•Capítulo Vinte e Sete•

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Coloquei a mão na boca para abafar o grito que ameaçou sair. Olhei para ele atentamente,me certificando de que ele era real. Esfreguei os olhos,e ele ainda continuava ali.

- Giuseppe? - perguntei baixo,me virando para ele.

Ele sorriu pra mim e se aproximou da cama,o que me fez arredar até encostar as costas na cabeceira.

- O que você está fazendo aqui? - perguntei olhando para a porta. Eu não a tranquei essa noite. - A porta não está trancada. - avisei.

Ele sorriu e se levantou,indo até a porta,trancando-a.

Ele voltou e se sentou de novo,seu rosto sério.

- Eu vim para conversarmos. - Giuseppe respirou fundo - Eu preciso que você saiba o que aconteceu no meu passado antes de nos casarmos.

Arregalei os olhos,sentindo meu interior revirar. Se ele veio até aqui e estava disposto a me contar o passado dele,então ele falou sério quando disse que queria tentar de novo.

Engoli saliva,meus olhos não desgrudaram dos dele. Eu podia perceber como ele estava desconfortável com isso,mas estava determinado.

- Pode falar Giuseppe,eu vou entender. - falei colocando a mão no seu bíceps,vendo como seu olhar estava focado no chão. Ele estava com vergonha de olhar para mim.

- Não,você não vai. - ele passou a mão pelo rosto e me olhou. - Eu matei a minha mãe.

Senti meu coração martelar forte em meu peito. Não tinha como Giuseppe ter matado a mãe dele,nunca a vimos em qualquer evento social,e Giuseppe era muito novo pelo que me lembro de papai falando.

Giuseppe me olhava,esperando que eu o julgasse,o repugnasse ou me afastasse. Mas não tinha como quando ele me olhava com aquele olhar desolado,cheio de pesar.

- Giuseppe..eu..eu. - ele se levantou,pelo jeito,interpretando mal o que eu "tentei" dizer.

- Eu só queria que você soubesse..eu quero que você saiba com quem você irá viver pelo resto da vida.

Me levantei e andei até ele. Giuseppe se afastou de mim,fazendo meu interior revirar.

- Giuseppe! - exclamei - Seja o que for que aconteceu,eu sei que não foi culpa sua,me lembro de papai falando sobre sua mãe e você ainda era muito novo!

Ele negou arduamente.

- Não. Eu me lembro. - ele se virou pra mim,suas mãos tremendo. - Eu lembro da sensação da faca perfurando a carne dela.

Seus olhos estavam vidrados,seu corpo tremendo. Agarrei suas mãos e o puxei,o fazendo olhar para mim.

- Giuseppe,me escuta. Você está ficando nervoso. - falei tentando chamar a atenção dele. - Venha,deite-se um pouco e se acalme.

O puxei,lutando internamente contra a angústia que me invadia por vê-lo naquele estado.

O empurrei devagar e seu grande corpo caiu na cama,os cobertores ao redor subindo com um "puff" sob o seu peso.

Giuseppe não tirava seus olhos de mim,estava concentrado,me lembrando um bebê,desses de alguns meses que fica te observando tentando entender o que você está fazendo. A diferença era que quem estava me olhando não era um bebê,mas um homem marcado pelo passado cruel por que passou.

Sorri para ele e sem pensar muito,montei seu estômago,minhas pernas dobradas de cada lado do seu tronco forte.

- O que foi? - eu perguntei colocando as mãos espalmadas em seu peitoral forte.

As mãos de Giuseppe subiram pelas minhas coxas descobertas,o contato da sua pele calejada e quente na minha fez arrepios percorrerem o meu corpo. Mas não podia pensar nisso agora,apenas tinha que fazer esse homem enorme se acalmar.

Seus olhos vidrados foram ganhando foco aos poucos,suas mãos acariciando as minhas coxas. Não tinha como ignorar seus músculos abdominais tocando o tecido da minha calcinha,e também não tinha como ignorar a umidade se juntando no meu centro. Mais alguns minutos assim e ele sentiria em sua pele.

- Você. - ele murmurou levantando uma mão para o meu rosto. - Por quê não se afastou de mim quando eu lhe disse o que fiz?

Senti meu corpo inteiro se acender quando ele respirou profundamente e seus músculos abdominais se flexionaram,incitando meu centro.

- Porque não tem como isso ser culpa sua. Todos sabemos o quanto Tommaso era cruel com você e seu irmão. - falei,passando as mãos pelo seu peito,o massageando de leve.

Ele agarrou a parte de trás do meu pescoço e me puxou para ele,colando seus lábios nos meus. De imediato, abri os lábios e enfiei a minha língua na boca dele. Com os poucos beijos que trocamos,eu me viciara em seu beijo,em seu gosto.

Ele sugou meu lábio inferior quando afastei meus lábios dos dele e me olhou,seus olhos agora tão escuros que eu não conseguia ver suas pupilas.

Relaxei o meu corpo em cima dele, sentindo seu corpo musculoso,meus seios pressionando o peito forte. Sua mão subiu pela minha coxa,se enfiando embaixo da camisola. Sorri, sentindo sua mão acariciar minha bunda,minha intimidade pulsando de ansiedade,querendo que ele me tocasse lá.

- Eu fui um idiota por não ter ficado com você antes. - sua voz tinha uma emoção nova,que eu nunca o vira falar. - Me perdoa por tudo que a fiz passar?

Sorri para ele,descansando minha bochecha contra o peito forte.

- Sim. E espero que me perdoe também, confesso que minhas atitudes não foram as melhores.

Seu corpo vibrou embaixo de mim com a sua risada,sua mão apertou minha bunda de leve.

- Não tem nada que me pedir perdão. - ele voltou a puxar meu rosto para ele,me beijando.

Gemi de puro prazer,aproveitando seu gosto e textura aveludada.

Sem pensar empurrei a bunda em sua mão,querendo seu toque mais íntimo.

Ele gemeu e levantou o rosto,agarrando a pele do meu pescoço com os dentes dando uma mordida forte,para depois passar a língua aliviando.

Agarrei seu rosto com as duas mãos e voltei a beijar seus lábios. Não estava nem aí para casamento,nem apresentação de lençóis e nem lua de mel. Eu o queria,e o queria agora.

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Volto já!!!!

Amor e Ódio | Série "Donos da Máfia" | Livro 2 [Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora