Cap. 2 - Você tem alguma dúvida?

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POV RAFAELLA:

Desisto de conversar com ela por mensagem direta. Abro meu whatsApp e resolvo mandar-lhe uma mensagem, que em pouquíssimos segundos Gizelly me responde.

Me questiono se não estava sendo deselegante em puxar-lhe assunto aquelas horas, mas ela me responde tao rapidamente, que tiro essa ideia da cabeça

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Me questiono se não estava sendo deselegante em puxar-lhe assunto aquelas horas, mas ela me responde tao rapidamente, que tiro essa ideia da cabeça. Sem que eu esperasse, ela me manda um áudio e sua voz parece trêmula. Será que tão trêmula quanto as minhas mãos que digitavam para ela.

- Oi Rafa! Como você está? - A voz da Gi naquele áudio era melhor que música para mim. Resolvo retribuir mandando-lhe áudio.

- Oi Titchela! Estou bem! Melhor por estar falando com você agora, depois de tanto tempo. E você, como você está? Me conta da sua vida, por onde andas. Você está no Espírito Santo mesmo?

- Ôh Rafaella Kalimann, você não me acompanha não, "muié"? Estou morando aqui em São Paulo, mais especificamente perto da Paulista, aluguei um flat, por enquanto que as coisas estão mais agitadas.

Como assim? Ela estava morando aqui em São Paulo e tão perto de mim? Como eu não sabia disso? Como que ela não me disse nada? Sinto um calor percorrer meu corpo, mas resolvo ligar para ela e perguntar mais sobre isto de estar morando aqui.

Converso com Gizelly por telefone e ela me explica absolutamente tudo, quando percebo, já passava das das duas e quarenta da manhã e nós ainda estávamos conversando. Resolvo pedir-lhe seu endereço, para que eu possa visitá-la assim que possível, muito embora minha vontade fosse de trocar de roupa e ir até ela. Eu precisava conversar com aquela mulher. Eu precisava que fazer algumas perguntas, esclarecer minhas dúvidas e colocar para fora tudo aquilo que me acompanhava durante o confinamento e aqueles meses posteriores a nossa saída da casa. Resolvo perguntá-la se ela estaria em casa no dia seguinte, pois precisava demais conversar com ela, algo que não poderia ser falado somente por telefone. Para minha satisfação, Gizelly me responde que eu seu quisesse, poderia vir de imediato, mas fui negativa à sua colocação.

Logo que encerramos aquela ligação, senti uma espécie de felicidade por ter falado com ela, mas ao mesmo tempo, sentia um nó na garganta, aquele nó estava presente em mim desde que passei a não entender o que habitava dentro de mim em relação a Gizelly. Deitei-me em minha cama, mas o sono não vinha, andei por todos os lados em meu apartamento, mas infelizmente nada me fazia ter sono ou me deixar cansada a ponto de querer deitar para pelo menos cochilar.

Já passava das quatro horas da manhã e eu permanecia da mesma maneira. Resolvi tomar um banho, no escuro, o que era uma peculiaridade minha. Enrolada na toalha, eu penteava meus cabelos, que aquela altura do campeonato já não possuíam apliques, apenas a mesma coloração, que era a minha coloração original, resolvo trocar de roupa e fazer o que meu coração gritava através de seu acelerado palpitar. Decidi que era a hora de colocar as cartas na mesa com Gizelly e eu não poderia esperar nem mais um minuto.

GiRafa - Me espera lá fora.Onde histórias criam vida. Descubra agora