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Leonor

Assim que a porta se abriu, avistei a Bruna com os pais. A mesma apressou-se a vir até mim e abraçou-me com força.

Envolvi os braços ao redor do corpo dela, correspondendo ao abraço. No entanto, ouvi a minha tia a murmurar algo, com um sorriso nos lábios.

   Depois, cumprimentei os adultos com dois beijos no rosto. Recebi elogios da minha tia Nanda, o que me fez demonstrar um sorriso tímido.

Na verdade, não gostava de receber elogios, ficava sempre envergonhada. Muito menos sem saber o que dizer.

A Bruna veio atrás de mim e quando entrou no meu quarto, murmurou sobre a divisão, o que me fez rir.

- Mudanças radicais?

- É. Parece que sim. Acho que está na altura de sair do armário e fazer umas alterações ao meu quarto. Estava cansada de ser tão menininha.
- ela gargalhou. -

- Apesar do quarto estar simples, não deixa de ser á menininha. Tens ali até posters dos Jack and Jack e tudo.

- Não vou tirar, como é óbvio.

Ela balançou a cabeça, e as minhas gargalhadas invadiram o quarto.
Depois, sentamo-nos na cama de frente uma para a outra.

- O que tens feito, então?

- Nada demais, tenho estado apenas por casa. Como não conheço ninguém, não me aventuro a andar sozinha.

- Tens de sair. Assim, claro que não conheces ninguém. Vais ficar o resto da vida fechada em casa?

- Claro que não! Aliás, começo a escola para a semana! - ela arregalou os olhos. - Vou entrar para Enforex. 

- Escola de?

- Línguas. - ela balançou a cabeça, como se estivesse a aprovar a recolha. - Fiz umas pesquisas na internet e quando li as informações da escola, achei bastante interessante até.

- Que sorte. - sorri-lhe. - Deves de estar nervosa, não?

- Um bocadinho. Saber que vou entrar numa escola nova e levar com os olhares todos dos alunos que já estão habituados a estudar lá, vai ser estranho não posso negar.

- Ainda vais conhecer um espanhol todo jeitoso. - gargalhuei. - Depois, quero que me contes tudo, hum?

Balancei a cabeça, assentindo.

- E tu? As coisas com o Pedro?

- Bem... - desviou o olhar, e as suas bochechas ganharam um tom rosado. - Nós vamos indo bem, por acaso. Depois do beijo, fiquei surpreendida porque isso não mudou nada em nós.

- Isso é bom! Fico contente!
- ela demonstrou um sorriso. - Espero mesmo que as coisas entre vocês resultem! Quero ser a madrinha!

- Cala-te.
- murmurou envergonhada, o que me levou a soltar várias gargalhadas. -


leonorg_

Can't believe she's here!!! We are not only cousins, we are best friends too 😇❤️

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Can't believe she's here!!! We are not only cousins, we are best friends too
😇❤️

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👥 @brunaolivx
📌 Madrid, Espanha

- Se achas que o meu quarto está mudado, é porque ainda não sabes.
- ela desviou o olhar do telemóvel. -
Mandei vir umas encomendas.

- Mas tu não páras, na verdade?
- acabei por me rir. - Mas diz lá.

- Encomendei uma máquina de estética, para começar a aprender. Alguma coisa, estás a duas horas de minha casa.

- Sim e vou dizer á minha mãe ' olha mãe, vou ali a Espanha e já venho'.
Tens muita piada, Leonor Garcia.

Soltei uma gargalhada alta.

   Ficamos a observar as fotografias no meu telemóvel, que tiramos juntas há semanas atrás, antes de vir para cá.

- Vais a Marina D'or?

- Óbvio. Já me basta estar em Portugal, também mereço ser espanhola.
- balancei a cabeça. - A cena, é que é só uma semana e passa tão rápido.

- Pois é. Mas são os melhores dias da tua vida. - ela concordou. -

- Só de pensar que vou estar a curtir o som do Quim Barreiros às quatro da manhã já me vai fazer a vida feliz.

Pela milésima vez, as minhas gargalhadas invadiram na divisão. Era impossível não me rir com ela. 

- Tu não vais este ano?

- Não sei, acho que não. Eu sei que é durante as férias da Páscoa, mas os meus pais já gastaram imenso dinheiro só de mudarem para cá.
- ela assentiu. - Mas pronto.

- Gostavas de ir outra vez?

- Aquilo é fixe e tal, mas começa a tornar-se repetitivo. Assim o meu bilhete fica no lugar de outra pessoa.

- Neste caso, no meu.

- Lá está.

Trocamos sorrisos.

Elite ➳ Ander PiperOnde histórias criam vida. Descubra agora