Engoli em seco. Não podia acreditar que tudo tinha dado errado assim tão fácil. Minha primeira vez e já tinha ido tudo pro ralo. E pior? Fui pega pelo homen que estou apaixonada ,e ele parecia estar com muita,muita raiva.- Me solte! - ordenei,mas Giuseppe apenas se aproximou mais,sua mão apertando meu braço.
- O que estava fazendo aqui Mariá? - sua voz estava baixa,e confesso,me deu medo dele naquele momento.
Fiz minha expressão mais desolada,a que nem papai resistia,mas Giuseppe não pareceu se importar nem um pouco.
- Eu e as meninas queríamos apenas sair um pouco - falei baixo.
Giuseppe olhou para as meninas e voltou seu olhar para mim.
- Você sabe que a reputação de vocês irão pro lixo quando todos souberem,não sabe? - sua voz era cruel,ele parecia muito nervoso comigo,e eu não entendi o porquê exatamente, já que não éramos nada um do outro.
- Só se você contar - falei com a voz carinhosa,cheia de manha.
Ele levantou uma sombrancelha e um sorriso repuxou no canto dos seus lábios.
Ah não,quando ele dava aquele sorriso não era coisa boa.
Ele voltou sua atenção para Gianni,o mesmo me olhava com a expressão decepcionada.
- Gianni,Mauro,levem as irmãs para casa mas,por favor,não deixe que os pais delas descubram.
Ele voltou sua atenção para mim.
- E eu levo Mariá - olhei para as meninas mais uma vez,vendo como estavam aliviadas,como a mim - Mas eu quero algo em troca desse pequeno favor.
Giuseppe começou a me levar pela rua,ele parou ao lado de um carro esportivo verde e as portas se levantaram. Entrei, não querendo que ele ficasse me falando o que eu precisava ou não fazer.
Ele entrou e sentou atrás do volante. Giuseppe dirigiu a pequena distância da boate até minha casa,parando na rua de trás por onde eu saí. Ele desligou o farol e ficamos completamente no escuro,apenas as luzes do painel do carro iluminando nossos rostos.
Olhei para ele,tremendo. Merda, não precisa tremer Mariá. Giuseppe se virou pra mim, seu rosto sério.
- O-oque você quer? - perguntei.
A mão de Giuseppe largou o volante do carro e foi para o meu joelho. O que o meu pai disse sobre isso mesmo? Ah! Me lembro como se fosse hoje de papai me falando que nunca,em hipótese alguma,era pra deixar um homem me tocar antes do casamento,se isso acontecesse,era pra mim tentar arrancar sua mão. Olhei para o rosto de Giuseppe,ele olhava sua não na minha perna,não entendi sua expressão,estava entre a raiva e a adoração,talvez?
Como eu arrancaria a mão dele se eu mesma me derretia sob seu toque? Isso era impossível.
- Um beijo - ele respondeu,finalmente olhando em meus olhos.
- Um beijo? - perguntei,mais para mim mesma. Quem diria que Giuseppe estaria querendo me beijar?
Sorri em minha mente,sentindo o leve gostinho da vitória.
- Sim. Ou não quer me beijar? - o modo como ele perguntou aquilo,sua voz melosa e arrastada.
Ele levantou a mão para a minha boca,seu dedão contornando meu lábio inferior e depois o superior. Apenas fitei seu rosto,observando como suas pupilas se dilatavam.
- E-eu..
Ele sorriu e aproximou o rosto do meu lentamente, roçando nossos narizes. Ele deslizou seus lábios úmidos contra os meus,o leve toque enviando um leve arrepio por toda a minha coluna. Sua mão em meu joelho subiu,era como pequenas línguas de fogo,deixando calor por onde passava.
Endireitei minha coluna,ficando ereta quando sua mão atingiu o alto da minha coxa. Agora agradeci aos céus por ter vindo de calça e não de vestido como pretendia.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor e Ódio | Série "Donos da Máfia" | Livro 2 [Em Revisão]
Roman d'amourATENÇÃO- Esse livro contém cenas de sexo explícito e violência! +18 (Maiores de dezoito) Criada desde seu nascimento dentro do círculo rígido mafioso, Mariá não teve nenhuma chance de escapar das garras do crime organizado. Desde muito nova soube qu...