20°Arco e flecha

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Eae povooo, consegui postar dnv (amém, amém).
Esses dias eu tava aqui pensando, eu poderia fazer aqueles negocinhos de personagem (não sei o nome, por sinal, se alguém souber me diga, pfvrzinho), com as fotinhas todas lindinhas e tal, só que aí eu pensei "tá, mas e se fossem gatinhos no miauverso?"
Então saiu essa doideira que vocês estão vendo aí kkkkkkkk, me digam oq acharam

Por enquanto é isso, boa leitura pessoaaal! ♥️

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—Alisha, se acalma!—Grito nervosa, não me importando em me abaixar e retirar as botas com as mãos, como qualquer um faria, simplesmente piso com a ponta do pé no calcanhar do sapato e o jogo longe, sem olhar para onde caiu.

—Fiquei tão preocupada—Balbucia ela esfregando os olhos múltiplas vezes, parecendo cansada—tudo aconteceu logo depois que você saiu.—ela complementa, suspirando.

—Ok. Me conte exatamente o que aconteceu e por que você está tão nervosa.—Falo ao me aproximar, coloco uma das mãos em seu ombro, apertando levemente.

Ela me encara por alguns segundos, sua expressão é estranha, não demonstrando muitos traços de medo ou tristeza, seus olhos não se encontram marejados, sua voz, apesar de falhar algumas vezes, é ritmada. Porém, olho para suas mãos tomadas por cicatrizes, os dedos tremendo sutilmente, o suor visível. É, ela está com medo sim.

Alisha é uma perfeita atriz, daquelas que poucas vezes abaixam a guarda ou deixam escapar algo não premeditado. Com tempo, fui aprendendo a entender os pequenos gestos, as pequenas reações involuntárias, e aos poucos, hoje posso decifra-la com facilidade.

—Quando eu estava indo para o refeitório, encontrei com Walter no corredor, parecia estar nervoso, andando rápido demais. Ele me cumprimentou com a cabeça, desviou o olhar várias vezes...achei que estivesse tudo bem, ou que ele também estivesse aprontando alguma coisa.—Acrescenta ela, como se as cenas estivessem passando em sua frente.

—Certo, até aí tudo bem…provavelmente eu já deveria estar lá fora.—Pondero calma, pegando um pano sujo que estava sob mesinha ao lado da cama, para limpar as adagas.

—Acredito que sim. Bom, prosseguindo, eu continuei meu caminho, quando estava chegando perto das panelas, pronta para começar o alvoroço, escuto gritos vindo da outra ala, você não sabe o susto que eu tomei.—Alisha começa a vagar pelo quarto, como se pudesse pensar melhor em movimento.—Pensei que tinha sido você, corri direto pra lá, tentei parecer desinteressada, já que uma pequena multidão de fofoqueiros já tinham chegado, não queria chamar atenção.—Ela explica rápidamente, gesticulando para todas as direções possíveis e balançando a cabeça, dando ênfase.

—Puta que pariu.—Exbravejo, imaginado como tudo poderia ter dado errado.

—Pois é.—Ela concorda arregalando os olhos em minha direção, como se tivesse lido meus pensamentos.

—Acabou que ele tinha se infiltrado no dormitório dos Feiticeiros e matou um deles, um tal de Anum, irmão da Évora.—

—Não faço a mínima ideia de quem seja, e outra, nem sabia que a Évora tinha irmão, acho que ela não disse nada sobre isso nas apresentações.—Murmuro curiosa.

—Eu também não sabia, acho que ninguém tinha conhecimento disso, deve ser algum costume estranho deles, sei lá.—Constata Alisha, ao pegar um copo e enche-lo com a água de uma jarra.

—Quer água?—Pergunta ela, me estendendo outro copo.

—Quero, obrigada. Já desovaram o corpo?—Pergunto ao beber o líquido transparente, franzo a nariz no exato momento em que a água invade minha boca, o gosto de terra é perceptível.

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