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Henry trabalhava concentrado nos próximos passos para a inauguração da filial da Sunflower em Nearby City, sua loja de flores prometia ser um sucesso e tanto ele quanto Charlotte estavam imensamente animados para que tudo desse certo. Depois que Chapa aceitou ser a gerente da loja principal em Swellview, Henry pôde respirar mais aliviado em começar sua nova história em uma nova cidade.

Estavam há quase um ano planejando tudo, desde o prédio que alugaram, análise de concorrentes, novos fornecedores e futuros clientes. Foi uma imensa alegria descobrir que existia um grande público para seu produto, e que existiam tantos amantes de flores como ele. Charlotte ainda trabalhava no laboratório, sendo uma hora de viagem até chegar ao local, ela levava cerca de um pouco mais de duas horas por dia presa em um carro, e olhando para o relógio percebeu que ela deveria estar quase chegando.

Fechando o notebook, saiu do escritório que dividia com ela e foi para a cozinha terminar o jantar. Não demorou muito para que a porta fosse aberta e por ela passasse uma mulher cansada, porém feliz de estar em casa.

- Oi, querido. - Charlotte falou, jogando a bolsa em cima do sofá e caminhando em direção à Henry.

Trocaram um rápido beijo enquanto ele colocava o macarrão em uma travessa.

- Oi, baby. Como foi o trabalho? - perguntou, a vendo lavar as mãos na pia da cozinha antes de começar a arrumar a mesa.

Charlotte soltou um alto suspiro, retirou os saltos e se virou para ele um pouco sem jeito.

- Precisamos conversar.

Henry colocou a travessa de macarrão na mesa e encarou sua namorada que tinha um olhar sério no rosto.

- Ok, mas você está me assustando.

- Não precisa ficar, é só que hoje eu descobri algo. - disse, cruzando os braços e abrindo um pequeno sorriso.

Agora ele estava ficando ansioso.

- Você está bem?

- Estou ótima, mas a Dinna do Rh veio me dizer que você não pode entrar no meu plano de saúde.

- É só isso? - indagou, soltando um suspiro aliviado seguido de uma risada.

- Henry, temos que levar em conta seu passado e sua alta tendência a se machucar. Você não tem um bom plano de saúde e o do laboratório é um dos melhores, não quero pensar no que pode. - parou, balançou a cabeça como que para se livrar de pensamentos indesejados e voltou a encara-lo decidida. - Eu só quero que você fique bem.

- Ei. - chamou, se aproximando e a abraçando pela cintura. - Eu vou ficar, nós vamos. Mas se quer tanto que eu faça parte é só me dizer o que fazer para entrar nesse plano.

- Bom, aí é que está. - mordeu o lábio indecisa. - Temos que nos casar. - informou, o vendo paralisar por um segundo, mas cair na gargalhada depois. - Você tá rindo de quê? - perguntou um pouco irritada.

- Você deu essa volta toda só pra me pedir em casamento?

- Não foi isso. - o empurrou para longe e um bico infantil estampou seu rosto. - É pelo plano.

- Sei. - disse, estreitando os olhos para ela e ainda rindo.

- É sério! Para de rir, Hart.

- Vamos dizer que acredito em você. - falou, se aproximando novamente e a abraçando.

Charlotte enterrou o rosto no pescoço dele e devolveu o abraço de forma apertada.

- Mas não seria ruim se nos casasemos, certo?

- Nunca seria ruim te ter mais perto de mim.

Ela afastou a cabeça e o encarou com um brilho nos olhos, notou como ele a encarava de forma apaixonada. Sabia que estava fazendo a escolha certa, sempre falavam de casamento de forma indireta, mas percebeu que Henry a estava deixando decidir. Ele não queria pressiona-la, respeitava o seu tempo e Charlotte seria eternamente grata pela compreenssão dele. Há meses já pensava no assunto, havia decido que estava na hora e por mais que houvessem detalhes muito importantes, sabia que aquele momento seria guardado para sempre nas memórias deles, então não hesitou quando perguntou.

- Henry Hart, aceita se casar comigo?

- Charlotte Bolton, quem sou eu para dizer não?

Trocaram um sorriso apaixonado que a fez esquecer todo o cansaço do dia e o futuro estresse que iria passar com a reunião que estava marcada. Ali, nos braços dele, ela se sentia em casa, sabia onde era seu lar. E também havia um pequeno grande detalhe que deveria contar.

- Ah, isso não é tudo. Por mais que eu esteja surpresa e pelo visto ele se adiantou muito. - começou, recebendo agora uma expressão confusa vinda dele. - Não tem como eu não estar, Henry.

- Não estar o que, Charlotte? - perguntou preocupado.

- Bom, pelo visto vamos ser pais um pouco antes do tempo.

O Hart ficou extremamente surpreso e esgasgou com a própria saliva, Charlotte correu para pegar um pouco de água.

É, pelo visto eles teriam muito o que conversar.

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Aqui está a ligação com outra fic minha que está em andamento. Quem será que vem ?

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