Leonor
Ainda era uma da manhã.
Mantinha-me encostada no braço do Ander, enquanto estávamos sentados na mesa. Já o seu braço rodeava a minha cintura. Podia dizer que se não fosse a música, eu adormecia ali.
- Estás a tremer. Veste o meu casaco.
- E tu? Vais morrer ao frio?
- Eu não tenho frio. - levantei a cabeça, ficando a encará-lo -
Observei-o a despir o casaco e entregou-me. Agradeci, depositando um beijo na bochecha dele e acabei por tirar o meu casaco, usando o dele.
Depois, voltei a encostar-me nele.
- Melhor? - assenti - Ainda bem. Queres alguma coisa?
- Não, obrigada.
Começava a sentir-me cansada, pois não era habitual a vir a uma festa destas. Avisei o Ander e ele murmurou que ia pedir ao Christian, para nos deixar ficar a descansar pois o rapaz não se sentia bem para conduzir.
Quando o rapaz chamou o Chris, o mesmo deu autorização e acabamos por ir para a sala. Acabamos por nos deitar os dois no sofá, e senti mais uma vez os seus braços ao meu redor.
Avisei a minha mãe que ia ficar a dormir em casa de uma amiga, apenas para ela não desconfiar de nada. Não queria que pensasse de manhã que acontecera outras coisas, apenas por ter dormido em casa de um rapaz.
(...)
Comecei a despertar, e ao olhar pela janela reparei que os raios de sol já invadiam a divisão.
Reparei que estava deitada nos braços do Ander, e que o rapaz ainda dormia. Tentei alcançar o meu telemóvel, sem querer acordá-lo.
Pude reparar que haviam pessoas a dormir connosco também.
Samuel, Omar, Christian, Polo, Valério eram os que dormiam no chão. Já no sofá, estava Nádia e Rebeca. E a Carla, que estava mais num canto, toda encolhida e coberta até cima.
O Guzmán e a Marina tinham ido embora, pelo que parecia.
Assim que peguei no telemóvel, olhei para o ecrã bloqueado e reparei que ainda era bastante cedo. Eram nove.
Decidi entrar no Instagram, uma vez que sono ia desaparecendo.
Ao abrir a primeira história, arregalei os olhos e rapidamente as minhas bochechas aqueceram. A verdade era que, não tinha reparado no pessoal a entrar na sala, de certeza que já tinha adormecido.
nadiash
História