Vamos Para Casa

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Senhor Makarov saiu falando ao telefone, e quando voltou, parecia mais tranquilo, o que me deixou tranquila.

__ Preciso saber o endereço da sua família.

__ O senhor vai lá!? Não faça isso, por favor, eles podem be machucar.

__ Vou mandar a polícia pra lá Katherine. O que eles faziam com você é errado, e a tentativa de estupro não pode ficar assim...__ Uma lágrima escorreu.

__ Ninguém vai acreditar em mim.

__ Eu acredito, e já é o suficiente. Vai ficar tudo bem...__ Ouvir isso dele me trouxe paz.

O senhor Makarov voltou a falar no telefone, depois que eu falei o endereço da minha família. Naquele mesmo dia, ele mandou seu motorista ir até a universidade onde eu cursava física e entregou meu atestado médico. Fiquei mais aliviada em saber que a faculdade me deu duas semanas até que eu me recupere. As atividades e trabalhos serão enviadas para o meu email.

Passou-se dois dias, senhor Makarov não conversou comigo sobre o que aconteceu com meus pais, só disse que um amigo dele delegado quer conversar comigo.

__ Senhorita Einstein, devido a sua grande melhora...Você já está liberada para ir para casa. Você tem uma consulta no sábado pela manhã, nada fora do regulamento.__ E agora.__ Não se preocupe, Dimitri esta vindo.

__ O senhor contou pra ele que estou saindo do hospital? Porque fez isso? Eu não quero incomodar, não quero ser uma carga para o senhor Makarov.

__ Ele gosta de você, vê esperança em você, apenas seja você e deixe ele cuidar de você.

__ É difícil...depois que...

__ Bom dia...__ A voz do senhor Makarov preencheu a sala.

__ Oi senhor Makarov. Não precisava se incomodar em vir, seu trabalho é mais importante que isso.

__ Não se preocupe com isso. Esta tudo bem.__ Ele se aproximou...

__ O senhor viu o meu gorro? Não está na mochila.

__ Você deixou no carro Katherine.

__ Sabe que eu não me lembro?__ Sorri para ele.__ Doutor Rodrigues, será que eu vou poder voltar a dançar normalmente?

__ Você dança?__ Era visível o espanto do senhor Makarov.

__ É, balé e hip-hop. Na verdade eu danço quase tudo, até tango...É muito fácil, o senhor já dançou tango? O senhor tem cara de quem já dançou tango.

__ Não! Eu nunca dancei tango.

__ Então...__ Doutor Rodrigues riu.__ No início, vai ser um pouco complicado, mas com tratamento adequado e persistência, você poderá voltar a dançar...

__ Iiiuuppee...__ Bati palmas e senhor Makarov riu.

__ Está pronta para ir para casa?

__ Minha casa?__ Não quero voltar lá.

__ Não! Minha casa...la vai ser melhor pra você!

__ Eu acho que não seja uma boa idéia, o senhor já está tendo trabalho demais comigo. Não quero te dar mas trabalho.

__ Olha pra mim...olha pra mim.__ Seus dedos tocaram meu queixo.__ Você acha mesmo que eu vou te deixar na mão agora? Eu prometi que cuidaria de você não foi?__ Eu apenas confirmei com a cabeça.

Não demorou muito para que uma enfermeira me ajudasse a vesti uma roupa, era um vestido simples, preto, de alça e todo justo ao corpo. Mas ainda assim, confortável.

Meus cabelos soltos cobriam minhas costas e escorriam até o meu bumbum com seus cachos volumosos. Já falei que amo meu cabelo?

No pé esquerdo, havia um tênis preto da Nike, era novo, e lindo...eu não teria dinheiro para comprar nenhum tênis da Nike, nunca na vida.

Me apoiei nas muletas e com a ajuda da enfermeira, caminhei devagar.

__ Minha mochila. Esqueci no quarto.

__ Não! O senhor Makarov há pegou.

__ Tudo bem...

__ O senhor Makarov gosta de você, ele não age de forma gentil com mais ninguém a não ser você! Vocês namoram?

__ O que? Não! O senhor Makarov é um anjo de pessoa, acho que ele só se sente culpado pela pelo que aconteceu.

__ Você é inocente demais menina.__ Gloria riu, e eu fiquei sem entender.

Caminhamos até a recepção, e la estava o senhor Makarov, como sempre bem vestido e seus cabelos bem penteados.

__ Oi...Esta com a minha mochila? Eu não vi quando o senhor saiu com ela.

__ Está no carro já! Olha o que eu trouxe...__ Era um gorro preto, novo...__ Pra você!

__ Não precisava fazer isso.

__ Vai ficar legal em você.__ Ele se aproximou e pôs em minha cabeça.__ Viu...ficou incrível.

__ Obrigado...

__ Vamos embora?

__ Tá ok.

O segurança chamado Afonso me ajudou a entrar no carro, ele estava sempre sério e não era de muita conversa, mas eu gostava daquele cara.

__ Você torce para que time Afonso? Eu sou santista, e o senhor?__Virei-me para o senhor Makarov.__ Torce pra que time senhor Makarov.

__ São Paulo, mas não acompanho muito o esporte...__ Ele disse sério como sempre.

__ E você Afonso? Vai rapaz, diz aí...eu não vou te zoar se você torcer para o Palmeiras, ou para o Corinthians.

__ Eu sou santista também...__ Ele disse serio e voltou a prestar atenção no seu trabalho.

__ Bom menino. Ei seu Roberto, o senhor torce pra que time?

__ Fluminense...

__ Mas homem, o que é isso?__ Seu Roberto riu.

Eu gostava de está com o senhor Makarov, mas admito que sentia uma pontada de insegurança e medo, afinal, nós mal nos conhecíamos, e naquele momento ele estava me levando para um lugar altamente desconhecido...

Lee Fernandes...Continúa...

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Pelo visto, Dimitri está encantado com a maluca aí. Espero que estejam gostando.

SR. MAKAROV - Volume 1Onde histórias criam vida. Descubra agora