Capítulo 30 - Desabafos

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Astrid acordou com alguém a chamando, ela abriu os olhos devagar devido a claridade, quando seu olhos se ajustaram a luz ela percebeu que não estava em seu quarto, ela estava deitada em um dos sofás da biblioteca.

- Acorda bela adormecida – Anne estava de joelhos próxima à Astrid.

- Eu não estava dormindo – Astrid resmungou com voz de sono enquanto se sentava no sofá – eu estava lendo.

- Que livro? O mistério do sono? – Anne perguntou sarcástica e se sentou ao lado da loira.

- O que você faz aqui? – Astrid passou uma das mãos no pescoço fazendo uma careta, ela havia dormido de mal jeito e estava dolorida.

- Vim te procurar, você sabe que eu tenho que ficar de olho em você – Anne abriu um sorriso divertido.

- Eu esqueço que você é minha babá – a loira fez bico.

- Agora falando sério, como você está? – Anne desfez o sorriso.

- Estou bem – Astrid disse simplista.

- Eu sei que você não está, nos últimos dias você tem andado mais calada, está um pouco afastada de todo mundo, o que aconteceu? – Anne encarou Astrid.

- Eu só ando um pouco pensativa, nada demais – Astrid deu de ombros.

- Você sabe que pode conversar comigo, sobre qualquer coisa.

- Eu sei – Astrid abriu um sorriso meigo – Anne, eu quero te contar uma coisa, algo muito importante sobre mim, mas você tem que me prometer que não vai contar para ninguém.

- Eu prometo – Anne disse séria – é sobre o quê?

- Sobre meu relacionamento com o Soluço, e sobre o verdadeiro motivo de eu ter me mudado para Berk.

Astrid contou toda a história para Anne, já havia um tempo que ela queria contar e ela achou que era a hora de Anne saber da história. Astrid precisava de uma amiga na qual pudesse desabafar, já tinha um tempo que ela não conversava com Heather, a morena ultimamente estava muito ocupada e quase não tinha tempo para conversar com a loira. Astrid não estava substituindo a amiga, ela só precisava conversar com alguém sobre tudo o que estava acontecendo em sua vida.

- Ual – Anne estava boquiaberta – agora tudo faz sentido.

- Pode começar a me julgar – Astrid abaixou o olhar.

- Eu não vou te julgar, eu não faria isso.

- Nem mesmo pelo fato de eu ter aceitado a proposta e vender o meu bebê? – Astrid mantinha a voz baixa.

- Você teve seus motivos, se é isso que você quer, quem sou eu para te julgar? – Anne acariciou uma das mãos de Astrid – A senhora Verônica não sabe de nada?

- Não, ela nem imagina que eu já conhecia o Soluço antes e que ele é o pai do bebê.

- Você devia contar para ele, não se esconde uma coisa dessas.

- Eu sei, as vezes eu penso em contar, mas acabo desistindo, eu tenho medo Anne, medo de como ele vai reagir, do que ele vai fazer, do que aconteceria com o contrato, de como ficaria nossa relação.

- Falando em relação, você deveria assumir logo que gosta dele, está na cara que esse relacionamento falso não tem nada de falso – Anne disse séria.

- É falso sim, a gente só finge que tem algo – Astrid tentou parecer confiante.

- Não rola nada entre vocês? – Anne arqueou a sobrancelha.

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