Sardas

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Lá dentro era maior do que eu pensava, toda a arquitetura fazia parecer que estávamos mesmo dentro de um oceano.
Dean segurava minha mão enquanto andávamos.
- Você está linda. - elogiou, parando em minha frente quando olhávamos às arraias. - E mesmo com tudo azul consigo ver que está vermelha. - sorriu, provavelmente me fazendo corar mais.
- Você também. Eu adoro suas sardas. - sorri, ele franziu o nariz.
- Eu odeio minhas sardas. - riu ele, bagunçando o cabelo e me puxando pra perto dele pela cintura. - Quero que vá viajar comigo.
- O que? - ri.
- Estou falando sério. Já estamos de férias. A gente pode ir pra... Miami! - eu fiz uma careta, lembrando da viagem "incrível" até Orlando em meu aniversário. - Ou não?
- Los Angeles!
- Isso. Eu falei com Peter, ele tem um amigo que aluga esses trailers e...
- Você está falando sério? - interrompi, franzindo a testa.
- Claro! Poderíamos ir nós três e...
- Acho que meus pais nunca deixariam! - ri, nervosa.
- Ah, para. É só por alguns dias. Você quer ir? - seus olhos brilhavam de empolgação. Eu nunca tinha feito algo assim. Há uma semana atrás eu nunca nem tinha beijado! Meu estômago embrulhou de excitação.
- Quero! - sorri, animada. Ele segurou meu rosto com as duas mãos, me beijando da forma que fez quando estávamos na frente de sua casa.
- Então vai dar certo. Falo com Z hoje na festa para falar com seus pais. Você vai ver...
  E até chegarmos em casa eu só conseguia pensar em todas as coisas que estavam acontecendo rápido demais para mim desde que Dean apareceu com seu estilo grunge, um sorriso arrebatador, pequenas sardas laranjas, uma boca macia e...
- Que foi? - Dean me olhou quando estávamos no carro, prontos para voltar para casa. Eu reparei que estive encarando ele esse tempo todo.
- Estava pensando...
- Algo bom, espero. - ele sorriu, puxando Coca Cola pelo canudo de seu copo enorme que acabara de comprar no restaurante que comemorar hambúrguer.
- Eu... preciso confessar uma coisa. - sorri, sem jeito, mexendo no molho de chaves na minha mão. Ele riu, se divertindo.
- O que?
- Eu nunca tinha beijado antes. - nós nos encaramos alguns segundos, ele parecia esperar que eu desse risada e dissesse que estava brincando, até que franziu o nariz levemente e sorriu, um sorriso largo e apaixonante.
- E está traumatizada? - ele semicerrou os olhos, mordendo os gelos que restavam no copo. Eu balancei a cabeça em negativa. A última coisa que eu estava era traumatizada.
  Ele me beijou novamente, seu beijo quase congelado, brincando com o gelo em minha língua até que derretesse. Eu me sentia ofegante e com um frio na barriga ao nos afastarmos.
- Preciso dizer que para quem nunca beijou, você beija muito bem. - disse, encostando várias vezes seus lábios nos meus.
Eu sorri, apenas passando minha mão por seu pescoço da forma que ele fazia e lhe beijando de novo.
- Ou talvez... seu beijo só pode ser meu. - sorriu ele ao nos afastarmos de novo.

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