[EM ANDAMENTO]
Taehyung é um jovem inconsequente e tatuado que toca como tecladista de uma banda ainda não muito conhecida. Após reprovar duas vezes o último ano do ensino médio seus pais o mandam para um colégio interno muito mais regrado e mesqui...
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Fodido, segundo o dicionário, se trata de alguém que está perdido, sem saída, arruinado. No contexto sexual é o passivo durante a relação e segundo minha concepção, fodido significa Kim Taehyung.
Sim, eu mesmo, sou um fodido, estou fodido e vou me fuder ainda mais, infelizmente não em um cunho sexual.
Chega uma hora na sua vida em que se é preciso arcar com as consequências de seus atos e esse momento pode ser anos ou instantes depois. Alguns chamam de carma, outros de destino e muitos culpam serem divinos.
No meu caso é chamado irresponsabilidade.
Talvez se eu tivesse pensado no meu futuro enquanto fazia meus shows, ou enquanto bebia em boates e até mesmo quando faltava todas as aulas do dia, eu não estivesse nesse estado.
Ah, quem eu quero enganar? É óbvio que eu ainda estaria nesse estado, eu não estava ligando muito para o meu futuro enquanto tocava meu teclado e acabava com meus rins.
Já minha mãe, estava inconformada. Brigava comigo enquanto dirigia para casa. Meu pai no banco do passageiro apenas pedia para ela ter calma e eu tinha minha atenção nas ruas da cidade, tentando ao máximo ignorar os gritos da minha progenitora naquele carro. Não que eu realmente entendesse algo que ela falava já que sempre que fica estressada, costuma confundir o inglês com o coreano e formula frases confusas demais para minha cabecinha de pinto entender.
Minha mãe não é uma pessoa muito controlada então minha atenção também estava voltada a orar para qualquer ser divino não nos deixar sofrer um acidente, já que ela dirigia muito rápido. Não que eu também estivesse contribuindo muito para minha sobrevivência, nem o cinto usava.
Ela parou o carro bruscamente em frente a nossa casa e minha cara foi de encontro ao banco da frente. Acho que deixei até a marca do meu rosto de tão bruto que foi o impacto. Eu fui o primeiro a descer do carro ignorando os chamados da minha mãe e subindo direto ao meu quarto. Ignorei até mesmo Jihyo que limpava o corrimão da escada. Não estava nem um pouco com vontade de ouvir um longo sermão dos meus pais, nem o olhar decepcionado da governanta.
— Esse garoto… — ouvi Jihyo dizer enquanto eu subia as escadas, mas nem liguei e quando cheguei no meu quarto tranquei a porta e me joguei na cama desanimado.
Confesso que esperneei e me estapeei de raiva, apesar de desde o começo saber que iria repetir. Mas sempre tem aquela pontada de esperança e normalmente é por causa dela que quebramos a cara no final de qualquer situação. E eu sou muito otimista, procuro sempre ver o lado bom das coisas por mais que agora pareça não ter nenhum.
Pelo menos Jimin vai estar comigo.
E é no meu amigo que pensei quando peguei meu celular e mandei uma mensagem para o ruivo. Enquanto esperava sua resposta, decidi perguntar para Yoongi, por mensagem também, se ele já havia ido ao colégio saber sobre sua formação. Diferente de Jimin ele visualizou rápido e respondeu que sim, que havia ido ao colégio e que pegou sua reprovação. Mas que foi sozinho já que sua mãe estava ocupada demais e seu pai nem dava sinal de vida desde que viajou para fora do país. Jimin me respondeu logo depois, mas diferente do que imaginei ele apenas perguntou se podia me ligar. Eu disse que sim e logo a tela do celular mudou, minha própria imagem na câmera indicava uma vídeo chamada.
