ATENÇÃO- Esse livro contém cenas de sexo explícito e violência!
+18 (Maiores de dezoito)
Criada desde seu nascimento dentro do círculo rígido mafioso, Mariá não teve nenhuma chance de escapar das garras do crime organizado. Desde muito nova soube qu...
Mais uma vez estava sendo obrigada por mamãe a vir nesse lugar. O que tinha de interessante aqui? Um monte de pessoas que ficam rezando, pessoas que fazem mal. O meu papai faz mal, sei que ele não é do bem. Ele é bom apenas para mim e mamãe.
— Fique quieta, Mariá! — Mamãe me repreende.
Estamos na igreja, novamente. E dessa vez eu sentia que não devia ter vindo, poderia ter ficado em casa com o papai. Hoje ele me disse que eu podia ficar em casa, que mamãe viria com as amigas da família. Mas resolvi vir apenas porque queria contrariar a minha mãe uma vez na minha curta vida.
— Estou quieta, não vê? — perguntei, balançando as pernas que estavam penduradas no banco de madeira da igreja.
O padre falava algo sobre Deus, mas eu estava ocupada demais com meus pensamentos para prestar atenção no que ele dizia.
Estava procurando por ele. O lindo garoto que roubara meu coração desde quando o vi pela primeira vez. Era um pouco velho para mim. Mamãe falou que não era pra eu pensar nisso agora, mas eu estava apaixonada. Realmente apaixonada.
Olhei para todos os lados a procura do lindo menino. O vi lá atrás, alto e bonito com os olhos cor de chocolate que eu tanto admirava.
Giuseppe,murmurei quando nossos olhares se encontraram. Sorri, meu melhor sorriso para atraí-lo. Ele deu uma piscadela para mim e voltou sua atenção para o padre que falava lá na frente.
Meus olhos viajaram até o homem que estava ao seu lado. Um calafrio percorreu meu corpo. Eu não gostava dele... Tommaso,pai de Giuseppe. Nem parecia que eram pai e filho, Giuseppe era tão engraçado e cheio de alegria que eu nem me lembrava daquele monstro ambulante que era Tommaso.
Olhei pra frente novamente, e só então depois de olhar bem aqueles lindos olhos, eu pela primeira vez prestei atenção no que o padre dizia.
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— Mariá! — Mamãe gritou atrás de mim enquanto eu saía apressada da igreja.
Passei pelas várias pessoas que se reuniram na frente do grande estabelecimento, a procura do meu príncipe encantado. Estava louca para conversar com ele, o vi poucas vezes apenas, mas sentia meu coração bater forte e meu estômago se revirava quando eu chegava perto dele.
Estava encantada.
Parei no meio do gramado a poucos metros do portão da frente da igreja e olhei ao meu redor. Ele não estava por nenhuma parte. Por todo lugar que eu olhava não o via.
Me virei para voltar correndo, mas bati de frente com alguém e caí de bunda no chão.
Gemi de dor, colocando a mão no bumbum que doía.
— Se machucou, topolino? — “ratinha” ou “bebê rato”.
Olhei para cima, encontrando aqueles lindos olhos cor de chocolate me encarando com pura diversão.