Respiro fundo uma, duas e até três vezes antes de entrar no clube com Hanna em meu enlaço.
Nós passamos pelas pessoas até achar um lugar mais tranquilo. Eu não tenho ideia de como Chuck conseguiu, mas isso aqui tá incrível.
A piscina está iluminada com luzes dentro dela para compensar a escuridão da noite. Não há ninguém que trabalhe no lugar aqui, apenas nós e o segurança na porta. Na área coberta, de onde acabamos de sair, haviam mesas e mais mesas com salgadinhos, aperitivos e bebidas de todos os gostos.
— Ei, ali tá o seu príncipe encantado. — Hanna me cutuca na costela com o cotovelo.
Por conta da sua provocação eu reviro os olhos a ela, mas procuro com atenção na direção que ela aponta até achar Alec Dickson em sua melhor forma. O sorriso, a expressão, cada musculosinho do seu corpo, os olhos castanhos com pintinhas verdes, os cabelos dourados.
Acho que poderia reviver minha vida quantas vezes fosse, mas em todas elas, continuaria apaixonada por Alec.
Fala sério, como eu não me apaixonaria?
Meus olhos são obrigados a desviar para uma garota com quem ele conversa, onde claramente há um clima rolando. Meus ombros murcham automaticamente e solto um suspiro derrotado.
— Ele já está com companhia, Hanna.
— Você só vai passar e cumprimentar um amigo, Cass. Ele quem decide o que fazer depois. Mas a julgar em como você está linda com esse short e camiseta eu diria que é algo bem fácil de escolher.
Abaixo a cabeça ao olhar para meu corpo. Eu estou bonita, o tênis combina perfeitamente com o short preto e curto e a blusa estilosa, mas aí levo a atenção para a garota junto com Alec e toda a minha confiança vai para o ralo.
— Ela é uma gata, Han — murmuro.
Meu comentário faz minha melhor amiga voltar o olhar para a garota negra junto do guitarrista.
— Agora que você comentou... — ela nem precisa terminar a frase para ter meu olhar indignado. — O quê? É só um outro incentivo para fazer isso.
— Fazer o que, Hanna? — Minha pergunta nem é ouvida, porque no segundo seguinte eu já estou querendo matá-la.
— Ei, Alec! — Hanna grita, há um sorriso amigável no rosto dela enquanto acena para ele, parecendo totalmente inofensiva.
Quando vira em nossa direção, parece procurar por quem o chama. Assim que seu olhar para em nós, ele abre um sorriso largo. Sinto todo o meu corpo queimar com o olhar e atenção de Alec em cima de mim.
Trocando algumas palavras com sua companhia, o guitarrista passa a caminhar na nossa direção, antes que chegue perto demais, Hanna me empurra para frente, incentivando-me a fechar a distância.
— Lá vem o seu destino — ela provoca, fazendo referência as inúmeras vezes em que disse que eu e Alec somos destinados um ao outro.
Eu a fuzilo com o olhar antes de me deparar com Alec Dickson bem na minha frente.
— O-oi! — falo, querendo me dá um tapa por ser tão idiota e já chegar gaguejando. Qual é? Eu nem sou assim.
— Oi! Você tá linda, Cass — ele elogia, eu se sinto boba e estúpida por não responder nada nos próximos minutos.
Mas meu coração bate forte e tenho a sensação que a qualquer momento ele pode pular do meu peito.
— Obrigada. Você também! — Minha voz sai um fiasco.
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Até A Meia Noite [EM PAUSA]
Novela JuvenilCassandra Marrie poderia ser fácil uma Cinderela. Mas a vida real tá longe de ser um conto de fadas, em Riverwood as coisas são um pouco mais complicadas. Presa em um acordo cruel com a própria madrasta, Cass não está atrás de um príncipe encantado...