Amor e Ódio | Série "Donos da Máfia" | Livro 2 [Em Revisão]

•Capítulo Onze•

Andei de um lado para o outro do quarto. Estava ficando agitada a cada minuto que passava. Pietra me ligara mais cedo e conversamos,eu estava muito feliz pelo meu casamento com Giuseppe,mesmo que demorasse um ano,eu esperaria,esperaria quanto tempo fosse possível se isso significasse ficar com ele.

Mas não o via a alguns dias e estava me perguntando se ele estava mesmo disposto a se casar comigo. Conversei com mamãe mais cedo e ela me disse que nosso noivado seria depois do natal,não tinha data marcada ainda mas aconteceria nos arredores de janeiro. Eu claro,fiquei muito animada e ansiosa,mas por quê eu sentia que Giuseppe não se importava com tudo isso? Quer dizer,ele nem sequer se preocupou em me fazer uma visita,éramos noivos,não é?

Me sentei na minha cama olhando para fora da janela,para o céu escuro cheio de estrelas.

Já se passavam das onze da noite e mamãe e papai já estavam no décimo sono. Olhei para o quarto escuro,no próximo ano nesse mesmo dia e mês eu estaria casada e em um lugar novo. Veria Pietra todos os dias e ririamos juntas das merdas que nossos maridos fizessem.

Olhei pro teto,sonhando acordada com minha vida futura. Adormeci pensando nisso.

•

- Mariá - ouvi a voz de Giuseppe me chamando. Abri os olhos e olhei pelo quarto escuro. Ele estava no canto do quarto,uma sombra enorme,seus olhos brilhantes brilhavam no escuro enquanto me observava.

Me sentei devagar-hesitante,o que Giuseppe estava fazendo no meu quarto no meio da noite?

Esfreguei os olhos com as mãos e olhei novamente para aquela figura no canto do meu quarto. Parecia tão sombrio, sério,como se me olhar o deixasse com raiva.

- Giuseppe? - chamei,me levantando.

Ele se moveu ligeiro, olhando para mim com aqueles olhos brilhantes. Então se aproximou,muito devagar ele foi se aproximando,seu corpo agora já não era uma sombra, seus músculos se moviam sob a pele, hipnotizando,chamando meu toque.

Ele parou na minha frente e segurou minha garganta com a mão forte,me fazendo arregalar os olhos.

- O que você está fazendo? - como se não me ouvisse Giuseppe me empurrou para trás devagar,me fazendo deitar na cama.

Ele se colocou facilmente entre as minhas pernas,me fazendo sentir seu abdômen definido contra mim,seu membro pressionando minha intimidade. O que estava acontecendo realmente? Por quê ele está tão estranho?

Franzi o cenho,segurando sua mão na minha garganta,com ímpeto de afasta-la.

- O que está fazendo? - perguntei de novo,dessa vez sentindo uma fagulha de desespero dentro de mim - Giuseppe, pare agora!

Seus olhos estavam focados no meu rosto,como se estivesse com raiva,uma máscara de fúria.

- Giuseppe!! - protestei mais alto quando ele apertou o meu pescoço.

Me debati contra ele e consegui sair de debaixo do seu corpo.

Acuada,fui para o canto do quarto, olhando ele se aproximar,parecia um boneco enfeitiçado quando me olhou.

- Vai se casar comigo,e não satisfará minhas vontades? - perguntou,sua voz grossa que eu tanto amava cuspindo raiva.

- Eu não me entregarei antes do casamento,não vou! - falei tentando abrir a porta,mas estava trancada e a chave não estava mais lá,senti as lágrimas queimarem meus olhos,estava começando a me desesperar - Por favor! Me deixa sair!

As lágrimas desciam pelo meu rosto e o desespero começava a tomar conta. Não sabia por quê,eu nunca reagi assim a Giuseppe.

Olhei de novo para seu rosto e ele me olhava com desprezo,puro desprezo. Ele foi se aproximando e seu rosto mudou,já não era Giuseppe,era Tommaso,e depois era Tricy,e Giuseppe de novo,depois Tommaso,e depois Tricy. Ela riu pra mim.

- Fedelha,vai se casar com ele,mas na verdade nem pra abrir as pernas você serve - as risadas eram tão altas que eu tive que cobrir os ouvidos,o som os feria. Gritei desesperada quando a abominação se aproximou cada vez mais de mim,me perdendo naquela interminável escuridão.

Acordei suando frio,olhei em volta do meu quarto e estava tudo vazio. Me deitei,suspirando aliviada por aquilo ter sido apenas um pesadelo. Devia ser tensão pelo que estava acontecendo recentemente. Adormeci de novo,dessa vez,sem pesadelos e sem Giuseppe.

•

O sinal do colégio tocou,indicando que a aula já tinha terminado. Juntei meus materiais e saí da sala como fazia todos os dias. Passei pelos corredores cheios e saí no pátio da frente. Dessa vez olhando por todos os lados em busca de Tricy.

Quando a vi ela já estava longe,no portão do colégio. Um carro de corrida importado verde-um que eu conhecia bem,parou em frente ao portão. Eu pude ver enquanto a janela do carro deslizava para baixo,o rosto sorridente de Giuseppe. Ele olhou para Tricy,e a mesma foi para o lado da porta do carro dele. A primeira coisa que pensei era que ele ia me buscar,mas quando a porta se levantou e ela entrou no carro foi como um soco na minha cara. Ela foi beija-lo mas ele virou o rosto e saiu com o carro.

Fiquei ali parada,chocada,sentindo meus nervos a flor da pele. Não estava acreditando no que tinha acabado de ver. Giuseppe e Tricy. Meu noivo e a vagabunda do colégio que vivia mexendo comigo. Como ele podia?

As pessoas passavam ao meu redor,me lançavam olhares especuladores e cochichavam.

Talvez ele estava pensando que eu não veria,não queria que eu soubesse. Por quê ele fez isso comigo?

Endireitei a cabeça e respirei fundo,afugentando as lágrimas que insistiam em sair. Enquanto eu estava aqui chorando ele e Tricy estavam se agarrando dentro do carro em algum lugar.

Saí do pátio na direção do portão e saí do colégio.

Não esperei por papai como sempre fazia, agarrei as alças da minha mochila e comecei a andar a pé na direção da minha casa. Estava tão destruída,me sentia como uma idiota apaixonada. A trouxa aqui pensando que ele gostava de mim e enquanto isso ele aquecia a cama das outras.

Deixei as lágrimas rolarem pelas minhas bochechas,o meu peito doía,minha garganta com aquela sensação horrível de estar sendo sufocada,perdendo o ar. Quando já estava a uma boa distância do colégio,cercada pelas árvores de um lado e pelo mar do outro,eu me permiti chorar. Chorei,solucei,coloquei tudo que estava me sufocando para fora. Não acreditava que ele fizera aquilo. Tão estúpido! Claro,ele só queria se casar comigo porque era o único jeito de me levar pra cama.

Balancei a cabeça,vendo o quão idiota fui por achar que ele gostava de mim. Realmente Mariá, você foi uma estúpida.

Um carro buzinou atrás de mim e quando me virei vi o carro de papai me seguindo de perto. Ele parou o carro ao meu lado e olhou meu rosto manchado pelas lágrimas. Abri a porta e entrei,descansando a cabeça contra a janela. Papai não disse nada,e agradeci a ele mentalmente por isso. Estava tão quebrada que achei impossível voltar ao normal algum dia. Giuseppe fez isso comigo,ele me quebrou da pior forma possível.

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Estou vendo fogo ali? Sinal de tempestade???

Hahahahaha😹😹😹😹😹 está começando! As fases turbulentas!!!!!

Comentem o que estão achando meninas (os)!!!!!😘😘😘❤❤❤❤
Quem quer matar o Giuseppeeee??????? Eu quero muito!!!!