[10] E N A M E L

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AVISOS:
Essa fic é um surto coletivo dos meus egos e vocês não podem me julgar por qualquer incoerência presente, porque no mundo das ideias tudo é apenas sombras das sombras.
A real é que nós estamos em matrix.
(desculpem, eu briso e tagarelo quando estou nervosa)

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- Você não acha que está exagerando? Humanos são frágeis. A cabeça deles não vai aguentar.

- Está me dizendo o que devo fazer, Changkyun? É sério isso?

- Não. Estou apenas te lembrando que o Shownu não gosta que mexam com os brinquedinhos dele.

- Desde quando aqueles dois são brinquedinhos dele?

O menor se ajeitou na cadeira, usando um tom dramático ao proferir:

- Tudo começou quando uma humana caiu nas graças de um-

Jooheon lançou o caderno em Changkyun, praguejando.

- Auussshhh!

Ele sabia que não devia se meter com os humanos que estavam sob a jurisdição de outro anjo, mas simplesmente não conseguia evitar de tentar ajudar o filho de Ha Na. 

A mulher havia tido uma vida difícil, e foram tantas tentativas de suicídio que o encontro com ele se tornou frequente. Ela, obviamente, nunca lembrava. Mas sempre que seu nome aparecia no caderno, Jooheon seguia para aquela casa e via o garotinho agarrado à mãe. Via o marido da mulher sempre indiferente ao filho, ocupado no escritório enquanto a Ha Na tinha outra crise graças às traições do marido.

Shownu não havia sido o único a quebrar as regras naquele mundo. Jooheon também havia transgredido aquela linha tênue entre a escolta das almas e tomou uma decisão impensada.

O custo veio de imediato, uma dívida que deveria ser paga. Por ambos daquele mundo e os dois humanos, então o mínimo que podia fazer era avisá-los. 

O tempo estava correndo, e Reol não era conhecida por sua bondade como deusa regente. Então, assim que ela se cansasse de assistir as peripécias dos dois… O custo seria cobrado.

Eu tenho outro sonho. 

Desta vez não vejo nenhuma das imagens felizes que vi antes. O sonho agora é confuso, repleto de cenas mescladas.

Posso ver minha mãe ainda viva, e como seu sorriso foi se transformando aos poucos. Posso vê-la chorando no quarto devido as inúmeras traições do meu pai. Ela está no banheiro… Não.

Tento impedi-la mesmo sabendo que não posso. Isso é só um sonho. Não posso fazer nada. Então por mais que eu grite e implore, ela continua engolindo as pílulas, continua correndo… Em direção ao carro. Eu vou até ela mas a cena muda e estou diante de uma casa em chamas.

Um homem grita, uma criança pequena chora. Eu caminho sobre as chamas, movido por algum transe que me guia até o interior daquela casa. Entretanto, assim que passo pelas portas o fogo desaparece e vejo uma mesa arrumada. A decoração é simples mas está organizada para comemorar algo, vejo o bolo e percebo que se trata de um aniversário.

Uma criança pequena está com um chapéu típico de festa enquanto uma maior está logo atrás, tapando os ouvidos do menor. Não preciso tentar descobrir o porquê, já que logo ouço a gritaria vindo de algum dos quartos ou da cozinha. Os pais estão brigando e o irmão mais velho está tentando proteger o caçula. 

We Gon' Change [sope/yoonseok] Onde histórias criam vida. Descubra agora