A Prisioneira #2 • Renato Garcia (Concluída)

CAPÍTULO 15

NATASHA

Depois que todos se foram após cortar-mos o bolo e servir os salgados, coloquei Jack na cama que não demorou para pegar no sono, fui até a cozinha lavar os pratos ignorando a presença de Renato no sofá o máximo que pudia.

Uma mão pousou em meu ombro.

ㅡ Deus! Você me assustou!

Era minha mãe.

ㅡ Por que você não me falou..

Ela começou, alto demais.

ㅡ Sshi!

Reclamei, olhando no rosto dela.

Ela arregalou os olhos.

Sussurrando agora.

ㅡ Por que não me falou de você sabe quem?

Continuei a lavar os pratos e abaixei a vista.

ㅡ Não tem nada pra falar.

ㅡ Há! Ele ainda está aqui, e eu vejo como ele olha para você.

Balancei a cabeça.

ㅡ Ele é bonito sabe. ㅡ Ela confidenciou, com uma piscadinha.

ㅡ Mãe!

ㅡ O que? Eu não sou cega. Só estou dizendo que você precisa seguir em frente querida e esse rapaz parece gostar de você.

ㅡ Você não sabe o que está dizendo...

ㅡ E o Jack se dá tão bem com ele! Eu diria até que eles são bem...

ㅡ Não diga nada!

Eu ia ter um ataque de nervos!

E eu tinha quase certeza que Renato estava ouvindo tudo.

Pratos, pratos, lavar pratos.

ㅡ Ok,ok. Não vou me intrometer mais... hoje. ㅡ Sorri de lado. Graças a Deus. ㅡAmanhã você vai me contar tudo!

Arregalei os olhos e gemi internamente.

ㅡ Bem, minha hora chegou ㅡ Ela suspirou em voz alta. ㅡ Estou muito cansada... te vejo amanhã, querida.

Revirei os olhos.

ㅡ Boa noite, clyde.

Ele acenou com a mão.

Continuei a enrolação por mais alguns minutos mas tinha chegado a hora. Eu não podia mais continuar lavando os pratos brilhantes de limpos.

Chegou a hora de enfrentar o que quer que seja.

Renato continuava na mesma posição como se tivesse todo tempo do mundo.

Como ele estava diferente ainda me chocava. Eu estava nervosa, como se ele fosse um desconhecido. O fato da aparência dele me ser mesmo desconhecida não ajudava nenhum pouco.

Sentei no sofá de frente a ele. Segurei as mãos no colo.

ㅡ Boa festa.

Ele disse, quebrando o clima.

Bufei.

Sim, foi uma boa festa, mas ele não pareceu confortável. Toda vez que eu o olhava ele estava olhando para mim.

Então deixei de olhar.

ㅡ Renato.

Lambi os lábios. Quando ele fala meu nome assim, me deixa nervosa.