POV RAFAELLA:
Acordo naquela manhã de sábado e abro com dificuldade meus olhos, que pesam e se fecham mais uma vez. Insisto em abri-los e tenho êxito. Vagarosamente percebo uma leve dor de cabeça, que vai aumentando ao passo em que vou fazendo alguns movimentos. Sem coragem de me levantar da cama de uma vez, coloco-me mais para cima da cama, ficando sentada. Nesta posição, observo, entre meus travesseiros e meu edredom nada mais nada menos do que Gizelly, que repousava sobre aquela cama aparentemente muito tranquila. Me perguntei como ela estava ali e aos poucos fui recordando de flashes da noite anterior. De imediato me bateu a ressaca moral e eu então me constranjo, por Gizelly e por Manu.
Me forço a levantar e vou na ponta dos pés a caminho do banheiro, na tentativa de evitar que Gizelly me visse tão amassada, embora aquilo não fosse nenhuma novidade para ela, me ver acordar, mas tratava-se de uma situação atípica, aonde eu havia ficado de pileque. Antes que eu desse o terceiro passo, Gizelly se acorda e dá um salto da cama.
- Aonde você pensa que vai, Rafaella? - Ela fala em um tom de voz sóbrio.
- Eu estava indo ao banheiro, não queria acordar você. - Falo sem conseguir me virar para ela. Permaneço inerte, parecia que eu havia congelado naquele momento.
- Você está bem, Rafaella?
- Para de me chamar de Rafaella, você sabe que eu não gosto quando me chamam de Rafaella, mesmo sendo o meu nome. Isso me lembra a época em que eu levava bronca da minha mãe.
- Olha pra mim, Rafaella.
Ela insiste por me chamar de Rafaella, o que me faz bufar de raiva, mas com tanta dor de cabeça, fico impossibilitada de demonstrar tão fortemente isso.
- Para de me chamar de Rafaella, Gizelly.
- Não! Não vou parar de te chamar de Rafaella, Rafaella! Até você olhar pra mim. Vamos, Rafaella. Estou esperando você se virar pra mim. - Ela fala de modo um pouco mais ríspido, não que eu gostasse de ignorâncias, mas quando ela ficava bravinha me fazia sentir ainda mais desejo por ela. Volto-me para ela.
- Pronto! Satisfeita? - Falo em tom abusado, mas logo me arrependo. - Gizelly, por favor, fala baixo que eu estou morrendo de dor de cabeça.
- Eu sei que está, mas a gente precisa conversar, Rafaella.
- Precisa ser agora, Gizelly Bicalho? - Falo no intuito de postergarmos aquela conversa. e na tentativa de segurá-la por mais tempo comigo.
- Tudo bem, eu ligo para você mais tarde. - Ela fala dando de ombros e pegando sua bolsa na poltrona ao lado da cama.
- Você vai embora? Como assim? Não! - Me vejo perturbada com a ideia de que ela fosse embora.
- Ué, você disse que não queria conversar agora. O que é que eu vou fazer aqui, Rafaella? - Ela diz sínica.
- Ah, Gizelly pelo amor de Deus! Assim não dá! NÃO DÁ! - Elevo a voz e cinto minha cabeça does dez vez mais do que já estava doendo antes. Queixo-me da dor e da tontura e ela logo me ampara.
- Deita aqui, Rafaella! Deita aqui! - Gizelly fala enquanto me ajuda a voltar para a cama, com o semblante preocupado. Fecho meus olhos pois o quarto parecia estar rodando e de repente perco um pouco das forças nas pernas, o que me fez perder o equilíbrio e cambalear naqueles poucos passos de distancia entre a cama e eu. - Rafaella de Deus, que cachaça foi essa? Man Gavassi quase te matou - Ela fala com seu jeito brincalhão.
- Acho que misturou ressaca com remédio e não ter comido ontem, emocional também.
- Como assim não comeu, Rafaella? Que remédios você está tomando, ta doente?
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GiRafa - Me espera lá fora.
FanfictionRafaella e Gizely se encontram em um reality show. Dentro do confinamento nasce um sentimento desconhecido por elas, cujo qual só poderá ser desvendado longe das câmeras do confinamento.