19° Vigias

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Eae genteeeee, finalmente um capítulo KKKKK (Perdão 😔✊♥️). Estou tentando organizar algumas coisas no livro, por isso a demora. É provável que eu não mantenha o meu ritmo antigo por enquanto, mas assim que puder eu volto.

É isso, boa leitura!

Gifzinho por zero motivos:

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—Isso é tão estranho.—Murmuro baixinho, descendo da árvore com um pulo, procurando não me arranhar com algumas cascas soltas.

—Não é tão estranho assim.—Shurg responde também saltando do galho, aterrissando majestosamente na minha frente.

—Por que não me surpreende você falar isso? É óbvio que não é estranho pra você, um felino nascido no espaço, um Deus!—Rebato indignada, puxando o tecido grosso da minha capa, e sacudindo, tentando eliminar algumas folhas secas e insistentes que ali estavam.

—Que merda!—Me lamento, cutucando o olho, procurando retirar seja lá o que tenha caído nele.

—O que foi agora? Acho melhor você voltar, daqui a algumas horas o sol vai nascer...—Diz Shurg, ignorando completamente o ser que se debatia ao seu lado, no caso, eu.

—Já vou, já vou! Que desgraça é essa? Não acredito.— Desvio o olhar dos dedos e encaro o animal de forma acusadora.

Ele não diz nada, parecendo estar concentrado o horizonte.

—Um PELO! Você solta…PELO?!—Me manifesto confusa, segurando o pelo espesso e azulado que a poucos segundos estava infiltrado no meu olho.

—Criança, não sei se reparou, mas eu sou um felino, e normalmente os felinos possuem pelos.—Alfineta ele, parecendo estar em um misto de tédio e ressentimento.

—Você não é só um felino, gatão, é um ser místico, uma criatura. Não imaginei que isso fosse possível.—

—Claro que é possível, estou na minha forma física, então minhas reações são visíveis, e outra, você acredita em rituais de invocação mas não acredita um pelos visíveis?—Reclama ele impaciente.

—Não pareceu muito visível quando aquele homem estava te esfaqueando. E é, agora estou passando a acreditar!—Zombo, percebendo como minha blusa está tomada por pequenos pelos.

—Sou resistente, isso é um privilégio dos deuses, criança.—Shurg enumera, com um leve tom de superioridade.

—Espero que eu não tenha alergia ao meu familiar, isso não seria muito bom.—Balbucio, sentindo o nariz coçar sem parar.

—Com o tempo você se acostuma. Agora, chega de conversa, melhor se adiantar.—

Obedecendo a onça, levanto o rosto e observo o céu sob os ombros, procurando o astro que me ajudaria. Pouco tempo depois, consigo localizá-lo, reparando em como as  estrelas estão posicionadas em outra direção, levemente mais distantes da estática estrela polar.

AscençãoOnde histórias criam vida. Descubra agora