Capítulo 27 - Sobre passado e confiar

369 50 178
                                    

Alguns anos atrás

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


Alguns anos atrás.

- Você está com 17 anos, Mattheus! Já sabe muito bem como eu gosto das coisas. Vê se faz o que estou mandando e não me irrita! - Ágatha diz pegando em meu pulso e o apertando.

Puxo meu braço do seu aperto e a fuzilo com os olhos. Ela me deixa furioso. Ágatha acha que ainda sou um menino de nove anos e pode fazer o que bem entende comigo, mas coisas vão mudar! Eu vou fugir desta casa e ela nunca mais vai me ver!

- Você está se voltando contra mim, Mattheus? É isso? - Ela gargalha. - Sabia que você é igualzinho ao seu pai? - Engulo em seco. Ela nunca tinha mencionado o meu pai.

- Você nunca falou dele para mim. - Digo olhando-a com raiva.

- É porque ele nunca prestou para nada, igualzinho a você! Nem fazer as coisas que eu quero você faz direito! Mas agora, olhando para você, com raiva, vejo quanta semelhança vocês têm. - Diz irônica.

- Eu não me pareço com p3rr2 nenhuma! - Aumento o tom de voz e me arrependo assim que ela aumenta o sorriso deixando-o diabólico.

- Você estava andando na linha. Fazendo tudo que eu mandava. Como eu não percebi isso antes? - Sinto meu corpo tremer com o seu tom de voz.

- Não percebeu o quê?

- Você estava tramando uma fuga, Mattheus? - Ela gargalha forçadamente. - Tem um tempo que você não sente o peso da minha raiva.

- O que você quer dizer com isso? Me deixe em paz, Ágatha! - Digo irritado. A muito tempo eu deixei o medo para trás.

- Você vai pagar por planejar uma fuga pelas minhas costas! - Diz virando e deixando meu quarto.

Levanto-me e a sigo dizendo: - Volta aqui! Aonde você vai?

Ela para sua caminhada e sorri abertamente sádica.

- Espere e verá. - Diz e se vira descendo as escadas.

Entro dentro do meu quarto fechando a porta. Solto uma respiração profunda e começo a andar em círculos pelo cômodo. Um frio sobe por minha espinha e temo que ela envolva minha avó nesta história, apesar de achar que não. Meu tio Augusto voltou de viagem a uma semana e achou muito estranha a forma que foi recebido quando veio aqui. Ágatha inventou uma virose em mim e nela e disse que era muito contagiosa. Meu tio tentou intervir e nos medicar, mas como sempre, Ágatha mentiu dizendo que já havíamos ido ao hospital.

Pensando sobre tudo que me aconteceu, mal vejo o tempo passar. E quando escuto a música alta tocando no salão principal da casa, resolvo tomar banho antes e preparar meu psicológico. Pego uma roupa escura e sigo em direção ao banheiro do meu quarto. Lembro-me de Lucas e de tudo que ele tem feito para me animar e tentar tirar um sorriso do meu rosto. Ele sim, é um amigo de verdade, que desde pequeno está ao meu lado.

Autor de Recomeços - Trilogia Autor #2Onde histórias criam vida. Descubra agora