Capítulo 55 - Apenas diga que não irá partir

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***Hello amores e amoras, demorei, mas o que importa é que apareci e com um novo capítulo para vocês. Boa leitura!

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Soluço estava sentado em uma poltrona na UTI neonatal, ele estava com sua filha em seu colo na posição canguru. A pequena bebê dormia enquanto Soluço em um tom baixo e meigo conversava com ela.

- E foi assim que eu descobri que era alérgico a amendoim – ele deu uma pequena risada – eu sei o que você está pensando, como eu posso rir disso sendo que eu quase morri, mas é que algumas coisas trágicas depois de um tempo passam a ser apenas algo engraçado que aconteceu.

Soluço suspirou, ele não esperava que tudo o que ele estava passando se transformasse em algo engraçado, mas pelo menos que se tornasse em algo que não doesse mais.

Soluço olhou no relógio, estava na hora de ir.

- Eu tenho que ir embora agora, mas volto mais tarde para te ver, tenhas sonhos bons, de preferência comigo e com a mamãe e pode invadir os sonhos dela também, ela vai amar conversar com você – ele passou a mão levemente na cabeça da bebê a acarinhando – e lembre-se que eu te amo.

Soluço chamou a enfermeira que está perto, ela pegou a bebê e a colocou novamente na incubadora. Soluço vestiu sua camisa e deu mais uma olhada em sua bebê, que continuava dormindo.

- Dorminhoca igual a mãe – Soluço disse só para si enquanto sorria.

- Hoje vai mais cedo Soluço? – uma mulher que segurava um bebê no colo perguntou.

- Sim Mary, tenho que resolver umas coisas, mas volto mais tarde, vou passar a noite aqui, não gosto de deixá-la.

- Eu entendo, se eu pudesse eu também ficaria aqui o tempo todo, mas tenho que ir para casa ver as outras crianças, eles estão loucos para o irmãozinho receber logo alta.

- Isso logo vai acontecer – um homem entrou na UTI acompanhado da esposa.

- Resolveram tudo? – Soluço se virou para o casal.

- Sim, finalmente vamos todos para casa – a mulher disse com lágrimas nos olhos.

- Depois de dois meses, a nossa filha vai conhecer a casa dela – o homem também chorava.

- Eu disse que precisamos ter fé, que as coisas acontecem – Soluço se aproximou dos dois.

- Logo vão ser a vez de vocês também – a mulher deu um abraço em Soluço – tanto a sua bebê quanto a sua esposa vão ficar bem.

- Obrigado – ele sorriu e logo abraçou o homem também – eu estou indo, mas espero ter notícias de vocês.

A enfermeira entregou o bebê para a mulher que tinha um sorriso enorme no rosto.

- Tchau pequena, cuida bem dos seus pais – Soluço disse para a bebê e foi em direção a porta.

Antes de sair da sala ele olhou mais uma vez para o casal, eles estavam tão felizes por estar podendo ir para casa com sua filha. Soluço se sentiu feliz por eles, mas ao mesmo tempo se sentiu um pouco triste, queria ser ele sentindo a felicidade de ir para casa com sua família, mas não, ele mais uma vez iria para casa deixando as mulheres que ele mais amava no hospital.

Soluço saiu da sala com lágrimas nos olhos, era sempre assim quando ele tinha que deixar a bebê, ou Astrid.

- Haddock, já está indo? – Eric abordou Soluço no corredor.

- Tenho que ir à delegacia, já adiei demais o meu depoimento.

- A Anne me disse que ela e a Verônica já depuseram.

Barriga de AluguelOnde histórias criam vida. Descubra agora