Cap. 13 - RK

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POV RAFAELLA:

Após quase cinco horas de viagem, finalmente lá estávamos, Gizelly e eu em Iúna. Passamos pela pequena Piaçu e seguimos até Iúna. Logo que descemos do carro e adentramos à casa da família da Gi, percebi a felicidade em que aquelas pessoas demonstravam em nos receber, sobretudo em me receber. A receptividade estava sendo incrível. Nem bem chegamos e a dona Madalena já nos esperava na porta de casa com um lindo sorriso, que esboçava a alegria por ter sua neta e a namorada da neta. Apesar da idade mais avançada, a vó Madá, como a Gizelly a chamava e por conseguinte eu, logo que recebi a liberdade por parte da avó paterna do meu furacão.

Descemos do carro e Gizelly já foi gritando, se esgoelando, falando com um e com outro. A primeira pessoa a vir falar comigo foi dona Márcia, que fez pouco de Gizelly e passou direto pela filha, dando preferencia a me cumprimentar.

- Gizelly, depois eu falo com você, minhas atenções são todas para a minha norinha. - Márcia falou esbanjando imensa simpatia. - Oi, Rafa! Como você está? Fizeram boa viagem? Finalmente teremos tempo para conversar, tomar um cafézinho.

- Oi Márcia! Que alegria poder vir ao Espírito Santo, conhecer vocês principalmente. A viagem foi ótima!

- A mulher me carrega nove meses na barriga, passa vinte e nove anos da vida comigo, pra tudo. Aí é só ver uns "zoinho" verde bonitinho ejá vai logo se bandeando para os lados dos "zoinho". Até você mãe? - Gizelly simulou ciúmes de sua mãe, mas seu jeito irreverente fez com que todos os presente rissem daquela e de tantas outras brincadeiras que ela fez.

- Claro! Você não acha que já aguentei tempo demais as suas manias e caprichos, dona Gizelly? - diz Márcia sem dar muito cartaz à filha.

- Cadê a vó Madá? Vó, vem cá, pra Rafa te conhecer. - Gizelly fala em tom mais alto, como era de costume, quando ela está efusivamente feliz. Logo sua avó se aproximou de nós duas. Ela era a coisa mais linda. Aqueles cabelinhos meio brancos meio anil, pareciam algodões. Me encantei de cara por ela.

-Então quer dizer que você é a minha mais nova neta? - A frase saída da boca de dona Madalena me derreteu por completa.

- Vó Madá, a senhora não sabe o tanto de vontade que eu tinha de te conhecer. Eu ouço demais a Gizelly falar da senhora. Que a vó Madá isso, que a vó Madá aquilo outro. Eu acabei "garrando" um amor na senhora já.

- A Gizelly sempre me fala de você também, RK. 

- RK? - Pergunto achando engraçadíssima a forma como aquela senhora me chamara. - Isso é coisa da Gizelly... Não tem jeito mesmo, essa sua neta, dona Madá.

- RK, tira esse dona, me chama de vó Madá, afinal de contas você não vai casar com a minha neta? Então você já faz parte da nossa família.

- Vó do céu, quando eu casar com a sua neta eu vou leva a senhora pra morar com a gente! Gizelly, não tô dando conta de um trem fofo como a vó Madá.

- Te falei que a vó Madalena é sem precedentes. Agora, Rafa, vai conhecer o restante da parentada que eu arrumei pra você e deixa a minha avó um pouquinho comigo que eu quero matar a saudade desse meu amor.

Era linda a forma carinhosa e amorosa com a qual Gizelly se referia a sua avó. 

Assim que acessamos os cômodos da casa, Gizelly me levou até o quarto em que ficaríamos acomodadas durante aqueles dias em passaríamos em Iúna. Assim que adentramos aquele cômodo, a Gi comentou com desânimo o fato de terem nos colocado em um quarto com duas camas tipo solteirão, ao invés de um casa de casal.

GiRafa - Me espera lá fora.Onde histórias criam vida. Descubra agora