Leonor
Subimos para o piso dois do bar, visto que a aquisição dos rapazes era jogar setas e bilhar. Encontramos uma mesa disponível para todos, e acabamos até por arrastar cadeiras da mesa ao lado.
No bilhar ficaram Ander, Samuel, Valério e o Polo. Já nas setas, ficaram o Christian, o Guzmán, Nano e Omar.
No entanto, nós raparigas ainda ficamos na mesa a saborear as variadas bebidas que tínhamos pedido. Para começar, pedi apenas um sumo de laranja visto que a noite era longa e não pretendia embebedar-me logo.
A Lucrécia foi ter com o grupo dos que jogavam bilhar, e em vez de se ir colar ao Guzmán, envolveu os braços ao redor do braço do Ander enquanto falava com ele toda animada e sorridente. Toda ela era falsa.
Ele ainda retribuía, todo animado e cheio de sorrisos. Revirei os olhos por segundos, levando um gole á boca. Isto, para controlar os nervos.
Estava capaz de lhe virar com o copo da bebida no vestido, apenas para tentar acalmar as hormonas e perceber que nem tudo que era macho, era para ela.
Aquela miúda irritava-me de todo.
O Ander entregou o taco á morena e foi quando percebi que a mesma lhe tinha pedido para jogar com eles.
Foi quando o olhar dele caiu em mim, o que me levou a ser a primeira a desviar. Não lhe queria fazer pressão, nem ficar a observá-lo ou controlá-lo o tempo todo, até porque não tínhamos nada. Mas que a Lucrécia estava a provocar, isso sim estava.
E a cara do Guzmán também não era a melhor, já que ambos namoraram. Ela era apenas um incómodo lá no jogo.
Embora quisesse manter a calma, sentia o meu sangue a fervilhar. Não que estivesse muito ciumenta, mas só dela ter ido ter com o Ander, já me enraiveceu por dentro. Ela sempre podia ir ter com o Christian ou o Samuel. Ou até mesmo o Valério.
Ainda nem tinha tido oportunidade de falar com ele, pois tinha vindo com as raparigas e ele tinha chegado tarde.
Deixei escapar um suspiro pelos lábios, um pouco alto. A paciência começava a esgotar-se aos poucos, de tanta exibição e mania só por estar rodeada de rapazes a olhar para ela.
E isso só tinha um nome.
O Ander chegou á nossa mesa e pegou numa lata de coca cola levando-a á boca. Até a beber era atraente, porra.
O olhar dele voltou a despejar-se em mim, fazendo-me desviar. Outra vez.
Queria a atenção dele, também.
Mordisquei o interior da bochecha, ainda a tentar matar a morena exibidora á minha frente.
Ander
Relaxa, é para provocar o
Guzmán
Muda essa carinha
??
Não estou a perceber
Não te faças de desentendida
Eu já percebi que não estás a
gostar da cena da Lucrécia
Não é isso
Ela exibe-se demais
E agarrou-se logo a ti
Nós sempre fomos
melhores amigos
