~boa leitura~
SeungCheol acorda sentindo algo incomodar em seu nariz, se mexe tentando afastar a mosca ou o que quer que estivesse causando aquilo, mas o incomodo continua. Levanta a mão para coçar e quase se afoga em algo macio, gelado, grudento e com cheiro doce. Abriu os olhos naquele momento encarando sua própria mão, ela, e provavelmente grande parte do rosto, estavam sujos de chantily.
Doggie estava de pé ao lado da cama rindo e bastou um olhar mais atento para perceber que tinha uma pena em uma mão, provavelmente o que causou a coceira, e um vidro de chantili na outra, o que lhe deixava bem claro o que estava acontecendo ali. Bufou irritado o que só fez entrar doce em seu nariz e Doggie gargalhou quando começou a xingar.
-O que diabos você está fazendo, Doggie? – rosnou já muito a fim de o colocar de castigo ou quem sabe até uns tapas? – O que quer de mim pra parar com essas porcarias?
Tentou o segurar para continuar aquela conversa, mas quando se sentou na cama ele já estava correndo porta a fora. Pouco depois ouviu a porta de entrada bater quando Doggie saiu por ela, no momento em que conseguiu ficar de pé, ainda tentando tirar o chantily do nariz, ele já devia estar no elevador rumo a rua. Resmungando como um velho, SeungCheol foi para o banheiro se lavar e viu a extensão do estrago. Seu rosto estava quase que completamente sujo de branco, principalmente no nariz, chegando até aos cabelos.
Suspirou reclamando quando mais um pouco de doce entrou no nariz o fazendo ter um ataque de espirros. E acabou sendo obrigados a optar por um banho para conseguir tirar aquilo, nunca conseguiria limpar só lavando na pia.
Há alguns dias Doggie estava especialmente agitado. Por mais que SeungCheol tentasse agradá-lo ele parecia ainda ter travessuras em sua lista. No dia anterior ele havia conseguido a façanha de equilibrar um balde de molho de tomate na porta do banheiro e quando o dono foi entrar no cômodo ficou parecendo um cosplay mal feito da Carrie, a estranha. Doggie estava logo atrás naquele dia com um celular na mão filmando toda a confusão e a cara de bravo do outro. O pior foi quando tentou correr atrás dele e acabou escorregando com a meia no molho de tomate e se esborrachou no chão. Doggie, claro, amou aquilo tudo e gargalhou alto enquanto SeungCheol bufava de raiva e tentava se levantar, caindo novamente. Seu querido pet parecia estar com pacto com o próprio diabo ultimamente.
O pior que, tirando ter esquecido de comprar o jantar dele no dia que encontrou Jisoo, não havia feito mais nada que poderia ter provocado tal inquietação nele. E mesmo nesse dia se redimiu cozinhando nos dias seguintes tudo o que ele dizia gostar e querer. Também havia pedido desculpas e Jisoo até mesmo havia trago uma caixa de cookie daqueles caros para Doggie quando SeungCheol acabou contando sem querer que havia esquecido do jantar dele. Nesse dia Doggie sorriu para Jisso, mas logo deixara a caixa de lado murmurando algo sobre não gostar de coisas doces e saiu de cara feia para o quarto, o dono o encontrou mais tarde encolhido debaixo das cobertas estrangulando a girafa de pelúcia e murmurando coisas incompreensíveis, o que deu certo medo, admitia.
Sabia que ter encontrado Jisoo em casa naquela noite havia o surpreendido, Doggie havia comentando sobre o fato enquanto comia em outro dia, mas isso foi tudo que ele disse sobre o episódio. Naquela noite depois do momento de surpresa ele havia sorrido e cumprimentado Jisoo quando SeungCheol os apresentou. Depois pediu licença educadamente para ir comer e tomar banho alegando estar com sono. Jisoo percebeu também que já estava um pouco tarde e acabou indo embora depois de mais um beijo. E fim. Isso meio que tinha sido o resumo daquela noite. Nada tão absurdo para um cãozinho temperamental surtar. Certo? Errado, Doggie parecia não concordar com alguma coisa e SeungCheol não sabia se tinha ligação com aquela noite ou não. Já que ele se recusava a falar.
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Doggie
FanfictionSeungCheol não sabe o que era diversão há muito tempo, está sempre preso pelas responsabilidades em uma vida parada demais para alguém de sua idade. Pelo menos até encontrar um "animalzinho" ferido na rua e resolver, no impulso, levar pra casa. O pr...