7° Dor

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Notas da autora: então,essa é uma continuação do capítulo anterior, porém,em terceira pessoa,para termos a intromissão de outros personagens. Boa leitura! Espero que gostem!

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1849

Gravidez. Um bebê. Maternidade.

Meus pensamentos são interrompidos rápidamente, pelo chamado.

—Beatrice! Grita minha mãe, da cozinha—Beatrice, querida! Desça aqui!—

Com desânimo, me levanto da cama e sigo em direção a sua voz, me sentindo completamente angustiada e sem saída.

—Oi, mãe.— respondo baixo, sem olhar seu rosto.

—Filha, o quê está acontecendo? Você tem se comportado de forma estranha... Passa a maior parte do dia no quarto, nem comeu a sua comida favorita ontem!—

—Não é nada, só não estou me sentindo muito bem, deve ser um resfriado, ou o tempo que mudou— menti.

—Tem certeza? Sabe que pode contar comigo, não sabe? —Ela diz se aproximando, ao colocar o polegar delicado sobre meu queixo, me obrigando a encarar seu olhar questionador.

—Tenho certeza, é só uma indisposição.—respondo, voltando para o quarto.

Claro! Só uma indisposição...um BEBÊ é uma indisposição! Como pude deixar isso acontecer? Devo ser muito irresponsável! Como vou contar aos meus pais que tenho saído na calada da noite para me encontrar com um homem? E pior, me entregar a ele sem ter um compromisso! E ainda pior, ficar grávida dele! O que eles vão pensar de mim...vou ser considerada uma vadia, uma meretriz. Pelo menos ele é um príncipe, me ama, e vai me ajudar...depois que eu contar.

Ao entrar no quarto,vejo os lençóis bagunçados, as roupas sujas jogadas pelo chão de forma desorganizada. A cortina balança com suavidade,indo e vindo, em um eterno ciclo.
Olho para a pequena fenda de luz e vento na janela, deixando o ambiente em total penumbra.

Preciso me afastar dessa melancolia!Preciso tentar sair desse dilema, tenho que achar uma solução.
Mandei uma carta para Edgar,tenho que vê-lo o mais rápido que der, ele irá me pedir em casamento,quando eu contar do bebê, e talvez ainda dê tempo de não acontecer um escândalo na corte e na minha família.

[...]

—Meu amor...porquê tanta pressa? Como te contei, daqui a alguns dias vou precisar voltar ao meu país, ainda tem algumas coisas pendentes que preciso resolver para meu pai.—

—Edgar...eu—não consigo conter as lágrimas.

—O que houve? Não chore.—Pergunta aflito, ao sentar do meu lado e colocar a mão sobre meu cabelo, me puxando carinhosamente contra seu peito, roçando os calejados dedos na minha nuca, causando arrepios tênues.

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