Capitulo 8

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A coruja voou rapidamente por onde entrou sem me dar tempo de responder a mensagem, logo depois, batidas na porta me assustaram.

Não poderia ser ele tão rápido, não é?

Bem, isso que eu pensava. Quando abri a porta, o forte aroma da colônia masculina me entorpeceu, poucas horas sem o ver pareceram dias, ele sorriu e sem cerimônias agarrou minha cintura me beijando. Devo admitir que gosto mais quando ele não tenta se controlar. Fechou a porta com o pé e me guiou até a sala, ambos rindo como dois idiotas. Com um último selinho ele se afastou um pouco de mim, ainda com suas mãos em minha cintura.

ㅡ Pensei muito sobre o que fazer hoje com você. — Ele sorriu passando suas mãos pela curva da minha cintura.

ㅡ Isso é suspeito. — Ele alargou o sorriso. — Mas eu gosto.

Com uma piscadela ele sentou no sofá e deu batidinhas para que eu me sentasse ali com ele. Com um sorriso ele me estendeu a mão, como eu demorei a reagir ele agarrou meu pulso e me puxou para sentar. Com a outra mão ele tampou meus olhos.

ㅡ Feche os olhos e não espie. — Com uma risadinha aceitei e ele tirou sua mão.

ㅡ O que você está aprontando? — Ele não respondeu, só puxou a manga da minha camisa até meu cotovelo lentamente, quando terminou senti algo gelado tocar minha pele, deslizou ao redor do meu pulso sem apertar.

Draco se calou e soltou minha mão. E movido pela curiosidade enfim vi, era uma pulseira de prata que descansava em meu pulso.  Mas o que mais chamava atenção, era o dragão esculpido no mesmo material com olhos em pedras verdes; pela personalidade e status dele tenho a certeza que são mesmo esmeraldas. Como ele pôde simplesmente ter me dado algo assim? Eu o olhei e ele manteve firmesa com expectativa no olhar.

ㅡ Antes que você me mate me deixe explicar. — Ele rapidamente anunciou e eu indaguei logo em seguida.

ㅡ Foi caro não foi?

ㅡ Talvez para quem comprou. — Ele desconversou e eu senti uma veia saltar.

ㅡ É algum artefato antigo da sua família? Draco eu não posso aceitar você deveria dar ao seu filho e... — Ele me cortou.

ㅡ Ei pequeno, se acalme e me escute.

Ele segurou meu rosto com as duas mãos e se aproximou tocando nossas testas com os olhos fechados. Eu observei os fios das sobrancelhas e os cílios de perto. Com isso eu consegui me acalmar, nem tinha notado que estava tão nervoso antes. Ele se afastou um pouco sem largar meu rosto, abriu os olhos e me encarou longamente. Os olhos azuis eram tão intensos e comunicativos que eu não sabia mais como se falava ou fazia qualquer coisa além de olhar para ele. Minha respiração voltou a ficar pesada outra vez, só o olhar dele já era capaz de me tirar o fôlego. Como pode ser tão lindo? Ele sorriu uma outra vez, isso foi motivo para o meu coração errar algumas batidas,o que sinto com ele é tão intenso, me sinto fraco e forte ao mesmo tempo.

Acho que estou louco.

ㅡ Foi o meu padrinho que me deu. —  Seus olhos se tornaram tristes ao falar de severo, eu compartilhei deste sentimento com ele, mesmo depois de tudo ele sempre foi um homem bom. ㅡ Foi no meu aniversário de dez anos, eu havia ficado tão feliz com a visita dele, eu não o via a meses, que foi a primeira vez que demonstrei magia. Ele sorriu lindamente para mim, eu sei que fui um dos poucos que o vi sorrir...sinto tanta falta dele.

Coloquei minhas mãos por cima das dele que apenas pressionou os olhos por um tempo.

ㅡ Ele me disse que o presente que estava me dando não era para mim, eu fiquei confuso mas então ele me contou sobre uma fábula antiga. — Ele sorriu e eu fiquei confuso.

𝙰𝙶𝙾𝚁𝙰 𝙼𝙰𝙸𝚂 𝚅𝙴𝙻𝙷𝙾𝚂 - 𝐃𝐫𝐚𝐫𝐫𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora