•Capítulo Quatro•

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Giuseppe

O carro parou em frente a grande mansão de Lorenzo. No banco de trás pude ouvir a respiração agitada da ratinha. Me virei para ela e sorri, vendo como seus olhos verdes e enormes se arregalaram quando pousaram sobre mim. Ela tinha crescido bastante desde a última vez que a vi, há quase cinco anos atrás, nem se parece mais com aquela garotinha fofa. Agora tem tudo para chamar minha atenção, e não o fez diferente. De longe a vi como tentava se esconder das outras pessoas que a rodeavam enquanto andava para a saída do colégio, alguns olhos masculinos a olhando quando passou. Não pude conter a raiva que subiu pelo meu corpo, ver como aqueles moleques estavam olhando pra minha ratinha.

Foda-se, eu me lembro como se fosse hoje quando aquela garotinha assustada esbarrou em mim, seus olhinhos verdes brilhantes quando pousaram em mim. E agora esses mesmos olhos estavam me olhando, mas dessa vez, surtiu um efeito diferente.

Tinha se transformado em uma linda mulher, mesmo que ainda fosse nova, mas seus peitos me chamaram a atenção, o que significa que está bem crescidinha pra mim. Ia amar usufruir desse corpinho pequeno, esguio e chamativo, ela ia adorar.

— Pequena, sua mãe está esperando você lá dentro. — Gianni falou, tirando minha atenção da menina.

Ela olhou para ele, abrindo e fechando várias vezes, seus olhos brilhando quando olharam para mim. Sorri para ela, o meu sorriso mais sacana.

— T-tá bom. Eu amei ver você Gian. — Sua voz era tão suave, lembrei-me de pequenos anjos enquanto a ouvia falar.

— Eu também Mariá, agora entre antes que Giuseppe a engula e eu tenha que matá-lo. — Gianni disse me olhando com o rosto sério.

Gargalhei e olhei enquanto Mariá saía do carro apressada. Tomado pelo impulso, abri a porta com força e saí do carro, ouvindo o protesto de Gianni. Segurei a mão de Mariá enquanto ela se afastava e a puxei para perto. Não muito perto, afinal, estávamos na frente da sua casa. A mais ou menos um metro de distância, segurei sua mão, seu braço estendido.

— Não se despediu de mim, ratinha. — falei me aproximando dela sem largar sua mão.

Ela engoliu em seco. Vi que mexia com ela  estar próximo. Senti seu cheiro, suave e almiscarado com o odor de seu próprio corpo. Inspirei profundamente, levando aquele cheiro maravilhoso até meus pulmões.

— A-ah...Giuseppe — o jeito que ela falou meu nome, baixo e com aquele tom de vergonha, me fez imaginar ela dizendo ele enquanto eu tomava da sua boceta.

Levantei sua mão até os meus lábios, sentindo meu pau dar uma balançada na calça. Beijei sua mão, suave, olhando seus olhos verdes me observando.

—  Espero vê-la de novo, topolino -
— “ratinha”.

Mariá suspirou e sorriu, seu primeiro sorriso para mim. Algum lugar dentro de mim deu uma guinada, senti como meu pau endurecia na calça apenas com aquele sorriso, seu aroma e seu olhar inocente.

Sorri pra ela quando abaixei sua mão, soltando-a hesitante.

— Eu também, Giuseppe.

Assim que Gianni parou o carro em frente a mansão Accappatollo eu saí, estava cheio depois do sermão que ele me deu sobre não me meter com sua pequena. Como se ela fosse dele, e apenas esse modo dele de chamá-la me fez enfurecer. Eu teria aquela menina do jeito que eu quisesse, estava tão determinado a tê-la que estava me importando menos com o que qualquer um achava.

Entrei na mansão rapidamente e andei apressado pela extensão de corredores até o quarto de Enrico. Precisava distrair minha cabeça um pouco e não via forma melhor no momento do que irritar um pouco meu irmão mais velho.

Amor e Ódio | Série "Donos da Máfia" | Livro 2 [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora