CAPÍTULO 21

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NATASHA

Outro dia.

ㅡ querido, como está na escola? ㅡ sorrio para Jack como um modo para me acalmar.

Estamos os três reunidos na mesa, jantando. Renato e eu tomamos a decisão que juntos, iremos aos poucos introduzi-lo nas atividades e afazeres diarios, para assim Jack poder se acostumar com a ideia. Até agora tudo está indo como o planejado. Exceto por uma pequena coisa; Jack não parecia muito feliz com a intromissão do novo membro novamente, e a maneira como ele encara Renato com suspeita me faz querer rir e franzir a testa de preocupação ao mesmo tempo, o que provavelmente é o que devo estar fazendo.

Bebo um pouco de suco sem tirar os olhos dele.

ㅡ Bem. ㅡ ele responde distraído, olhando para Renato com uma careta.

Ok, isso não vai ser facil...

ㅡ Aprendeu algo interessante?

ㅡ Não... ㅡ Encolhe os ombros.

Arqueio as sobrancelhas exasperada.

Sorrio falsamente para Renato, que parecia dividido entre aborrecimento e divertido com o olhar mortal que Jack o estava dando.

Silêncio desconfortavel.

Volto para minha comida, pensando no proximo assunto, já que os dois homens da casa são adeptos a monossílabas.

ㅡ O que ele faz aqui?

Engasgo com a comida.

ㅡ Isso não é coisa que se pergunte,Jack. O clyde veio nos fazer companhia.

ㅡ Por quê? ㅡ Ele perguntou com petulancia, dando um olhar gelado para Renato.

ㅡ Eu não podia ter vindo por você? ㅡ Renato respondeu a ele sarcasticamente com uma voz mansa,e forçou um sorriso.

Jack bufou.

Renato deu de ombros e olhou pra mim, desistindo.

ㅡ Porquê...ele é um...é um...ㅡ me embaralho nas palavras, sem coragem de dizer de novo um "amigo" e mentir para ele.

Como explicar essas coisas para um garoto de 4 anos?

ㅡ Estou com sua mãe, garoto. ㅡ Renato falou, rolando os olhos.

ㅡ Renato! ㅡ Exclamo nervosa, sem acreditar que ele falou.

Logo percebo meu erro em ter chamado ele por seu nome verdadeiro na frente de jack, que agora olhava para Renato com uma cara alerta, como quando os meus "pretendentes a pretendentes" apareciam em nossa casa.

Renato ignora.

-- Vamos cortar o barato, garoto. Eu sei que você é ciumento e eu entendo isso bastante, eu não vou me meter nos seus momentos com ela e você não se mete nos meus. Aliás, eu posso ser de muita vantagem para você, posso lhe ensinar e te dar conselhos de homem para homem, a não ser que você queira usar essas roupas e esse penteadinho da mamãe a vida inteira.

Arregalo os olhos e escondo o rosto com as mãos.

Deus, isso poderia piorar?

Minha vontade é de mata-lo por apenas acabar com a situação que poderia ter sido dita com... não sei, o minímo de sutileza?!

Espere, o que ele falou sobre a roupa dele?

ㅡ Qual o problema do cabelo dele?! ㅡ reclamei.

A Prisioneira #2 • Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora