.

Me calei diante sua voz suplicante, tão diferente dele.

Saimos da casa e o vento gelado me atingiu e eu tremi. A noite estava completamente sem estrelas,uma escuridão alarmante, eu não consegui enxergar cinco palmas a minha frente mas ele não parou, Renato parecia transtornado.

Eu sei bem o quanto a visão dele é boa no escuro.

Os passos dele estavam rapidos demais para minha condição e aonde quer que ele tivesse nos levando com tanta pressa eu não conseguiria seguir nesse ritmo por mais tempo.

ㅡ Renato, por favor, o que esta acontecendo? ㅡ perguntei entre ofegos, assustada.

De longe pude ver o lago.

ㅡ Temos que ir para o lado contrario. ㅡ ele falou olhando para todas as ieçoes inquieto.

Uma rajada de vento me lembrou novamente que com meu short e blusa de alça não estava vestida para o frio. Ele leu minha expressão e pareceu notar pela primeira vez como eu estava vestida.

Balancou a cabeca irritado.

ㅡ Tome. ㅡ Em um segundo eu tinha o casaco dele sobre os ombros.

Apenas tive tempo de vesti-lo.

Uma suspeita horrivel me cercou e eu engoli em seco. Da última vez que o vi tão estranho foi na floresta.

Slender. Não pode ser, pode?

De longe escuto barulhos como... latidos.

ㅡ Temos que correr.

ㅡ Eu não consigo...

No momento seguinte estou nos braços dele de boca aberta. Envolvo os braćos no pescoco dele apertado.

Algo está muito mal.

Droga! A contração... Está voltando.

Escondo meu rosto no ombro dele com medo.

Renato corre comigo como se estivesse acostumado, sem parecer nem um pouco cansado.

Ele ja carregou corpos mais pesados antes...Faço uma careta tanto do pensamento quanto da dor.

Não consigo aguentar mais... Um grito dolorido sobe em minha garganta mas eu o sufoco com esforço mordendo os labios com força, os dentes trincados.

Os latidos pareciam mais proximos.

Eu nao fazia a minima ideia, só que estavamos fugindo, o que se tornava aina mais assustador. Minha cabeça latejava.
Deus, a dor! era como se eu estivesse sendo rasgada em duas.

Cada buraco ou sacudida em meu corpo era insuportavel. Eu não posso mais; eu gritava em minha mente, tenho..que parar.

Como doi!

ㅡ Não! ㅡ chorei ㅡ Renato pare, por favor pare! ㅡ A ultima palavra saiu em um grito e eu me debatia nos braços dele, preciava descer!

ㅡ Natasha?

ㅡ O bebe. Renato, o bebê. Vai acontecer...

BUM!

Um trovão estourou no céu como um mal pressagio.

Renato me encarou tenso, pela primeira vez ele parecia sem saber o que dizer.

A Prisioneira #2 • Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora