Astrid fechou os olhos esperando pelo impacto, mas ele não aconteceu. Ao se dar conta de que não foi atropelada ela abriu os olhos se deparando com um carro parado a poucos centímetros de distância dela, ela soltou o ar que não sabia que estava prendendo e respirou aliviada. Uma mulher saiu de dentro do carro encarando Astrid, ela aparentava ter uns 35 anos, tinha cabelos castanhos escuros, que iam até o meio das costas, ela vestia uma blusa folgada listrada, uma saia justa preta, um scarpin nude e usava óculos de sol.
- Você está bem? Está machucada? – a mulher foi até Astrid a observando de cima a baixo para verificar se a loira tinha algum indício de estar ferida – Eu sinto muito eu não te vi.
- Tu-tudo bem, e-eu es-estou bem – Astrid falou em um quase sussurro.
- Você não parece bem, tem certeza de que não se machucou? – a mulher parecia preocupada.
- O carro nem encostou em mim – Astrid estava paralisada, as mãos continuavam em sua barriga e ela olhava para o nada.
- Você parece estar em choque – a mulher observava a loira que não esboçava nenhuma reação.
- Eu es-estou be-bem – Astrid queria se mexer, queria falar normalmente, mas não conseguia, era muita coisa para absorver, ela tinha desistido de tirar o bebê e então alguns segundos depois ela quase foi atropelada, e se fosse um sinal de que ela deveria fazer o aborto, afinal se ela tivesse sido atropelada ela corria o risco de perder o bebê, se bem que podia também ser um sinal de que ela tinha tomado a decisão correta, já que o carro nem a tocou e assim ela e nem o bebê sofreram danos, Astrid estava confusa, a única coisa que ela tinha certeza era de que os deuses eram péssimos em seus sinais, ela foi tirada de seu transe ao sentir um desconforto em seu estômago e náuseas, ela não devia ter corrido, ela foi o mais rápido possível até um lote vazio e vomitou.
- Aqui – a mulher que havia a seguido ofereceu um lenço para que ela limpasse a boca.
- Obrigada – Astrid que estava encurvada consertou sua postura e pegou o lenço.
- Você não me parece bem, eu te levo ao hospital – a mulher estendeu a mão para Astrid.
- Não – a loira praticamente gritou – não precisa, eu estou bem.
- Então me deixa pelo menos te levar em casa.
- Não precisa, eu moro aqui perto – Astrid tentou demonstrar que estava bem, ela não queria preocupar ninguém, principalmente alguém que havia acabado de conhecer.
- É o mínimo que posso fazer depois de quase te atropelar – a mulher parecia gentil e Astrid não sabia como voltaria para casa, ela não tinha condições de ir caminhando.
- Ta bom – ela suspirou e seguiu a mulher até o carro.
- Meu nome é Verônica e o seu? – a mulher retirou os óculos mostrando seus olhos castanhos mel.
- Astrid – a loira deu um leve sorriso e ambas entraram no carro.
Astrid explicou onde era sua casa e em poucos minutos já haviam chegado.
- Obrigada – Astrid abriu a porta e saiu do carro.
- Tem certeza que está bem? – a loira estava pálida e parecia fraca, Verônica tinha certeza que ela não estava nada bem.
- Absoluta – Astrid fechou a porta do carro e caminhou em direção a porta de sua casa, no caminho ela se sentiu um pouco tonta e teve que se apoiar na porta para não cair.
Verônica percebendo o que havia acontecido, saiu do carro indo até a loira e a ajudou a entrar em casa.
- Ainda acho que você deve ir ao hospital, você parece fraca e está muito pálida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Barriga de Aluguel
FanfictionAstrid é uma mulher de 21 anos, ela era uma garçonete em um restaurante. Sua vida era pacata, mas ao mesmo tempo corrida, pacata porque a mesma vivia em uma cidade do interior desde que nasceu, sem muitos amigos e sempre com a mesma rotina, e corrid...