𝙰𝙶𝙾𝚁𝙰 𝙼𝙰𝙸𝚂 𝚅𝙴𝙻𝙷𝙾𝚂 - 𝐃𝐫𝐚𝐫𝐫𝐲

𝙲𝚊𝚙𝚒𝚝𝚞𝚕𝚘 4

Esse capítulo foi uma noia total, mas como estamos sem att a muito tempo...
Se descobrirem a musica e o filme por favor não digam, quero ver vocês descobrirem sem contar uns aos outros

...

Após uma noite calma e um dia tranquilo eu me senti muito bem. Além da pequena ansiedade de receber uma carta de Albus tudo parecia muito bem. Mas mesmo assim algumas poucas horas depois do sol se pôr eu já perambulava pelo mundo trouxa. E depois de um tempo enfim decidi o que eu queria fazer, indo para o contrario da direção que eu seguia antes em pouco tempo encontrei o pub de antes. Do lado de fora encostado em uma das paredes estava Malfoy, sua silhueta esguia em uma camiseta preta e calças justas. Quando fiquei a frente dele e ele se afastou da parede nossas alturas quase se igualaram, ele usava um coturno, e ele soltou aquele sorriso ladino do dia anterior.

— Estou curioso, o que vamos fazer? — Ele perguntou e eu nada disse. — Vai fazer suspense?

— E por que não? — Voltei a ir pela direção que havia acabado de chegar e ele me seguiu.

— Tem algo realmente interessante para se experimentar aqui? — Com meu silêncio ele bufou. — Você me pediu para vir, pediu para que eu me vestisse o "menos bruxo " possivel e agora não diz nada.

Depois de apenas um segundo ele voltou a falar.

— Você sempre foi estranho assim? Desaprendeu a falar? Isso é um joguinho? Que infantil! Ah sério fale alguma coisa.

— Alguma coisa, você pediu eu disse. — Ele me olhou como se literalmente dissesse "você quer morrer?".

— Quão dolorosa você deseja a sua morte? — Ele me parou e cutucou meu peito.

— Você não teria coragem, tem muita gente aqui. — Eu falei um pouco mais baixo apontando a multidão de pessoas indo e vindo.

— É só te atrair pra outro lugar, é bem facil fazer isso. — Ele sorriu e eu agarrei o pulso dele atravessando a rua.

— Não declare seus planos em voz alta, tenho bons ouvidos.

— E a testa rachada...desculpa! — Ele desviou de um tapa que eu lancei contra ele, eu nem havia pensado na ação, apenas saiu.

— Chegamos. — Paramos em frente ao prédio que vi mais cedo, Draco parecia aborrecido até certo ponto.

— Cinema? Serio mesmo? — Ele parecia descrente.

— Não vejo um bom filme a bastante tempo no cinema, sem falar de que estou surpreso de você saber o que é cinema. Pelo jeito não teve uma boa experiência. — Ele apenas virou o rosto e eu o puxei para dentro.

— Que tal um filme de terror? — Ele fez uma careta e soltou um "fraco". — Ação? Comédia? — Ele bufou. — Você quer assistir romance?

— Claro que não, se for tão meloso quanto nos livros, não mesmo.

No final acabamos vendo um filme de romance, não foi escolha minha e nem dele. Quando fui pedir uma ajuda na bilheteria para escolher me indicaram a sessão especial surpresa que tinha uma vez por mês. Um filme com boa qualificação que ja saiu do cartaz seria passado e ninguem saberia qual é até o filme começar. Uma coisa que se tornou muito popular naquele cinema, eu mesmo tendo comprado a sessão e tendo estado na sala quando o filme começou e terminou eu não sei qual era. Até porque eu dormi o filme inteiro. A minha afirmação de cima é uma enganação até porque foi só o Draco que assistiu, quando eu acordei uma garota se despedia dele. Quando ele virou para aparentemente me acordar levou um leve susto.

— O que eu perdi?

— Uma hora e meia de sofrimento. — Eu só pude rir da cara dramática que ele fez e me levantei. — Agora eu posso escolher o que vamos fazer?

— Se isso não for me matar.

...

— Ah! Eu ganhei! — A multidão em volta de Draco rugiu com a vitória.

Acabamos por irmos até um pub qualquer, comemos e depois Draco foi desafiado para um concurso de cerveja amanteigada. Uma grande caneca foi dada a ele que tinha que beber rapidamente em um curto de período de um minuto. No fim desceu tão facil que pareceu água. Por incrivel que pareça ele não derramou mais que algumas gotas e nenhuma caiu em sua roupa ou retirou o ar casual punk dele. Era estranhamente bom ver ele vestido como um trouxa, de alguma forma parecia que qualquer estilo combinaria com ele. Sem exceções.

— Ja terminou? — Ele voltou a sentar comigo risonho, a bebida já fazendo efeito.

— Fiz um ótimo show, até que esse lugar não é ruim. — Ele murmurou no final. — Mas não troco por aquele lugar.

— Aquele lugar? — Ele sorriu e roubou um pouco da porção de batatas que eu comia. — Diz o bar precário ou o terraço do pub na frente?

— Descrubra sozinho.

Após sairmos ele me levou para lá outra vez, o terraço estava diferente de forma sutil. Havia sido varrido e tinha algumas plantas do outro lado ao da rua principal e entrada do pub. Encostado no parapeito Malfoy começou a cantarolar uma musica que eu não consegui reconhecer.

— Que musica é essa? — Ele parou por um segundo antes de soltar um 'não sei'. — Como não sabe?

— Ouvi no filme que você dormiu ao invés de assistir, é meio grudenta. A garota que sentou perto de nós dois a cantou inteira durante os créditos. — Ele voltou a cantarolar e eu apenas escutei.

Mesmo que ele não cantasse realmente eu podia ouvir bem que sua voz é realmente bonita. Ele parecia afinado mesmo sem formular palavras, o tom melodioso de sua voz fazia eu sentir leves choques a cada entonação mais límpida. Me perguntei então como seria ouvi-lo cantar, eu queria ouvir mas não queria que parasse de cantar naquele momento. E em um determinado momento ele cantou um pequeno trecho da musica de antes.

— Holdin' me closer 'til our eyes meet, you won't ever be alone...wait for me to come home...

Ele riu apos terminar como se julgasse um mal cantor, eu me aproximei dele e o abracei pela cintura. Ele me olhou com seus olhos de ferro derretido e eu guardei a minha visão dele ali, em meus braços com um leve sorriso como uma foto. Com meu peito quente e o pé da barriga gelado eu o beijei, de uma forma mais gentil, calma e lenta. Apreciei sentir a maciez de seus lábios, o gosto incomum de seu beijo e os traços de ardor que suas mãos deixavam em cada toque de seus dedos em meu corpo por onde passavam.