A cabeça de SeungCheol estava um caos completo e por mais que tentasse se concentrar no trabalho simplesmente não conseguia. O motivo daquilo tudo definitivamente não era novo: Doggie, atualmente conhecido como Yoon JeongHan, o filho de um político corrupto. A única diferença que dessa vez sua preocupação não era com seus sentimentos confusos sobre o garoto e sim pior: como poderia o ajudar como havia prometido.
Na noite anterior, depois da conversa que tiveram onde finalmente descobriu mais sobre a pessoa que abrigou por meses em casa, havia o levado em um lugar que julgava seguro. Não foi nenhuma surpresa quando Jisoo aceitou que JeongHan ficasse na casa dele e apesar do mais novo fazer cara feia para isso não disse nada sobre, afinal não tinha muito para onde ir. Não falaram muito e SeungCheol prometeu que contaria tudo que estava acontecendo para o dono da casa assim que pudesse, realmente o faria, só não sabia como no momento estando com tanta coisa na cabeça.
Tratou de não ficar muito tempo por lá e seguia com a vida normalmente para não levantar suspeitas, afinal já não passava a noite na casa de Jisoo há um tempo se naquele dia ficasse lá perceberiam que era por JeongHan. Mesmo que não pudesse parar de pensar em tudo que tinha ouvido de JeongHan e até mesmo pesquisando um pouco mais na internet, pensou em ligar para um amigo que tinha na imprensa e perguntar se ele sabia mais sobre o assunto, mas sabia que JiHoon iria querer saber o motivo da curiosidade e uma vez que soubesse o que era faria uma matéria bombástica sobre o filho perdido do senador corrupto. Não queria que seu Doggie se envolvesse nesse tipo de exposição. Estava tentando ajudar e não ferrar com o resto da vida dele estampando seu rosto e história na mídia. Claro que algo assim poderia ajudar ele a ao menos sair do país, mas não de uma forma indolor e sinceramente achava que já tinha sofrido o bastante para alguém que não era culpado pelos pecados do pai.
Acabou não dormindo muito quando voltou para casa na noite anterior e juntando com o fato de ainda não ter pensado em nada de concreto para fazer tornava seu humor se tornar insuportável. Tinha se trancado em sua sala assim que chegou e pediu para Mina desmarcar qualquer reunião que precisasse dele ou que passasse para um dos outros, já que eles já haviam tomado a liberdade de o excluir de muitos assuntos da sua mesmo, não faria diferença se não aparecesse em uma reunião. Qualquer visita também estava expressamente vetada. Na verdade nem sabia por que tinha vindo ao trabalho a não ser para manter as aparências, devia ter feito isso de casa. De toda forma ali estava e se Junhui o tivesse espionando não encontraria nada de anormal em seu dia. Então só continuou pensando e pesquisando, nas medidas do possível na internet. Trocou algumas e-mails com pessoas importantes e descobriu que a família de JeongHan, pelo menos a mãe e a irmã, estavam atualmente nos EUA. Não conseguiu informações como endereço e contatos, mas ao menos sabia de onde estavam, não era muito, mas ao menos poderiam saber onde procurar ou para onde enviar JeongHan caso precisasse.
Leu matéria e mais matéria de jornais de anos atrás sobre o senador Yoon e concluiu que não devia ir visitar o homem na prisão, apesar de ter cogitado isso a princípio, ele não poderia ajudar, se fora mal caráter o bastante para deixar a família daquele jeito duvidava que iria mover uma palha para ajudar o filho perdido. Teria que fazer aquilo por si mesmo. Chegou até a reservar uma passagem para o EUA no próximo dia para JeongHan, o que lhe doeu mais do que pensou que doeria, não queria o ver ir embora. Mas nesse caso o que poderia fazer? De acordo com JeongHan, JunHui o procuraria não importa onde fosse no país que estavam, para que isso não acontecesse ou teria que o mandar para longe ou destruir JunHui. O problema era: como faria isso?
Uma breve pesquisa pela internet lhe mostrou que JunHui era mais escorregadio que peixe na água. Sabia que tinha irregularidades na vida dele, o fato de manter um garoto cativo em uma gaiola contra a vontade era prova o bastante disso para SeungCheol, mas legalmente simplesmente não havia nada. Ele era cuidadoso e cobria bem o que quer que fizesse para o Lux funcionar tão bem. Soube um pouco mais sobre a família dele na China. Parece que o pai dele era um ex mafioso que atualmente vivia uma vida boa em uma casa bonita qualquer, a mãe havia morrido há algum tempo e depois disso JunHui tinha se mudado de seu país natal em busca de uma vida nova longe do pai. Aparentemente tinha conseguido. Tinha uma casa enorme em um dos bairros mais caros da cidade e uma boate que movimentava uma quantidade enorme de dinheiro, aparentemente dinheiro limpo e honesto. Mas SeungCheol sentia algo gritar que as coisas não eram exatamente como pareciam.

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Doggie
FanfictionSeungCheol não sabe o que era diversão há muito tempo, está sempre preso pelas responsabilidades em uma vida parada demais para alguém de sua idade. Pelo menos até encontrar um "animalzinho" ferido na rua e resolver, no impulso, levar pra casa. O pr...