ᴀᴄɪᴅᴇɴᴛᴇ

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ᴍᴏᴍᴇɴᴛᴏ ᴅɪғɪᴄɪʟ

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ᴍᴏᴍᴇɴᴛᴏ ᴅɪғɪᴄɪʟ

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Desde a Disney, eu e Ondreaz não nos falamos mais.

Além do mais, nem se esbarrar, esbarramos. Isso estava sendo bom, até porque, pedi para ele dá um basta em cada notícia e especulações que estavam surgindo nos tablóides. Eu não estava gostando nem um pouco de ser atacada e exposta daquela maneira. E eu precisava chegar ao Brasil ilesa, por mais que ele tenha inúmeras fãs por lá.

Soube disso por estar lendo alguns comentários em seu perfil do TikTok.

É, infelizmente fui obrigada a fazer um perfil e esclarecer a minha parte da situação.

Meus vídeos tiveram inúmeros comentários de apoios e inúmeros ataques também. O que resultou em eu me afastar, para não ser tão mal educada com aquele pessoal.

— Natasha, vai ficar sem falar comigo? — questiono, enquanto a garota sai do supermercado ao meu lado.

Ignorou-me completamente.

Teríamos quase esbarrado em Ondreaz Lopez em uma sessão. O mesmo estava acompanhado de uma garota morena, que julguei ser Avani. Apressei meus passos para que ele não percebesse, enquanto Natasha ficou para baixo, ao notar que estávamos fugindo do seu ídolo.

Respirei fundo e arrumei as sacolas nos braços.

Eu não queria aquilo. Aliás, não é fácil. No linguajar do Brasil, ele é um famosinho aqui e qualquer coisa, vira notícia. Vira um pequeno estouro nas redes sociais.

Eu só me distrai por alguns segundos, em meio as sacolas, percebendo ter esquecido algo. Sim, apenas alguns segundos.

O choque correu por minhas veias, quando ouvi o barulho alto e o som arranhado de um freio de um carro. Arrastado por sinal, eu paralisei ao ver Natasha largada sobre o asfalto e o frio percorrer minha espinha. Soltei de imediato as bolsas no chão e coro em direção a minha irmã, em meio ao desespero que sentia.

— Natasha! — chamei, com a voz embargada e falha. — Ajuda ela, por favor! — pedi, vendo o homem que conduzia o carro, finalmente sair para prestar socorro.

— Não, não toca nela. — ele afastou-me.

— Como não tocar é a minha irmã! — naquela altura do campeonato, eu já estava alterada e entre lágrimas. — Ajuda ela, ajuda ela! — pedi em meio ao desespero.

— Hey, hey.. — a voz conhecida e desesperada veio de encontro a gente, enquanto algumas pessoas pediam alguma ambulância de emergência pelos seus celulares. — Natasha.. — o homem paralisou de imediato, tendo Avani ao seu lado.

O pânico estava estampado no rosto de Dre e Avani.

— A ambulância está a caminho. — a mulher avisou ela.

Levei as mãos até a cabeça, desnorteada. Enquanto negava e encarava a cena de Natasha isolada ali. Meu rosto estava completo, tomado em lágrimas.

— Você não tem coragem de pisar no freio, é uma criança! — Ondreaz partiu para cima do homem.

— Ondreaz. — Avani tentava para-lo.

— Hein? — senti meu coração acelerar, quando ele segurou o braço do cara e deixar um soco no rosto do mesmo.

— Ondreaz! — foi minha vez de intervir e segurar seu braço, vendo-o soltar o do homem.

O rosto do mesmo virou-se para mim e me encarou. Eu solucei e soltei seu braço, engolindo em seco. O som da ambulância soou e ele afastou-se do motorista. Afastei-me do Lopez, ainda impactada com aquelas duas cenas.

— Bruna, Bruna. — aproximou-se suspirando.

— Não, não Ondreaz. Não. — neguei, recuando.

Em poucos minutos, os paramédicos recolheram Natasha, assim que conferiram ela e aplicaram todas as medidas possíveis. Apresentei-me como responsável da mesma.

— Você vem conosco. — disse o médico. — Você é a única responsável por ela, aqui. Então, vem conosco.

— O-ok. — digo trêmula.

— Você está bem? — perguntou ele.

Pensei bem, antes de responder.

— Estou.

— Você não está. — disse ele, me verificando apenas com o olhar. — Especificamente, é melhor ir em carro separado, e com uma médica te acompanhando. — disse ele.

— Não, eu quero ir com a minha irmã. — digo nervosa.

— Calma. Calma. — ele disse, tentando me acalmar. — Você só vai se estiver calma o suficiente e bem.

— Eu estou. Eu juro que estou. — seguro o choro.

— Ei, eu vou levar ela. No meu carro. — Ondreaz disse, tomando o rumo daquela conversa.

Ele não me deixou em momento algum. Esteve ali do meu lado, mesmo eu não querendo a presença muito do mesmo. O homem pediu para que Avani, fosse avisar que ele não chegaria agora na tal da Hype House. Que demoraria.

— Não. Ondreaz.. — digo relutante.

— Você vai e acabou, Bruna. — disse ele, respirando fundo. — A gente vai logo para trás. Ok? — olhou o médico.

— Uma das enfermeiras vai acompanhá-los e medir sua pressão e lhe dar suporte. — o médico olhou-me avisando. — Sou Rafael, Doutor Rafael.

— O-ok, Doutor Rafael. — concordo, suspirando vencida.

O Lopez mais velho acompanhou-me em direção ao seu carro, juntamente da enfermeira Penélope. Ele tentou segurar minha mão e eu afastei um pouco. Escutei o mesmo bufar baixo e abrir a porta do carona para mim. Desvio e abro a porta de trás. Ignorei completamente o mesmo, que passou a mão sobre o rosto. Fechou a porta e deu a volta, abrindo para a enfermeira do outro lado.

Ela entrou e iniciou seu atendimento a mim. Ondreaz entrou e guiou o carro, seguindo a ambulância. Fiquei atenta, para que ele não desviasse o caminho. Ok, não tem porquê ficar tão desconfiada assim.

A mulher então me deu um calmante, sendo supervisionada por Ondreaz através do espelho. Em poucos minutos, pude sentir sono e meu corpo relaxar. Apaguei.

Desculpem a demora. Mil desculpas mesmo.

Queria saber, o que estão achando da história?

Logo mais estaremos no fim dela.

Los Angeles, Ondreaz LopezOnde histórias criam vida. Descubra agora